quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

Os melhores e os piores filmes de 2021

Ao contrário da pandemia, o ano de 2021 acabou. Mas antes da grande despedida, não podemos deixar de divulgar o prêmio Corneta Ballon D´Or Awards 2021 com os 30 melhores filmes do ano.

Este foi um ano de tímida retomada aos cinemas. Muito tímida. Um retorno lento, gradual e TEMEROSO, porque o corona está em todas as partes e com mais variantes do que as que vimos em “Loki”.

A retomada, novos lançamentos, e cada vez mais filmes pululando em streamings, deixou esta lista ainda mais difícil de fazer. Mas nunca ficamos em cima do muro.

Para o Corneta Ballon D’Or, permanecem os critérios estabelecidos pelo júri do prêmio formado por mim mesmo. Estavam elegíveis para o top-30, os filmes que estrearam entre o primeiro e o último dia do ano nos cinemas do Rio de Janeiro e de Lisboa em circuito aberto e disponível para qualquer mortal assistir. Além, é claro, dos filmes formados pelos cinco principais serviços de streaming cujos nomes eu não direi, pois eu não sou pago para fazer propaganda.

Não enrolemos mais. Vamos ao ranking dos filmes que brilharam e sobreviveram ao crivo implacável da Corneta.

1-Ataque dos cães (The power of the dog – ING, CAN, AUS, NZL e EUA). Diretora: Jane Campion.

2-Nomadland (Nomadland – EUA, ALE). Diretora: Chloé Zhao.

3-Quo Vadis, Aida? (Quo Vadis, Aida? – BOS, AUT, ROM, HOL, ALE, POL, FRA, NOR, TUR). Diretora: Jasmila Zbanic

4-Duna (Dune – part 1 – EUA, CAN). Diretor: Dennis Villeneuve.

5-Roda da Fortuna e da Fantasia (Gûzen to sôzô – JAP). Diretor: Ryusuke Yamaguchi.

6-A crônica francesa (The French Dispatch – EUA, ALE). Diretor: Wes Anderson.

7-Homem-Aranha: sem volta para casa (Spider-man: No way home – EUA). Diretor: Jon Watts.

8- A mão de Deus (È stata la mano di Dio – ITA, EUA). Diretor: Paolo Sorrentino.

9-Berlin Alexanderplatz (Berlin Alexanderplatz – ALE, HOL, FRA, CAN). Diretor: Burhan Qurbani.

10-Mães paralelas (Madres Paralelas – ESP, FRA). Diretor: Pedro Almodóvar.

11-Bela Vingança (Promising young woman – ING, EUA). Diretora: Emeral Fennell.

12- Judas e o Messias Negro (Judas and the Black Messiah – EUA). Diretor: Shaka King.

13- Uma noite em Miami… (One night in Miami… – EUA). Diretora: Regina King.

14-Malcolm & Marie (Malcolm & Marie – EUA). Diretor: Sam Levinson.

15-Vingança e Castigo (The harder they fall – EUA). Diretor: Jeymes Samuel.

16-A noite dos reis (La nuit des rois – FRA, CI, CAN, SEN). Diretor: Philippe Lacôte.

17-Tick, tick…. boom! (Tick, tick…boom! – EUA). Diretor: Lin-Manuel Miranda.

18-Matrix Ressurrections (Matrix Ressurrections – EUA). Diretora: Lana Wachowski.

19-Annette (Annette – FRA, BEL, ALE, EUA, JAP, MEX, SUI). Diretor: Leos Carax.

20-Meu pai (The Father – ING, FRA). Diretor: Florian Zeller.

21- Minari (Minari – EUA). Diretor: Lee Isaac Chung.

22-Ainda há tempo (Falling – ING, CAN, EUA). Diretor: Viggo Mortensen.

23- 7 prisioneiros (7 prisioneiros – BRA). Diretor: Alexandre Moratto.

24-Identidade (Passing – ING, EUA). Diretora: Rebecca Hall

25- O espião inglês (The courier – ING, EUA). Diretor: Dominic Cooke.

26- O Esquadrão Sucida (The Suicide Squad – EUA, CAN, ING). Diretor: James Gunn.

27- Finch (Finch – ING, EUA). Diretor: Miguel Sapochnik.

28- Encounter (Encounter – ING, EUA). Diretor: Michael Pearce.

29–007: Sem tempo para morrer (No time to die – ING, EUA). Diretor: Cary Joji Fukunaga.

30-A noite passada no Soho (Last night in Soho – ING). Diretor: Edgar Wright.

Além dos melhores filmes, não podemos nos despedir sem divulgar o prêmio Titanic de piores filmes do ano. Vamos aos dez torpedos horrorosos largados em 2021:

1-Alerta Vermelho (Red Notice – EUA). Diretor: Rawson Marshall Thurber.

2-A Sentinela (Sentinelle – FRA). Diretor: Julien Leclerq.

3-A mulher na janela (The woman in the window – EUA). Diretor: Joe Wright.

4-Terra de ninguém (No Man´s Land – MEX). Diretor: Conor Allyn.

5- Space Jam – um novo legado (Space Jam: a new legacy – EUA). Diretor: Malcolm D. Lee.

6- Tempo (Old – EUA). Diretor: M. Night Shyamalan.

7-Na mira do perigo (The Marksman – EUA). Diretor: Robert Lorenz.

8-Bliss: Em busca da felicidade (Bliss – EUA). Diretor: Mike Cahill.

9-A guerra do amanhã (The Tomorrow War – EUA). Diretor: Chris McKay

10-Titane (Titane – FRA, BEL). Diretora: Julia Ducournau.

E assim despeço-me deste ano. Que venha a maravilhosa temporada do Oscar.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

As melhores e as piores séries de 2021

O ano de 2021 está acabando, mas não sem antes divulgarmos os vencedores do prêmio Golden Cornetemmy Globe de melhores séries e minisséries de 2021. O novo prêmio do grande conglomerado Corneta Inc. chega a sua segunda edição com uma seleção com tudo o que de melhor (e pior) aconteceu ao longo deste ano.

Sem mais delongas, vamos polemizar com o top-15 das melhores séries e minisséries de 2021:

1- The Underground Railroad: Os caminhos para a liberdade (The Undeground Railroad – EUA – Amazon) – Isso não é uma série. É uma obra de arte de Barry Jenkins.

2- Mare of Easttown (EUA – HBO) – It’s not TV. It’s Kate Winslet.

3- Exterminate all the brutes (EUA – HBO) – O manifesto de Raoul Peck sobre a história de genocídio e escravidão perpetrada pelo ser humano.

4- Ted Lasso (ING, EUA – Apple TV) – Segunda temporada – Por um momento eu quis o Ted Lasso treinando o meu time no lugar do Roger. Aí chegou o Marcão e passou.

5- Succession (EUA – HBO) – Terceira temporada – He fuck won!

6- Cenas de um casamento (Scenes from a marriage – EUA – HBO) – O famoso copia, mas não faz igual da HBO sobre a obra original do gênio Ingmar Bergman. E quem discorda e não acha Bergman um gênio tá errado.

7- Dopesick (EUA – Hulu) – É só um remedinho. E tua vida é destruída pela indústria farmacêutica que não tem o mesmo padrão de fiscalização dos alemães.

8- Handmaid´s Tale – (EUA – Hulu) – quarta temporada – A famosa temporada meu ódio será sua herança.

9- Gomorra (ITA, ALE – Sky Atlantic) – Quinta temporada – A temporada final da saga dos Savastano. Como viveremos agora? Preciso de mais séries de máfia!

10- Invencível (Invincible – EUA. – Amazon) – Ninguém na Marvel conseguiu chegar neste patamar.

11- Your Honor (Showtime – EUA) – Walter White totalmente em apuros. Principalmente quando ele tem os amigos mais eficientes da história.

12- WandaVision (EUA – Disney Plus) – Melhor série da Marvel em 2021.

13- Fundação (Foundation – EUA – Apple TV) – Eu quero mais coisas sobre os Cleons e sobre Asimov.

14- Dom (BRA – Amazon) – A história do “bandido gato” do Hell de Janeiro.

15- Manhãs de Setembro (BRA – Amazon) – Não farei piada. Apenas direi que é bem bom.

Menções honrosas: Halston (Netflix), Eles (Amazon), Modok (Hulu), Katla (Netflix) e Missa da Meia-Noite (Netflix).

E agora vamos ao prêmio “La casa de papel” de piores séries e minisséries de 2021:

1-Eu sei o que vocês fizeram no verão passado (I know what you did las summer – EUA – Amazon) – Eu não sei o que deu na minha cabeça no outono passado para ver um remake de um filme ruim.

2-O legado de Júpiter (The Jupiter´s Legacy – EUA – Netflix) – Meus olhos sangraram com a história e os figurinos desta série.

3-Os Irregulares de Baker Street (The Irregulares – ING – Netflix) – Zillennials diriam que Sherlock Holmes estava se revirando no túmulo com esta série. Pelo menos até descobrirem que Sherlock não existiu.

4-Os segredos de Manscheid (Capitani – LUX – Netflix) – Ninguém mandou eu ter me arriscado pelo audiovisual de Luxemburgo.

5-Nove Desconhecidos (Nine Perfect Strangers – EUA – Hulu) – Pô, Nicole Kidman. Me ajuda a te ajudar.

Por hoje é só. Parabéns aos premiados. Amanhã voltamos com os melhores filmes de 2021.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2021

Lana Wachowski faz de Matrix um manifesto sobre a nostalgia

Matrix ainda tem muito o que dizer
Dezoito anos depois do fim da primeira trilogia de “Matrix” e 22 anos depois da estreia do filme que revolucionou muita coisa entre linguagem e tecnologia dentro do cinema, Lana Wachowski está de volta e mostra que ainda tem muito a dizer sobre o mundo em que vivemos. Dessa vez sem a parceira da trilogia original, a irmã Lilly, Lana usa a retomada ao universo sci-fi criado por ela para produzir uma espécie de manifesto sobre o mundo moderno.

“Matrix Resurrections fala sobre as epidemias que vivemos na cultura e na sociedade. O poder da nostalgia, o retorno ao passado, o reaproveitamento cíclico do que supostamente dá certo. Está tudo lá na nova e atualizada versão da Matrix. A vida em looping, a falta de reflexão, seres humanos pregados em telas apenas fazendo o que estão programados para fazer. O filme e parte de suas ideias pode ser resumido em uma frase que Morpheus (Yahia Abdul-Mateen II) diz se dirigindo a Neo (Keanu Reeves): “Nada conforta mais a ansiedade do que um pouco de nostalgia”.

É uma frase poderosa. Lana sabe que vivemos a era da nostalgia. O desejo de voltar a uma vida não poderosa, mas sim confortável. Algo que a cultura pop tão bem identificou e do qual o cinema vem se alimentando para lucrar. O que mais se vê nas últimas décadas é a reprodução desta nostalgia com o retorno de franquias de cinema, retorno de personagens, retorno de histórias consagradas. Piscadelas em filmes para um público que viveu aquela história e sente o coração confortado quando é chamado a reconhecer o que se convencionou chamar de easter eggs.

E o próprio “Matrix Resurrections” não se vê longe disso. Lana, no entanto, vê o seu passado construído entre o final do século passado e o início do século XXI como uma ironia sobre o tempo presente. Todas as imagens usadas da primeira trilogia, em especial do filme de 1999 são para traçar a teia de ironia que ela usa nos conectar ao passado. No filme, nós somos as pessoas nesta Matrix 2.0 criada pelo Analista (Neil Patrick Harris). Nós vivemos confortáveis nas zonas de nostalgia que ela nos joga enquanto alimentamos a indústria com a nossa força (financeira, consumidora, de trabalho) tal qual os humanos presos e vivendo na irrealidade da Matrix, essa força aparentemente indestrutível que rege os destinos do mundo. Nós servimos à Matrix da indústria que nos devolve com pílulas azuis de nostalgia quando as próprias pílulas não tem lá grande importância. No novo Matrix, elas mais parecem placebos que funcionam de forma psicológica do que propriamente são uma libertação. Ou mesmo criam conexões com o já vivido, retomando a teoria inicial da nostalgia.

Lana usa o próprio filme como metalinguagem para desenvolver sua teoria nostálgica. São deliciosas as referências que ela faz à trilogia original, com direito a piada interna com a tecnologia do bullet time, e referências ao próprio estúdio Warner Bros., quando afirma que o estúdio queria fazer uma sequência da trilogia original do game que Neo criou em sua nova versão depois de ter retornado a Matrix. É neste momento que Smith, um dos personagens mais interessantes do filme vivido pelo excelente ator Jonathan Groff se vira para Neo e diz: “As histórias nunca acabam. Estamos sempre contando as mesmas histórias com nomes e rostos diferentes”.

Mais a frente isso vai se complementar de forma perfeita quando Neo percebe que a história da sua vida foi pasteurizada dentro da própria Matrix, transformada em “algo trivial”, como afirma Bugs.

No novo Matrix, Lana desconstrói o cânone da sua trilogia e rearruma o equilíbrio de forças. Outra frase poderosa do filme é quando Bugs (Jessica Henwick) se dirige a Morpheus para dizer que “a escolha é uma ilusão. Você já sabe o que tem que fazer”. A diretora sabia perfeitamente. Tanto que usou o quarto filme de sua história para fazer uma espécie de manifesto anti-nostalgia em um filme cercado de pílulas de nostalgia. Ao longo de “Matrix Resurrections” vemos rápidas imagens dos filmes anteriores, cenários remontados logo na abertura e no meio da história, retorno de personagens em momentos distintos e a própria história parece uma cópia do primeiro Matrix. Com adaptações aqui e ali para mostrar que você está vendo algo novo com carinha de repetido.

Para além de um belo manifesto, Matrix tenta trazer de volta seus principais personagens, Neo e Trinity (Carrie-Anne Moss) e buscar uma nova origem para eles depois dos acontecimentos em “Reload” e “Revolutions” (ambos de 2003). Aqui temos uma nova história de origem, perguntas que ficaram no trailer sendo respondidas e um desfecho que deixa em aberto para um futuro.

Ao contrário do primeiro filme, Suas cenas de ação não são das mais inspiradas. Há alguns bons momentos, mas nada marcante como o que vimos no Matrix original. Além de uma repetição de ações de Neo que tornam o trecho final do filme um pouco mais pobre.

Mas a ação e mesmo uma fetishização de armas nunca foi o foco do mundo de Matrix. Tanto a ação quanto os combates são vetores intermediários para as ideias que as irmãs Wachowski tinham para seus filmes. E isso se mantém com este trabalho de Lana. Não é por acaso que “Matrix Resurrections” tem incomodado e dividido opiniões. O quanto será que nos vimos presos na espiral de nostalgia da Matrix?

Cotação da Corneta: nota 8.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2021

"Sem volta para casa", o melhor filme do Homem-Aranha

Peter sofre neste filme
Três é o número mágico como diz a canção de Bob Dorough no fim de “Homem-Aranha: sem volta para casa” (Spider-Man: no way home, no original). E a Marvel realmente acreditou nessa premissa para realizar não apenas o melhor filme do Homem-Aranha como um dos melhores já feitos sobre personagens baseados em seus quadrinhos.

“Sem volta para casa” é um caso raro nos quase 30 filmes da Marvel. Ele consegue fazer dar certo a combinação entre o desejo dos fãs e a construção da história do universo (ou multiverso) da Marvel. Neste ponto, ele se alia a dobradinha “Guerra Infinita” — “Ultimato” tornando-se um dos grandes filmes do universo e trazendo a sensação de satisfação plena que os lançamentos recentes do estúdio não davam.

Se em “Viúva Negra”, no bom “Shang-Chi” ou em “Eternos” havia mais expectativa sobre as cenas extras e para onde elas apontariam no futuro do universo do que propriamente sobre o filme, aqui as duas cenas finais são apenas o que eles deviam ser: extras divertidos, interessantes e que, claro, apontam para o futuro sem gerar uma ansiedade sobre ele.

E por que elas são assim? Porque “Sem volta para casa” é um filme bem conduzido em sua mistura de aventura, suspense, drama, emoção e fan service. Tem uma história bem contada e bom trabalho dos atores envolvidos no projeto.

Mas nada acontece por acaso. Tudo está a serviço da história envolvendo uma implosão do multiverso a partir dos atos envolvendo Peter Parker (Tom Holland) e os problemas que ele passou a enfrentar depois de ter sua identidade revelada pelo famigerado jornalista J.Jonah Jameson (J.K. Simmons) e a tentativa de consertar tudo por um perigoso feitiço lançado pelo Doutor Estranho (Benedict Cumberbatch).

Holland está no seu melhor trabalho no papel de Parker. O filme também ganha muito tendo Willem Defoe de volta no papel do Duende Verde. Sua interpretação de Norman Osbourne é ainda melhor do que sua aparição inicial no “Homem-Aranha” de Sam Raimi. Alfred Molina é outro ator de peso que volta como Doutor Octopus e entrega um bom trabalho. Juntando eles com Cumberbatch e Zendaya (MJ) o filme tem um grupo de atores que entregam algumas de suas melhores interpretações para seus respectivos personagens.

“Sem volta para casa” é ainda bem sucedido por funcionar perfeitamente como um filme único. Ou, vá lá, como o tomo final da primeira trilogia de Holland como “Homem-Aranha”. Ainda que você não tenha visto os outros filmes da Marvel ou mesmo outros filmes da Sony envolvendo o Homem-Aranha a experiência do filme continua sendo boa.

É claro que as piscadelas são muitas. Algumas mais permanentes, outras sutis. Fãs podem se empolgar com uma ou mais situações. Mas ainda que nada tenha sido visto, “Sem volta para casa” funciona muito bem como uma aventura do Homem-Aranha como não viamos desde os dois primeiros filmes do herói, quando sequer havia a atual febre de super-heróis.

O cabeça de teia merecia um filme assim depois de ser quase um coadjuvante de luxo dos filmes da Marvel na fase 3. E as perspectivas são muito boas para o futuro, quando, aparentemente, veremos um Parker entrando numa fase mais madura e lidando com os problemas e idiossincrasias da vida adulta.

É claro que “Sem volta para casa” tem seus problemas. Um pedaço da trama pareceu bem aleatório envolvendo um soro. Mas no mais complicado, que era lidar com o conceito de multiverso, o filme vai bem. E sabemos que isso vem atravessando todos os projetos da Marvel desde a aparição de Kang em “Loki”, que pode vir a ser o grande vilão da atual fase da Marvel.

Resumindo, “Homem-Aranha: sem volta para casa” entregou tudo o que prometeu. É um filme para fãs e haters encontrarem um caminho do meio em busca da paz.

Cotação da Corneta: nota 9.

(ATENÇÃO QUE A PARTIR DAQUI PEQUENOS COMENTÁRIOS COM SPOILERS)

1- Impossível não ter sentido uma pontinha de emoção ao rever Tobey Maguire e até Andrew Garfield de volta em seus papéis. Nem fui muito fã da fase de Garfield, mas este filme representou para mim uma redenção do seu personagem. Deu até vontade de rever seus dois filmes.

2- Estou curioso para saber, inclusive, se ambos voltarão um dia. Com o multiverso, é possível haver diferentes Homens-Aranha cada um no seu universo e tudo bem.

3- O filme também foi uma reabilitação do Parker de Garfield, que aqui consegue salvar a garota.

4- Inclusive, será inevitável a chegada de Miles Morales com a menção de que deve haver um Aranha negro em algum universo.

5- Ainda bem que o Multiverso trouxe de volta os vilões que morreram em filmes anteriores. Com isso a porta está aberta para que a Marvel possa fazer o que quiser. Desde trazer de volta o Capitão América e o Homem de Ferro se a coisa ficar feia, até trazer personagens de volta a vida como é bem frequente nos quadrinhos. A Marvel transformou o cinema em quadrinhos e nele tudo cabe.

6- É claro que Maguire e Garfield monopolizaram as atenções, mas o que mais me empolgou foi a breve aparição de Charlie Cox como Matt Murdock. Estou bem feliz que a Marvel está aproveitando os personagens que estavam aparecendo na Netflix. Já tínhamos visto o Rei do Crime de Vincent D’Onofrio na série do Gavião Arqueiro e agora vemos o desembarque do Demolidor no Universo Marvel.

7- Será interessante ver o que será dos vilões do Aranha daqui para frente e como o multiverso funcionará. Será que voltam? Será que o Aranha vai cruzar com o Venom? Será o Aranha do Holland? Muitas questões ficam.

8- Com um pedaço de simbionte perdido no universo do Holland a próxima trilogia promete envolver algum Venom e não necessariamente o Venom que vimos no cinema.

9- Muito triste pela morte da Tia May (Marisa Tomei).

10- Será muito interessante ver Parker lidar com todo o conhecimento que tem sem que todo o universo saiba que ele também estava lá nos acontecimentos. E lidando agora com a falta de dinheiro, a solidão de não ter mais amigos e precisando trabalhar, estudar e salvar a cidade dos vilões e bandidos.

11- Interessante ver como o Capitão América virou o símbolo do heroísmo após os eventos de Ultimato. Tão marcado agora com o escudo na estátua da liberdade.