domingo, 31 de dezembro de 2017

Os melhores e os piores filmes de 2017

Em 2017 eu falei mal e cornetei um monte de filme. E prometo fazer o mesmo em 2018. Mas para mostrar que eu também sou fofo, encerro o ano com a lista abaixo que comprova que eu também distribui muitos elogios. 
Senhoras e senhores, vamos aos 30 melhores filmes de 2017 do Corneta Ballon D’or Awards:
1º lugar - Dunkirk (ING, HOL, FRA e EUA). Diretor: Christopher Nolan.

2º- Moonlight (EUA). Diretor: Barry Jenkins.
3º- A qualquer custo (Hell or High Water, EUA). Diretor: David Mackenzie.
4º- Blade Runner 2049 (EUA, ING, HUN e CAN). Diretor: Dennis Villeneuve.
5º- Fragmentado (Split, JAP e EUA). Diretor: M. Night Shyamalan. 
6º- Mother! (EUA). Diretor: Darren Aronofsky. 
7º- Frantz (FRA e ALE). Diretor: François Ozon.
8º- Logan (CAN, AUS, EUA). Diretor: James Mangold.
9º- A paixão de Van Gogh (Loving Vincent, ING e POL). Diretores: Dorota Kobiela e Hugh Welchman. 
10°- Eu, Daniel Blake (I, Daniel Blake, ING, FRA, BEL). Diretor: Ken Loach.
11º- O cidadão ilustre (El ciudadano ilustre, ARG e ESP). Diretores: Gastón Duprat e Mariano Cohn.
12º- Neve Negra (Nieve Negra, ARG e ESP). Diretor: Martin Hodara. 
13º- Paterson (EUA, FRA e ALE). Diretor: Jim Jarmusch. 
14º- Animais Noturnos (Nocturnal Animals, EUA). Diretor: Tom Ford. 
15º- Baseado em uma história real (D’après une histoire vraie, FRA, BEL, POL). Diretor: Roman Polanski. 
16º - A melhor escolha (Last Flag Flying, EUA). Diretor: Richard Linklater. 
17º- Como nossos pais (BRA). Diretora: Laís Bodanzky. 
18º- Jackie (CHI, FRA, EUA e HKG). Diretor: Pablo Larraín. 
19º- La la Land (EUA, HKG). Diretor: Damien Chazelle. 
20° - Um limite entre nós (Fences, EUA e CAN). Diretor: Denzel Washington. 
21º- Corra! (Get Out, JAP e EUA). Diretor: Jordan Peele. 
22º- Lucky (EUA). Diretor: John Carroll Lynch. 
23º- Monsieur & Madame Adelman (Mr. & Mme Adelman, FRA e BEL). Diretor: Nicolas Bedos. 
24º- Um homem chamado Ove (En man som heter Ove, SUE). Diretor: Hannes Holm. 
25º- Lady Macbeth (ING). Diretor: William Oldroyd. 
26º- De canção em canção (Song to Song, EUA). Diretor: Terrence Malick. 
27º- Mulher Maravilha (Wonder Woman, HKG, CHI e EUA). Diretora: Patty Jenkins. 
28º- T2: Trainspotting (ING). Diretor: Danny Boyle. 
29º- Em ritmo de fuga (Baby Driver, ING e EUA). Diretor: Edgar Wright. 
30°- Fátima (FRA e CAN). Diretor: Philippe Faucon.

Mas espera aí! Eu não posso me despedir de 2017 sem o top-10 do horror. Vamos agora aos piores filmes do ano.
1° lugar - Perdidos em Paris (Paris pieds nus (FRA e BEL). Diretores: Dominique Abel e Fiona Gordon. 

2º- Antes que eu vá (Before I fall, EUA). Diretora: Ry Russo Young. 
3º- A Múmia (The Mummy, CHI, JAP, EUA). Diretor: Alex Kurtzman. 
4º- Cinquenta tons mais escuros (Fifty Shades Darker, EUA e CHI). Diretor: James Foley. 
5º- Polícia Federal - a lei é para todos (BRA). Diretor: Marcelo Antunez.
6º- Baywatch: S.O.S. Malibu (ING, CHI e EUA). Diretor: Seth Gordon. 
7º- Rei Arthur: a lenda da espada (King Arthur: Legend of the sword, EUA). Diretor: Guy Ritchie. 
8º- Assassin’s Creed (EUA, FRA, ING, HKG, TW, MT). Diretor: Justin Kurzel. 
9º- Passageiros (Passangers, EUA). Diretor: Morten Tyldum. 
10°- Tal mãe, tal filha (Telle mère, telle fille, FRA). Diretora: Noémie Saglio.

É isso. Feliz ano novo aos amigos. Semana que vem começa a temporada do Oscar. :) :)

terça-feira, 19 de dezembro de 2017

Mais do mesmo de Woody Allen

Kate Winslet está muito bem no papel
Woody Allen é uma instituição. Amado por muita gente, ele costuma ser daqueles tipos que se usa a arrogante frase: “um filme ruim de fulano é melhor do que muita coisa por aí”. Como se ele pudesse ter privilégios por conta de sua produção cinematográfica e sua história. E como se tais privilégios fossem relevantes ou necessários para ele. Na verdade, Woody Allen atingiu há algumas décadas um status de que não precisa de elogios e ninguém sendo condescendente com ele. Este é, portanto, apenas mais um texto sobre “Roda Gigante”

Perfeita metáfora de sua carreira cinematográfica recente - por vezes você está por cima, por vezes por baixo - “Roda Gigante” pode ser visto de duas formas sob um mesmo prisma. É um filme nostálgico de um homem com seus recém-completados 82 anos que aposta em interpretações teatrais com uma pegada, ou diria até, um olhar, para os filmes da Hollywood dos anos 40 e 50. 

E isso pode ser bom ou ruim, dependendo do gosto do freguês. Apesar da brilhante interpretação de Kate Winslet, uma grande atriz que brilha em quase todos os projetos que participa, “Roda Gigante” soa particularmente aos meus ouvidos como um filme monocórdico com estilos de interpretação que parecem não caber nos dias atuais. Confesso ser um pouco irritante certos tons histriônicos. Mas isso é um gosto puramente pessoal. 

Se eu tivesse que avaliar a produção recente de Woody Allen dentro da metáfora da roda gigante, diria que o seu mais novo filme está no meio do trajeto. Nem no topo de um “Meia-noite em Paris” (2011) ou “Match Point” (2005), nem lá embaixo de produções como “Magia ao luar” (2014). 

“Roda Gigante” tem méritos. Além de Kate Winslet brilhando solo como Cate Blanchett em “Blue Jasmine” (2013), ao viver uma garçonete de meia idade aspirante a atriz que trabalha num marisqueiro, tem um casamento infeliz com Humpret (Jim Belushi) e se envolve com o salva-vidas do posto 7 de Coney Island, há uma boa participação de Juno Temple, como Caroline, filha de Humpret que está marcada pela máfia e volta para casa depois de denunciar o marido, Frank Damato, para o FBI para encontrar um esconderijo e refazer a vida. 

Mas Justin Timberlake não convence como narrador dessa história e aspirante a escritor e autor teatral, que quebra a quarta parede para conversar com o espectador, mas não diz nada de muito relevante nesta história agridoce com pegada de fábula moral. 

Se nostalgia é a marca do filme, os fãs de “Sopranos” reconheceram dois atores muito queridos. Steve Schirripa e Tony Sirico que faziam Baccala e Paulie na série, vivem justamente dois mafiosos na película de Allen que, embora tenham nomes diferentes, interpretem como os velhos personagens da série da HBO. Até a característica risada do Paulie é usada pelo ator em sua pequena participação. Impossível imaginar que isso não foi de propósito. 

Assim gira a “Roda Gigante” de Woody Allen, um filme que está longe de ser brilhante, mas que pregará com desenvoltura para os já doutrinados. Ainda que ele tenha menos daquele humor característico do diretor. É um trabalho que alinha com “Café Society” (2016) e não é exatamente marcante na filmografia do diretor. 

Cotação da Corneta: nota 7


segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

Um Star Wars um pouco decepcionante

Segura essa Força, Rey
A Corneta foi para uma galáxia muito, muito distante, esperando encontrar um filme épico e impecável. Mas saiu da seção de “Star Wars - os últimos Jedi” com a seguinte questão: “Precisava ser tão longo? Até porque, se espremer bem, não dá 30 páginas de roteiro”. Verdades precisam ser ditas sobre esse Star Wars de Rian Johnson. E a primeira delas é: não é um grande filme. A segunda é: Quando Kylo Ren (Adam Driver) tornar-se-á um vilão do padrão de Darth Vader?
Sim, o novo Star Wars é reverente ao cânone. Sim, é emocionante ver o Mark Hamill de volta ao papel de Luke Skywalker, da mesma forma que é muito legal ver o mestre Yoda em versão entidade espírita falando alemão. E não deixa de ter um significado especial cada vez que a saudosa Carrie Fisher aparece na tela. Mas o que de fato acontece neste filme? Pouca coisa.
(ATENÇÃO! CUIDADO, QUE A FORÇA ESTÁ COM OS SPOILERS A PARTIR DE AGORA)
São 2h30 de muitos diálogos pobres, frases retiradas de livros de auto-ajuda (vamos ter esperança, tenha fé, a Força ajuda a quem cedo madruga, etc...), irritantes piadinhas Marvel-style que nada tem a ver com a mitologia de “Star Wars” e uma história que não avança muito, não traz grandes embates e nem se alinha para alguma definição momentânea que seja. O tempo todo, o filme é um 0 a 0 para não ferir suscetibilidades e deixar tudo em suspenso para o episódio XIX. Depois do ótimo “O Despertar da Força”, era preciso mais.
Podemos resumir “Os últimos Jedis” da seguinte maneira: Os rebeldes estão sendo massacrados, o governo imperialista está se dando bem, destruindo os rivais e fazendo as reformas da previdência e trabalhista, tem um monte de libriano indeciso sobre o que quer da vida e vários personagens vivendo momentos em que esticam a corda até o limite, a trilha sonora vai acompanhando, a câmera vai ampliando o zoom e.... nada, absolutamente nada de fato impactante acontece nestes momentos. Ou seja, é aquele filme padrão terraplanagem para o que vem pela frente.
Por outro lado, acredite, ainda assim, “Star Wars: os últimos Jedi” é divertido. Cansativo pela sua longa duração, mas legal. Porque é sempre legal ver as naves se pegando no espaço e porque sempre tem um duelo de sabre de luz maneiro. A da Rey (Daisy Ridley) com o Kylo Ren e os capangas do Snoke (Andy Serkis), que esperamos que não tenha morrido, é excelente. E de fato faltam mais momentos como esse. Além de batalhas mais inspiradas.
O filme começa com uma batalha no espaço em que o Poe Dameron (Oscar Isaac) mostra a sua veia Han Solo de desobediência para destruir um cruzador inimigo. Tudo muito bom, tudo muito bem, só que o partido do governo é mais esperto, saca as táticas dos rebeldes e consegue rastreá-los na velocidade da luz.
Aí é que o buraco vai mais embaixo. A nave mãe dos rebeldes precisa usar um escudo defletor para rebater os ataques dos inimigos. O problema é que isso gasta muito combustível e o posto Ipiranga mais próximo é na Constelação de Tatooine. Ou seja, a general Leia (Carrie Fisher) e a almirante Holdo “Big Little Lies” (Laura Dern) estão correndo o risco de emular o Rubinho Barrichello e ter pane seca.
Enquanto isso, Rey vai em busca do elemento que os rebeldes precisam para tentar virar o jogo. São armas? São exércitos? Não. ESPERANÇA. Então tá né.
Ela se dirige até Dragonstone (opa, série errada). Ela vai até Fernando de Noronha, onde Luke Skywalker curte a sua aposentadoria de uma maneira tão largada que ele nem faz mais a barba.
Rey quer fazer o mestrado em Jedaismo, mas Luke tá desiludido da vida, não acredita mais no amor, acha que a religião que seguia não era isso tudo que o pastor Obi Wan Kenobi dizia e não quer saber mais da Força. Só que mesmo não sendo o He-Man, Rey tem a força. O problema é que o treinamento dado pelo Luke é digno de um professor cansado e que não está muito a fim de dar aula. Ele até começa bem com o lance das pedras, bem senhor Miyagi style, mas não dá muito certo. Rey então resolve terminar o mestrado por conta própria na universidade da vida. Mas ela mexe pedras como poucos.
Ah, mas tem outro problema. Rey tem uma espécie de WhatsApp telepático com o Kylo Ren em que eles ficam tendo uma cansativa DR telecinética forçando cada um a entrar para o partido deles.
- Você tem que vir para o PMDB. Nós somos maioria. Temos mais verba, mais soldados, estamos no poder. Estamos fazendo as reformas que a galáxia precisa para o século XXVIII. Junte-se nós. Vamos governar a galáxia numa chapa conjunta. Juntos somos mais fortes!
- Fala sério, Kylo! Aqui no PSOL somos pequenininhos, temos pouca gente, mas confiamos no nosso trabalho de formiguinhas intergalácticas. Vem pro meu lado. Todos os dirigentes históricos que brilharam na galáxia estão comigo. Seu pai, o Han, era um dos nossos líderes, temos Luke, temos Leia...
- Ih, isso tudo é passado, Rey. Quem vive de passado é museu. Eu sou o presente e o futuro desse governo. O projeto “Acelera Galáxia” vai mudar a vida de todos.
- É, não vai rolar. Pensei que pelo cheiro de tinta aqui estava até pintando um clima entre a gente. Afinal, a gente tinha uma conexão com excelente Wi-Fi. Mas você está com ideias muito erradas. Acho que vou aceitar aquele date do Poe. Sorry, Kylo. Você é muito dark and twisted para mim.

Enquanto isso, o Finn (John Boyega)... o que faz o Finn nesse filme a não ser fracassar, levar uma volta do Benício del Toro e ganhar um beijo da japonesinha? Ah, ele acerta as contas com a chefona do aquário dos stormtroopers. Um duelo que não foi exatamente emocionante.
Até que chegamos ao momento que prometia ser épico. A batalha no planeta sal, onde a meia dúzia de rebeldes que ainda existe tenta sobreviver. Está tudo pronto para ser uma vitória arrasadora do governo. Os caras levaram um canhão da Estrela da Morte e tem milhares de soldados enquanto os rebeldes são tão poucos que cabem numa kombi.
Kylo Paterson não quer saber de poesia e lirismo. Libera o Metallica e grita: “Kill ‘Em all! No mercy!”.
Tudo ia correr bem para o lado negro da força. Mas se isso acontecesse, não teria outro filme. Então surge Luke Skywalker. Andando de boa pelo sal sem qualquer preocupação com a pressão alta. Afinal, Jedis são senhores do equilíbrio.
O mesmo não se pode dizer dos Vader Boys. Kylo fica possesso! Manda descarregar todas as metralhadoras em Luke, que sorri e limpa a poeira do casaco. Aí o Kylo enlouquece. Desce e parte para a porrada. O problema é que ele não é um mestre. Com apenas alguns movimentos de “Matrix”, Luke não se abala e parece até que beberia um cafezinho se estivesse a mão.
Até que ele cansa. Desliga o sabre de luz, pois a bateria devia estar acabando. Kylo vê a chance e ataca com força e vitalidade. Os fãs prendem a respiração e temem pelo pior. Temem pelo mesmo que aconteceu com Han Solo. Temem pelo fim de Luke. O PAVOR nos acomete até a ALMA.
Mas só quem é um Jedi nível master sabe o que é ser um Jedi nível master. Luke vira para o Kylo, a gente, a sociedade e o governo e diz: “Pegadinha do malandro! Glu -glu!”. Foi seu último ato antes de virar poeira lá em Fernando de Noronha e entrar de vez para a categoria das entidades Jedis. Luke não é mais um corpo, mas de repente volta como espírito. Luke, você realmente é alma desse filme.
“Star Wars: os últimos Jedi” podia ter entregue um pouco mais. Mas Rian Johnson tem o mérito de estar clareando o terreno e passando o bastão para uma nova geração de heróis e vilões tornarem-se protagonistas, renovando a saga e mantendo a franquia firme e forte na cultura pop. Naturalmente, como a resistência foi dizimada, é de se esperar que uma nova geração de personagens e heróis apareça no próximo filme, que provavelmente se passará muitos anos à frente. Espera-se que Poe torne-se o líder que Leia gostaria que ele fosse e que Rey passe a treinar uma nova geração de Jedis.
O filme atual não chega a ser brilhante, mas ao menos promete que algo realmente interessante pode vir a acontecer. Pelo menos essa é a minha ESPERANÇA. No fundo, não é sobre isso que “os últimos Jedi” fala?
Cotação da Corneta: nota 6,5.


segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

Finalmente, um bom Justiceiro

Sai da frente que Frank quer vingança

Amigos, que golaço da Marvel e da Netflix é esse “Justiceiro”. Voltei a shippar o casal Marflix (ou Netvel é melhor?). A primeira temporada foi tão linda que me deu vontade de catar os meus quadrinhos do Justiceiro lá em casa para reler.
Dito isso, vamos ao que só a Corneta viu.
(E A PARTIR DE AGORA, UM OCEANO ATLÂNTICO DE SPOILERS).
1- Em primeiro lugar, já temos séries suficientes para fazer o ranking Marflix. Rankings são sempre divertidos e causam polêmica. E adoramos polêmica. Vamos a ele:
1- Demolidor - primeira temporada

2- Justiceiro
3- Demolidor - segunda temporada
4- Defensores
5- Jessica Jones

(Baía de Guanabara)
6- Luke Cage
(Grand Canyon)
7- Punho de Ferro (que é uma grande porcaria, né?)
2- A Netflix recuperou o Demolidor depois daquela coisa pavorosa com o Ben Affleck. Recuperou a Elektra depois daquela coisa pífia com a Jennifer Garner e agora recuperou o Justiceiro depois de várias encarnações sofríveis. Alô, Papa Francisco! Já são três milagres. Canoniza!
3- Aliás, diante desse belo trabalho de recuperação dos nossos heróis, deixo aqui o meu pedido. O Motoqueiro Fantasma precisa muito de uma versão digna que nos faça apagar da memória os filmes com o Nicolas Cage. É o único meio possível, já que não existe aquele flash apagador de memória de “Homens de Preto”. Investe nisso aí, Netflix!
4- Jon Bernthal é disparado o melhor Justiceiro da história, mas meu deus, como é um ator canastrão. Tem cada cena de doer os olhos de um shakespeariano convicto. Porém, quando ele veste o colete de kevlar, empunha as suas armas, a faca e vai para a luta, ninguém segura. Que homem!
5- Porém, não aprovamos chameguinhos com Karen Page. Ainda não superamos, na verdade, a morte de Ben Urich, que devia ser sempre O jornalista destas histórias todas. Cadê o Beyonder para ressuscitar o Ben? Acho que ele consegue, hein?
6- Mas entendemos que não dava para usar pela enésima vez a Enfermeira da Noite como elo de ligação entre as séries. Finalmente deram um descanso para a Claire.
7- “Justiceiro” tem vários pontos positivos e até as alterações em relação aos quadrinhos ficaram boas. Foi um bom acerto tratar da questão da guerra e o que ela faz com o soldado. E colocar a história da vingança dele por conta da morte na família numa questão maior envolvendo conspirações da CIA e a atuação do governo americano nas guerras pelo mundo.
8- E gosto muito do violãozinho do tema de abertura. Tanto que eu vi a abertura completa nos 13 episódios.
9- Agente Madani muito badass. Não é qualquer mulher que capota feio com o carro, vai trabalhar no dia seguinte e à noite ainda faz sexo selvagem com o Billy Russo.
10- Amigas, se vocês achavam o Billy Russo gatinho, adeus. Agora é que o buraco vai mais embaixo. Foi lindo demais ver o Frank Castle reconfigurando a cara renascentista do Billy Russo para uma aguardadíssima versão cubista do Retalho. É o famoso Suderj informa: Sai Michelangelo, entra Picasso.
11- Mas nem tudo foram flores na série. Podíamos ter menos momentos tatibitati do tipo: Quem é o agente laranja? Corta para o cara da CIA. Para quem é a metáfora do bode? Corta para o Frank Castle. Não precisa desenhar tanto assim. É uma série, não um programa do Daniel Azulay.
12- Também é boring demais todo o lenga lenga com o Frank e a família do Micro (zzzzzz). Assim como os eternos devaneios do Frank sonhando com a mulher e as crianças falando as mesmas frases. Dava para cortar a metade destas cenas. A gente sabe o quanto ele amava a família.
13- Porra, Frank. Tu vai atrás do cara da CIA e acha que a mansão da CIA não é a prova de balas? Garoteou legal.
14- Só eu achei too much o Frank Castle urrando como se fosse o Hulk esmaga? Eu entendo que a ideia talvez seja mostrar ele liberando os fantasmas do passado, mas isso não ficou exatamente incrível. Também é meio forçado ele usar quatro vezes a tática do “atira logo ou sai do meu caminho que eu não tenho tempo para você”. Uma hora metem uma bala nele.
15- Tinha simpatia pelo Stein. RIP, my friend.
16- Esperava mais do episódio 12, mas achei o Rawlins um panaca filhinho da mamãe que nem merecia o esforço de uma morte no gênero Montanha x Oberyn Martell. Porém, o episódio 13 foi muito bom. A começar pelo Billy detonando seus rivais como quem faz um pão na chapa.
17- Cotação da Corneta: nota 8,5.
18- É isso. Vou ali ver a segunda temporada de “The Crown” é já volto.