
Lembrando sempre que tudo o que indicarei aqui e nos próximos dois dias é baseado no que vi. Portanto, é claro que sempre faltará algo. Por mais maluco que eu seja, é impossível ver 100% de tudo. É para me lembrar de eventuais falhas que existe o espaço para comentários lá embaixo. Dito isto, vamos lá.
Melhores jogos – Em ordem cronológica, dez jogos que marcaram o ano de 2009 com uma pequena retrospectiva.
Futebol júnior de gente grande - O ano do futebol foi repleto de grandes partidas. Logo em janeiro a Copa São Paulo de Futebol Júnior nos deu uma partida emocionante. O duelo no dia 20 entre Atlético-PR e Cruzeiro valia uma classificação para as semifinais. O Atlético abriu 3 a 1 e parecia que iria se classificar, mas levou a virada de 4 a 3. Fim de jogo? Nada. O Atlético reagiu, empatou aos 43 do segundo tempo e surpreendentemente virou de novo o jogo com um gol aos 46 minutos. Uma partida sensacional. O Atlético depois chegou na final, mas perdeu o título para o Corinthians.

O futebol da bola oval – Veio fevereiro e com ele a disputa do Superbowl, a grande final do futebol americano, evento esportivo mais visto de todos os anos que não têm Copa do Mundo. A emocionante partida foi decidida nos últimos segundos com um touchdown de Santonio Holmes (que fez duas recepções decisivas, aliás). No final, o Pittsburgh Steelers do quarterback Ben Rothlesberger faturou o título ao vencer por 27 a 23 o surpreendente Arizona Cardinals. Um título histórico, pois o Steelers chegou ao sexto Superbowl ultrapassando o Dallas Cowboys e o San Francisco 49ers, que ficaram para trás com cinco conquistas.
A emoção no tênis – Foi um ano especial para o tênis masculino que não ficou apenas na disputa particular entre o suíço Roger Federer e o espanhol Rafael Nadal. Jogadores como Andy Murray e Novak Djokovic ameaçaram o domínio dos dois e o argentino Juan Martin Del Potro derrubou ambos ao conquistar o título do Aberto dos Estados Unidos.

Lá no início do ano não sabíamos, no entanto, que a temporada seria especial para Federer, que finalmente conquistou Roland Garros, recuperou o título de Wimbledon e o posto de número 1 do mundo e ainda ultrapassou o americano Pete Sampras em número de Grand Slams somando 15 dos mais importantes troféus.
Antes disso tudo, vimos o desabafo e o choro do grande campeão na frase “God is killing me”. Isso aconteceu após a espetacular final do Aberto da Austrália quando após 4h22m de um tênis de altíssimo nível Federer perdeu mais uma vez uma decisão para Nadal por 3 sets a 2, parciais de 7/5, 3/6, 7/6, 3/6 e 6/2.
A partir daquela final, histórica também para Nadal, que se tornou o primeiro espanhol a ganhar o Australian Open, tudo mudou para ambos. Federer voltou a ser Federer e Nadal sofreu com contusões que o fizeram ser pela primeira vez derrotado na França (para o sueco Robin Soderling) e o impediram de defender o título na Inglaterra. Para 2010, o desafio de Nadal é voltar a ser Nadal. E o de Federer é finalmente vencê-lo numa decisão de Grand Slam antes que seja tarde demais em função da diferença de idade entre ambos.
Uma vitória inesquecível do Liverpool – Em março, um clássico parou a Inglaterra. Manchester United e Liverpool faziam um duelo importante para a Premier League em Old Trafford. Como os Red Devils estavam sete pontos a frente no campeonato, os Reds precisavam vencer para se manterem vivos na disputa do título. No final, o Liverpool deu uma aula de futebol, fez 4 a 1 e conseguiu a primeira vitória na casa do rival desde 2004. Mas o time de Rafa Benitez acabou como vice-campeão da Inglaterra e o Manchester faturou o tri.
Um jogo digno de Liga dos Campeões – Veio abril e o Liverpool foi protagonista de outra partida memorável, mas pela Liga dos Campeões. O duelo em Stamford Bridge contra o Chelsea valia um vaga nas semifinais da Liga dos Campeões da Europa. O Liverpool precisava vencer e teve a chance no final da partida, mas Essien salvou o time de Londres, garantiu o empate em 4 a 4 e a classificação do Chelsea que na sequência acabaria eliminado pelo campeão Barcelona.
O jogo do ano – Nenhuma partida de futebol foi mais marcante do que o clássico entre Barcelona e Real Madrid em maio. O resultado entrou para a história porque o Barça enfiou 6 a 2 no Real em pleno Santiago Bernabéu. Além do chocolate, na ocasião, o time comandado por Guardiola chegou a marca de 100 gols no Campeonato Espanhol (terminaria com 105 gols e a taça). Veja abaixo os melhores momentos daquela partida.
O antológico gol de Grafite – Barcelona e Real Madrid foi o jogo do ano, mas o gol do ano aconteceu durante o chocolate do Wolfsburg sobre o Bayern de Munique por 5 a 1. A partida na Volkswagen Arena era válida pelo Campeonato Alemão e Grafite fez um lindo gol de calcanhar impossível de ser descrito. Basta você ver no vídeo abaixo. O resultado mais do que consolidou o Wolfsburg na liderança da Bundesliga. A equipe que teria Grafite como artilheiro do campeonato com 28 gols também conquistou seu primeiro título nacional.
Um clássico de sete gols – Mês de agosto, terceira rodada do Campeonato Holandês e a tabela já reservava um duelo entre PSV e Ajax. Com uma grande atuação de Dzsudzsak, que marcou dois gols e ainda deu o passe para um dos dois gols de Bakkal, o PSV vence por 4 a 3. A equipe hoje é vice-líder na Holanda atrás do Twente e ainda não perdeu na temporada 2009-2010. Já o Ajax está em terceiro.
O Campeonato Brasileiro – Todo ano reclamo do nível técnico do Campeonato Brasileiro. Mas 2009 foi um pouco diferente. O nível melhorou e a disputa foi acirrada. No final o Flamengo foi merecidamente campeão e todos clubes cariocas terminaram o ano por cima. Mas não destaco um jogo do Fla e sim uma partida em agosto entre Corinthians e Botafogo. O empate em 3 a 3 foi o resultado de um grande jogo no Pacaembu entre um Corinthians que ainda sonhava com o título e o Botafogo que ainda não se via ameaçado pelo rebaixamento. No final, o Corinthians ficou em 10º e o Botafogo escapou da degola na última rodada terminando em 15º.
O duelo de Manchester – Para terminar a lista dos dez melhores jogos do ano fico com o duelo de Manchester ocorrido em setembro. Estávamos na sexta rodada da Premier League e o derby era aguardadíssimo depois da injeção financeira dos petrodólares que turbinou o Manchester City. Mas como costuma dizer a torcida do Liverpool, dinheiro não compra história. O Manchester United venceu por 4 a 3 e hoje é o mais perto perseguidor do Chelsea na disputa do título inglês. O Manchester City trocou de técnico e ocupa a sexta posição.

O time do ano – Seis títulos em seis disputados. Isso é o suficiente para colocarmos o Barcelona no Olimpo do futebol. Até onde este time vai? Veremos no decorrer da temporada em 2010. Não apenas pelas conquistas, mas pela beleza do seu futebol, o Barcelona é a equipe do ano de 2009.
O craque do ano – Jogador decisivo na conquista da Liga dos Campeões e do Mundial Interclubes, melhor do mundo eleito pela Fifa e melhor da Europa pela France Football. O ano foi indiscutivelmente do argentino Lionel Messi. Seus compatriotas reclamam que ele não joga isso tudo na seleção. E daí? O que importa é que ele encanta o mundo com o seu legítimo futebol-arte.

O retorno – 2009 foi o ano em que Ronaldo, Fred e Adriano retornaram ao Brasil e foram importantes, dentro de seus objetivos, para Corinthians, Fluminense e Flamengo. Mas o grande retorno do ano foi de um meio-campo que parecia acabado para o futebol, mas conduziu o Flamengo ao título brasileiro. Foi um prazer ver Dejan Petkovic jogar o fino no ano.
Outros heróis – Não podemos deixar de destacar que um ano depois da Olimpíada, 2009 continuou sendo o ano de três heróis olímpicos. Usain Bolt, Yelena Isinbayeva e César Cielo continuaram encantando o mundo com vitórias e recordes mundiais. Um registro que precisava ser feito neste desfecho de retrospectiva esportiva.
Amanhã abordarei as recomendações literárias e os melhores shows do ano.
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