segunda-feira, 27 de maio de 2019

"Game of Thrones": a última vigília

Reação dos atores na leitura do roteiro
Dentre as coisas mais legais do documentário “The last watch”, sobre a última temporada de “Game of Thrones”, está a leitura do roteiro. A reação do elenco e, principalmente da Maisie Williams, ao ver que a Arya mataria o Night King é impagável. Assim como o choque e a emoção do Kit Harington ao saber que o personagem dele mataria a Daenerys.
No doc, eles explicam que, embora o elenco tivesse recebido o roteiro três dias antes da leitura, o Kit não tinha lido. Aparentemente, ele gostava que a sua primeira leitura fosse nesta primeira reunião do elenco.
Opinião maldosa: o Kit foi melhor sendo Kit no documentário do que em toda a temporada sendo Jon Snow.
Também foi ótimo conhecer a história do Night King. Ele é um tcheco chamado Vlad que, na verdade, trabalha como dublê. Fiquei triste por ele e por um figurante que trabalhou desde a quinta temporada como soldado do exército do Jon Snow que, ao fim de suas participações no documentário, disseram, coincidentemente e com uma ponta de tristeza, a mesma frase: “De volta à vida normal”.
De resto, deve ser muito, mas muito legal trabalhar com cinema. Principalmente numa super produção destas onde tem gente para todas as funções possíveis para fazer a máquina girar. Tem até um chefe para cuidar só da neve! Claro que deve ser cansativo e quase desesperador. Muitos ali já davam sinais de não aguentarem mais, embora amassem a série. Mas ao mesmo tempo apaixonante.

segunda-feira, 20 de maio de 2019

O final de "Game of Thrones"

Daenerys foi para o lado negro da força
Acabou! O que faremos agora? Nossos domingos nunca mais serão os mesmo. Tudo bem. Os mais velhos que viram “Sopranos” devem ter postado a mesma coisa no Orkut. E os futuros fãs da série XXXX vão falar a mesma coisa daqui a dez anos na rede social Disneybook sobre os domingos da HBO-Disney que nunca mais serão os mesmos (não se iludam, amigos, a Disney está virando a Skynet). O fato é que “Game of Thrones” acabou. Já podemos viver a tristeza do luto.
Quem imaginaria lá atrás que o trono acabaria com quem acabou, hein? Eu achei o final surpreendente. Você pode dizer: “Foi muito óbvio! Tava na cara”. Estava nada! Podia estar para você agora, há duas semanas, mas pensa se você imaginava isso lá em 2017, quando terminou a sétima temporada? Se disser que sim, é mentira sua. A pessoa que ficou lá não ocupava sequer o meu é o seu top-10 do trono.
Fato é que “The Iron Throne”, o episódio derradeiro da série, e que foi dirigido por David Benioff e D.B. Weiss, foi um fim digno para esta série que é daqueles fenômenos da cultura pop qua transcendem barreiras e atingem proporções raras vezes vistas na história da dramaturgia. “Game of Thrones” ganhou uma proporção de “Star Wars” ou do Universo Cinematográfico da Marvel e foi, em seus erros, cobrada por isso. Mas em seus acertos saudada como um show que aliou o entretenimento ao debate de questões sobre o poder, a política, guerras, filosofia e poderíamos aqui escrever uma tese de mestrado sobre tudo isso. 😬
(E A PARTIR DE AGORA, MUITO CUIDADO! ESSE POST TEM MAIS SPOILERS QUE SOLDADOS NO EXÉRCITO DOS IMACULADOS)
  1. 1. Comecemos pelo início. Uma das melhores cenas desta temporada é justamente a que abre o episódio. Tyrion caminhando numa cidade ainda queimando, as cinzas espalhadas pelo vento e o silêncio sepulcral após o ataque de Daenerys Targaryen. Quase dá para sentir o odor da morte e dos corpos queimados em toda a caminhada de Tyrion até encontrar os corpos soterrados dos irmãos. Tudo isso depois com as cinzas se misturando a neve. É uma cena belíssima.
  2. 2. Enquanto isso, vemos Dany implantando a ditadura Targaryen e afirmando e reafirmando que ela é a única saída para um mundo cor de rosa. Desde que o tom de rosa seja escolhido por ela, pois só ela sabe o que é bom. É assustador o discurso de Dany, é pesado o brasão Targaryen estirado sobre as ruínas de King’s Landing enquanto o dragão pousa do outro lado. E tudo muito tragicamente bonito.
  3. 3. Eis que vem o grande momento. A morte de Dany. Seca, crua, e sem dramas. Um beijo na boca, uma facada no coração. E RIP Daenerys. Podia ao menos ter sentado no trono para sentir o gostinho.
  4. 4. E as três profecias para a rainha Targaryen acabaram se cumprindo. Faltava apenas ser traída pelo amor.
  5. 5. A questão que fica aqui é: Você namoraria o Jon Snow sabendo que ele matou as duas últimas namoradas?
  6. 6. Porém, não entendi o Drogon queimando o trono de ferro. Consciência política de réptil é complicado, hein. Queima o trono, porque “se mamãe não senta ali, ninguém mais vai sentar”, mas o assassino da mãe foi poupado. Foi um baita statement para alguém que é só um bicho.
  7. 7. Precisamos render aqui também homenagens a Emília Clarke, que nos dois episódios finais brilhou. Foi um belo trabalho na reta final. Ainda mais porque no início ela vinha sendo engolida pela Lena Headey e pela Sophie Turner.
  8. 8. Donde vamos para a grande questão: quem ficou com o trono? Como não imaginar que Bran, O QUEBRADO, já sabia que ia ser o cara? Afinal, ele tudo vê! Espertinho hein? E ainda mandou a deixa para o Tyrion: estou aqui para isso! Como não imaginar que naquele dia que os dois conversaram antes da batalha de Winterfell Bran não tenha dito: “Quando a hora chegar, chame pelo meu nome”.
  9. 9. Convenhamos, a escolha do Bran foi absolutamente surpreendente. Porém, olhando para o desfecho da série, quem mais reuniria condições de unir todos os reinos em torno de uma liderança? Somente o cara que é o grande ACM de Westeros! Numa piscada de olhos, ele faz dossiê de todo mundo ali. E aí de quem ousar duvidar dele.
  10. 10. Teve algo mais ridículo que o Edmure Tully ousando se candidatar ao trono e ainda argumentando ser herói de guerra? Amigo, tu foi uma farsa nessa história.
  11. 11. Também não entendi a Yara Greyjoy jurando lealdade a Dany sabendo que ela fez o que fez.
  12. 12. E Dorne, que reapareceu com um líder qualquer depois de ser apagada da série?
  13. 13. E o Sor Davos, hein? Maior Highlander de “Game of Thrones”. Sobreviveu a todas as guerras, reis, tiranias, religiões, zumbi, viagens, dragões… não pegou uma gripe sequer. E no fim ainda ganhou um cargo no governo.
  14. 14. Gostei muito de Sansa botando o pau na mesa. Acabou a brincadeira, o Norte agora é independente e eu sou a rainha. Catalunha e País Basco invejaram.
  15. 15. Eu estou agora muito curioso sobre como ficará a história na literatura. Não sei se este será o desfecho, mas parece ser a cara do Martin um final assim. Amargo. No fundo, o que vemos é um continente que após tantas guerras e disputas pelo poder acabou dividido, com famílias quase extintas, tendo que reorganizar a forma de governar, casas enfraquecidas com líderes sem carisma ou politicamente fracos, povos enfraquecidos e com fome e os ânimos ainda nada serenos. No fim, a história acabou com o mundo pior do que estava antes e precisando se reconstruir no que o Tyrion propôs ser algo entre um governo de transição e uma nova forma de administrar. No fim, as guerras são sobre isso, não é? Ninguém sai vencedor quando tanto sangue é derramado.
  16. 16. Tudo isso com a semente da república plantado pelo Sam. Vocês riram, mas ele deixou a semente.
  17. 17. Tyrion, aliás, se despediu vivendo alguns dos seus melhores momentos. Sentirei saudades deste personagem.
  18. 18. O mesmo Tyrion que fez questão de jogar na nossa cara o quanto nós estávamos errados ao sonhar com Daenerys, a libertadora, fazendo um inventário de todas os assassinatos dela em nome da liberdade. Afinal, não é porque eram “homens maus” que eles tinham que ter sido cruelmente assassinados. Fomos ludibriados por uma narrativa. E aplaudimos. Pensem bem nisso quando forem votar na próxima eleição.
  19. 19. E aqui temos um ponto importante. No fim, como o governo de Cersei foi totalmente esquecido na série, nunca saberemos o quão tirana ela também poderia ter sido. Daenerys garante ter libertado a capital de uma ditadora, mas nunca soubemos exatamente como foi esse governo. É um dos buracos que ficam na série.
  20. 20. Achei curioso como de certa forma os Starks ficaram divididos para sempre. O final do Jon foi extremamente amargo, por mais que tenha reencontrado Tormund e Ghost. E a gente pensando que ele seria o prometido.
  21. 21. Diga-se de passagem, o final intercalando os Starks foi lindo. Arya, a exploradora; Sansa, a rainha; e Jon, o exilado.
  22. 22. E URGE um spin-off das aventuras de Arya no mundo desconhecido. Tenho certeza que será melhor que “Marco Polo”. Deixaram em aberto não apenas a história dela como também a do próprio governo Bran. “Me procure daqui a dez anos”, disse Tyrion. Olha que eu não duvido que essa série volte daqui a dez anos.
  23. 23. E os Targaryen? Com a morte de Dany, e Jon na Patrulha da Noite, a família morre de vez. Se bem que Jon partiu com os selvagens para além da muralha. Pode ser que a família que é “fogo e sangue” continue sua dinastia.
  24. 24. Brienne atualizando a Wikipédia do Jaime foi fofo.
  25. 25. Não entendi o Bronn naquele conselho e dono de tudo. O Bronn!! Ok, o Tyrion tinha prometido High Garden, mas daí a ser conselheiro do rei é um pouco demais.
  26. 26. O que fazer agora? Falta tanto tempo para os spin-offs da série. É triste quando as coisas têm de acabar.
  27. 27. Cotação da Corneta: nota 8,5.

segunda-feira, 13 de maio de 2019

"Game of Thrones" - a vingança de Daenerys

A coisa vai ficar feia
Vocês estão em choque? Eu estou em choque. Muito em choque. É tudo o que o episódio “The Bells”, penúltimo desta derradeira temporada de “Game of Thrones” me causou
Neste episódio vimos simplesmente que ACABOU O AMOR. Agora é só REVENGE AND PAIN. Não podemos dizer que não era uma pedra cantada há tempos. Mas ainda assim, estou em choque.
Novamente dirigido por Miguel Sapochnik, nosso especialista em batalhas em “Game of Thrones”, este episódio foi claramente inspirado em “Burn”, do Deep Purple. Todo o enredo está na letra de David Coverdale e seus parças:
“The sky is red, I don’t understand/ past midnight I still see the land/ People are sayin’ the woman is damned, / she makes you burn with a wave of her hand. / The city’s blaze, the town’s on fire/ the woman’s flames are reaching higher/ We were fools, we called her liar/ All I hear is – “Burn!”
“I didn’t believe she was devil’s sperm/ She said: “Curse you all, you’ll never learn! / When I leave there’s no return”/ the People laughed till she said: “Burn!”.
E assim se fez….
(E A PARTIR DE AGORA MUITO CUIDADO PARA NÃO SE QUEIMAR NAS LABAREDAS DE SPOILERS DESTE POST)
  1. 1. Sabíamos que o episódio de hoje seria o grande churrasco de King’s Landing. Mas…. Jesus and Mary Chain! Precisava ser com requintes de crueldade?
  2. 2. Resposta: precisava. Do contrário não seria “Game of Thrones”.
  3. 3. Ficamos em choque. E por que ficamos em choque se Daenerys fez exatamente o que anunciou que faria no início do episódio? Porque a gente finalmente confirmou as expectativas que vinham se desenhando há alguns anos. A mocinha não era tão mocinha assim na sua sede pelo poder. E mostrou NO MERCY. Foi cruel, fria, calculista. Disse que se não vai governar pelo amor, será pelo medo. E assim foi feito. E lembraremos para sempre de Daenerys Targaryen.
  4. 4. Impossível não ficar incomodado com a maneira cruel com que Daenerys incendiou a cidade. Vai demorar para Dubrovnik se reconstruir.
  5. 5. Quando eu via o dragão destruindo as muralhas eu só pensava: Ainda bem que eu andei e tirei foto ali em cima antes disso.
  6. A pergunta que fica é: ainda tem trono para sentar?
  7. 6. E pensar que tudo parecia correr bem em King’s Landing. A estratégia que cobramos foi feita por Dany. Pegou todo mundo por trás, detonou um por um todos os escorpiões e deixou os soldados da Golden Company mijando nas calças.
  8. 7. Tudo caminhava bem. Os soldados se renderam, os sinos tocaram. Mas Dany pensou que NOTHING ELSE MATTERS. Colocou o black álbum do Metallica para tocar, resolveu dar um basta e disse: “VOU QUEIMAR A PORRA TODA!”. E assim foi feita a sua vingança e iniciou o reinado pelo medo porque “ninguém me ama, ninguém me quer”.
  9. 8. Vocês repararam na cara do Jon Snow quando viu o que estava acontecendo? Foi exatamente a cara que nós fizemos diante da TV. Jon Snow representava a gente nessa batalha e a nossa sensação de choque diante do que víamos.
  10. 9. Espero que ao menos neste momento Jon tenha reconsiderado o seu mantra eterno: “Eu não quero! Eu não quero!” Não tem que querer, cara. O trono é uma obrigação. Sentar no trono é tipo criança comendo vegetais.
  11. 10. Rest in peace, Varys. Sabíamos que suas intenções eram nobres. Foi de cortar o coração a despedida com o Tyrion. Será que algumas das suas cartas chegaram nas Ilhas de Ferro ou Dorne? Porque agora tem que tirar a Daenerys do poder.
  12. 11. E o Clegane Bowl? Excelente! Como é difícil matar o Montanha! E tudo com as cenas da Arya. Um dos bons momentos deste episódio.
  13. 12. Também foi tocante o momento em que Sandor protege a Arya pela última vez. No fim, tendemos sempre a achar que o herói vai até o fim no seu objetivo, e ali Arya percebeu que era melhor viver a buscar uma vingança que não necessariamente saciaria a sua sede.
  14. 13. Mas essa foi uma reflexão feita friamente. Na hora eu fiquei é frustrado mesmo, pois queria ver a Cersei assassinada e não chorando.
  15. Aliás, rest in peace Cersei. Você foi uma verdadeira lenda.
  16. 14. O que não foi possível aturar foi aquela briga chinfrim entre Jaime e Euron. Todos nós perdemos com aquela cena.
  17. 15. Porém, rest in peace, Jaime. Você foi amado em sua morte.
  18. 16. Quantas vidas tem a Arya? Porque ela foi soterrada 75 vezes! Comeu cinza até de Pompeia e saiu lá linda e maravilhosa montada num cavalo branco.
  19. 17. Está cada vez mais claro que “Game of Thrones” devia ter parado na sexta temporada e continuado depois que o Martin terminasse os seus livros. A falta do material literário fez as duas últimas temporadas navegarem entre incertezas e pontas soltas que acabam por gerar muitas críticas. Problemas estes que ficarão para sempre. Paciência. Pelo menos ainda temos episódios bem filmados como este.
  20. 18. Aguardemos os livros. A verdadeira história – ou uma versão que tendemos a acreditar que seja mais bem delineada – ainda está para ser contada.
  21. 19. Só falta um episódio. Sentirei saudades.
  22. 20. Cotação da Corneta: nota 7,5.

segunda-feira, 6 de maio de 2019

"Game of Thrones": Agora é Dany x Cersei

Dany está com sangue nos olhos
Olhem bem para Daenerys Targaryen. Olhem fixamente nos olhos dela. E reflitam. Vocês também estão sentindo aquela vibe “minions arrependidos” por em algum momento no passado terem acreditado no discurso dela? Achávamos que ela ia ser a salvadora, resolveria todos os problemas e governaria sob a paz do senhor.
Eu um dia acreditei fortemente nela. Mas… por sorte deixei de comprar a ideia lá pela sexta temporada. O Tyrion demorou um pouco mais. Mas ele começa a perceber que a situação não está legal. Os boatos já correm. Precisamos de um novo rei para acreditar e manter a paz. Quem vai unir o mundo?
O episódio desta noite me deu um susto antes mesmo de começar. Ao ler o título “The Last of The Starks” eu pensei que seria um massacre na minha família favorita. Por sorte não passou de um blefe.
(E A PARTIR DE AGORA, MUITO CUIDADO!!!! HÁ SPOILERS VOANDO COMO FLECHAS DE BESTAS POR TODO LADO NESTE POST).
  1. 1. Comecemos falando de Dany. Bom, está na cara que ela perdeu o poder, está perdendo o comando do Congresso, não tem o apoio total dos militares, tem a desconfiança dos aliados, não tem o carinho do povo e está tomando decisões com base no coração e num suposto destino messiânico. Ou seja, tudo errado. Ou melhor, tal pai, tal filha. Dany está um cruzamento de Collor com Bolsonaro, não tem mais juízo e caminha para um fim horrível com esse papinho de que “estou aqui para libertar o mundo dos tiranos”. Não tenho nenhuma pena. Quase torço para Cersei acabar com ela.
  2. 2. Torço também porque Lena Headey e Sophie Turner têm engolido de tal forma a Emília Clarke nesta temporada que estou ficando com pena de Dany. Um dos grandes prazeres desta temporada, aliás, têm sido ver cada cena de Lena e Sophie.
  3. 3. E também porque não podemos esconder de ninguém esse sentimento. Amamos Cersei. Ela é uma grande vilã.
  4. 4. Dada a sua falta de confiança e governabilidade frágil, Dany demonstra fraquezas a cada episódio. Entre as maiores provas estão: começou a distribuir cargos a torto e a direito. Deu até a um bastardo um castelo para chamar de seu. E também fez aquela homenagem a Arya que não pareceu nem um pouco sincera. E ainda fez cara de paisagem quando Tormund chamou Jon de rei. Por fim, anda desconfiada de tudo e todos. Ela já solta lamúrias pelos cantos: “ninguém me ama, ninguém me quer”. Quero ver quando ela enlouquecer de vez.
  5. 5. Pobre Gendry. Essa trepada deve ter sido épica. Porque bastou isso para ele oferecer a casa, comida e roupa lavada que ele ainda nem tem para a Arya. Uma pena que Gendry não viu as primeiras temporadas e não entendeu que nossa heroína não gosta do luxo dos castelos. Ela é uma guerreira e tem uma missão: “fechar olhos verdes”.
  6. 6. E assim encontramo-nos mais uma vez no momento bolão: quem matará Cersei? Arya, que segue a cavalo com um dia de vantagem, ou Jaime, que parece estar incumbido de zerar a sua dívida com o karma, já que fez muito mal ao mundo em nome da irmã-amante.
  7. 7. Porém…. e se os olhos verdes que Arya está destinada a fechar não forem os de Cersei, mas os de…. Dany?
  8. 8. O grande ensinamento deste episódio é que se queremos guardar um segredo, não podemos contar a ninguém.
  9. 9. Principalmente para a Sansa, que não segurou dois minutos com a fofoca do universo e já foi contar para o Tyrion. Tyrion, que por sua vez foi falar com quem? O maior fofoqueiro de Westeros, Varys.
  10. 10. E sabemos que o que cai na boca de Varys ganha vida pelo mundo. O próprio já disse: se oito já sabem, “não é segredo. É informação”. Curiosa teoria, inclusive.
  11. 11. Que triste a despedida de Jon e Ghost. Mas sabemos que ele fez o melhor para o lobo. Não dava para ele viver entre os homens por muito mais tempo. Ghost lutou bem e merece a liberdade das florestas como todos os animais.
  12. 12. Jon, aliás, que fez um verdadeiro discurso de rei na mega cremação de Winterfell. Varys já sentiu que ele é o líder que o povo quer. O povo também está sentindo esse feeling. Estamos começando a comprar essa ideia.
  13. 13. Amei Varys neste episódio. Ele está sempre vendo a big picture do cenário político. É uma tática de sobrevivência, é claro, mas cada um luta como pode. Nem todo mundo tem pau para botar na mesa. E mal ou bem, Varys está ali fazendo seus jogos há dez anos numa tentativa de defender o menos pior para o povo.
  14. 14. Brann virou mesmo a enciclopédia do mundo. Deve ser uma pessoa interessante com quem conversar.
  15. 15. Sentiremos falta de Tormund. Great warrior, great friend para o Jon. É aquele amigo sensacional sóbrio e ainda mais sensacional bêbado. Uma pena que não tenha dado certo com seu crush, mas assim é a vida.
  16. 16. Vimos também neste episódio a versão pré-histórica do “verdade ou consequência”. O “verdade ou beba vinho”. Esse jogo deve dar uma imensa ressaca.
  17. 17. Mas Jaime e Brienne curtiram. How you doing? E o Tyrion sacana fazendo piada de anão? Ele não presta.
  18. 18. Louvável, embora demasiado inocente, o esforço de Tyrion de apelar a emoção de uma mulher que é gelo puro para evitar a guerra. Já era, meu caro. Esse trem já passou. Agora, as espadas precisam ser empunhadas.
  19. 19. Não é possível que não tenha passado pela cabeça do Euron Greyjoy a frase: “Como esse anão sabe da gravidez de Cersei?”. Não é possível que ele não vá desconfiar um pouco que o filho não é dele.
  20. 20. Será que vende leite de giganta no Starbucks de Westeros?
  21. 21. Rest in peace Missandei. Rest in peace Rhaegal.
  22. 22. DRACARYS!
  23. 23. Cotação da Corneta: nota 8.