quinta-feira, 22 de novembro de 2018

A iminente guerra em "Animais fantásticos"

Dumbledore e seu primeiro pupilo à moda Potter
Se há algo interessante de observar no que está sendo construído com a saga de “Animais Fantásticos” é a genealogia da história de Harry Potter e tudo o que envolve os eventos que vimos em sete livros e oito filmes cujos sucessos deram a J.K.Rowling o poder de fazer o que quiser. Entre eles, escrever o roteiro de filmes baseados no que teria acontecido antes de Potter chegar a Hogwarts. 

Segundo filme da nova franquia, “Os crimes de Grindelwald” começa a engolir a história de Potter e aproximar ainda mais a linha do tempo que separa os eventos do futuro já relatados com os do passado ainda por serem conhecidos. 

E David Yates soube conduzir um pouco melhor está história do que no primeiro filme. Veterano colaborador do mundo de Rowling - ele dirigiu metade dos filmes Potter - Yates deu ao segundo filme tons de dúvidas e de incertezas, e deixou os temores e as inseguranças dos personagens falarem mais alto na história. O que talvez tenha relação uma Europa num período entre guerras. O filme passa-se em 1927, quando o continente ainda está se reconstruindo ao mesmo tempo que havia o temor de uma nova guerra que de fato se iniciaria 12 anos depois. 

Transpondo para o mundo mágico de Rowling, a divisão é ainda mais gritante, pois Grindelwald escapa da prisão e começa a reunir uma série de bruxos insatisfeitos com a vida que levam, escondidos dos humanos, vivendo nas sombras, não podendo usar seus poderes ou até se casar com quem não é bruxo. Muitos querem ser a espécie dominante do planeta. A evolução natural. E o discurso de Grindelwald, vivido por um Johnny Depp num tom um pouco mais acertado, sem exageros e excentricidades de seus últimos trabalhos, é altamente sedutor e gregário para os que se sentem excluídos e oprimidos pelo ministério da Magia e seus aurores. A cena de Depp no cemitério de Père Lachaise ê uma das melhores do filme. 

Depp conteve as suas esquisitices
O ponto da história é um só. É o lema de J.K.Rowling neste momento: “É preciso escolher um lado”. Ê o que Theseus (Callum Turner), diz para o irmão Newt Scamander (Eddie Redmayne) no início. Ao longo do filme, cada um vai escolhendo o seu lado e arregimentando seus exércitos na guerra que parece iminente. Scamander, que, em tese, não tem interesse em escolher lados, mas quer apenas cuidar das suas criaturas, dá a sua resposta apenas no fim, embora sempre soubéssemos qual seria. Ele é o herói e vem se provando muito mais do que um especialista em animais exóticos, mas um bruxo poderoso e sagaz. Ao mesmo tempo em que tem uma timidez e a dificuldade de se relacionar com os humanos em geral. Talvez por isso, a pessoa com quem ele se sinta mais à vontade seja outro ser estranho no mundo mágico, o humano Jacob (Dan Fogler), cuja participação no filme, porém, beira a nulidade.

Outro ponto interessante deste segundo trabalho está em conhecer um pouco mais do passado de um dos personagens mais queridos dos fãs de Harry Potter. Alvo Dumbledore, que ficou muito bem nas mãos de Jude Law. Melhor do que Michael Gambon jamais foi. Aliás, de uma forma geral, uma vantagem desta ainda iniciante franquia de “Animais fantásticos” sobre a de “Harry Potter” é a qualidade dos seus atores. Muitos deles são muito bons e ocupam posições de protagonismo. E este era um problema na franquia anterior, pois alguns atores, em especial, o protagonista, eram sofríveis. 

Mas de volta a Dumbledore, em “Os crimes de Grindelwald” sabemos da aliança outrora sólida do professor com seu antigo amigo. Algo bem documentado nos livros da saga Potter, vemos como era o professor Dumbledore, sempre querido na escola de magia, e conhecemos um pouco mais desse personagem honrado, o braço eternamente pacifista da relação entre os bruxos e da defesa de uma convivência pacífica entre bruxos e humanos. Dumbledore é o viés da educação no mundo de Rowling. É a saída pela educação e pelo conhecimento que traz prosperidade, tolerância e empatia. Pelo menos é o que Dumbledore acredita. E ele vê em Scamander o mesmo espírito desapegado de poder, ao mesmo tempo curioso em participar dos acontecimentos e em buscar justiça, que veria em Harry Potter. Espíritos de certa forma puros que não almejam o poder despertam em Dumbledore uma figura paterna e a necessidade de acolher estas almas que ele prenuncia como vetores de mudança na história dos humanos e dos magos.

Por isso, não devemos nos enganar. O que J.K. Rowling está tentando fazer xom "Animais Fantásticos" é reproduzir a mesma narrativa de "Harry Potter". Scamander, como já vimos, é a contraparte do bruxo protagonista da história anterior. Grindelwald, é o Voldemort da vez. Jacob é o amigo meio idiota fazendo as vezes de Ron Weasley, enquanto Tina é Hermione da vez. Dumbledore é ele mesmo mais jovem, enquanto Queenie é um pouco como Gina Weasley. 

Em comparação ao primeiro filme, que me pareceu longo demais e com pouco conteúdo relevante, a história avança consideravelmente em “Os crimes de Grindelwald”. O que é um ponto positivo. Também há alguns elementos de sombra e desnecessários na trajetória e furos já comuns no trabalho de Rowling. Mas entendo que ainda predomina o interesse em acompanhar o desenrolar da narrativa principal.

E o que resta é o mistério sobre Creedance (Ezra Miller). Qual é o seu real passado? De onde ele realmente vem? O filme joga algumas cartas no ar, mas não dá para confiar em nenhuma delas. Ao menos por enquanto Grindelwald estava certo? Ou há mais sobre Creedance que precisamos saber? O que fica, porém, é o conhecimento de que ele é um dos bruxos mais poderosos a surgirem. E que a guerra, seja entre humanos, seja entre bruxos, é iminente. 

Cotação da Corneta: nota 6,5.

terça-feira, 20 de novembro de 2018

As viúvas de McQueen

Viola mostra que faz o que deve ser feito
Steve McQueen ainda tem poucos filmes na carreira, mas está entre os diretores que fazem alguns dos trabalhos mais interessantes destes tempos. Seus dois filmes anteriores, “12 anos de escravidão” (2013) e “Shame” (2011) são dois ótimos trabalhos. O primeiro conta a história de um homem livre que morava em Nova York, mas é sequestrado, levado para o sul, onde torna-se escravo e leva 12 anos para ser libertado. O segundo conta a história de um homem que não cultiva qualquer tipo de relacionamento e apenas alimenta seu vício desvairado por sexo, o que o faz mergulhar nas profundezas em busca de cada vez mais prazer.

Em “Viúvas”, o diretor troca o protagonismo masculino pelo feminino. O filme, porém, não é o melhor que McQueen, vencedor de um Oscar em 2014 por “12 anos de escravidão”, já produziu. Mas ainda assim é um McQueen que tenta inverter o tradicional protagonismo masculino dos “filmes de assalto” para as mulheres. E transforma o que seria um golpe numa tragédia que marca todos os envolvidos. Em especial sua protagonista, Verônica, vivida por Viola Davis, talvez a figura mais marcante do filme.

Na trama de McQueen, as mulheres são fortes, lidam com as dores da perda dos seus maridos assaltantes enquanto se equilibram para cuidar do que restou, dos filhos ou refazerem as suas vidas da melhor forma possível. Os homens, por outro lado, são o retrato da decadência do patriarcado masculino.

Harry Rawlings (Liam Neeson) não passa de um covarde que falha no seu suposto plano perfeito e sofre as consequências dos seus atos. Tom Mulligan (Robert Duvall) é o retrato do decadente homem racista senhor de engenho ex-dono de fazendas de escravos americano, cuja família tradicional tem um naco de poder há três gerações em um lado decadente de Chicago e deseja manter o poder como sempre foi, ou seja, passando de pai para filho. Duvall aparece em poucas cenas, mas suas entradas são brilhantes e vivazes em expor até mesmo na natural decadência física do ator de 87 anos o quanto seu personagem representa o passado decrépito que precisa ser superado. 

É onde entra o seu filho, a nova geração que tenta impedir que o comando do 18º distrito passe pela primeira vez para um afro-americano. Jack Mullingan (Colin Farrell), é o velho pensamento apenas envernizado para as novas gerações. Ele pode achar o comportamento do pai odioso, mas embrenha-se nas teias de corrupção da política como qualquer homem branco que se envolve nos podres daquela região. É pragmático em analisar cenários e joga para ganhar, custe o que custar. 

Ele concorre ao cargo político com Jamal Manning (Bryan Tyrree Henry), um notório bandido e traficante da região que tenta se esgueirar na política cujo irmão, Jatemme Manning, brilhantemente interpretado por Daniel Kaluuya, é um psicopata que toca os negócios da família com uma mão de ferro e crueldade própria dos assassinos feios. 

Em meio a eles há o trio formado por Veronica, Alice (Elizabeth Debicki) e Linda (Michelle Rodriguez). Elas são as três viúvas do título e protagonistas dessa história que precisam dar o golpe final traçado por Harry para conseguir US$ 5 milhões que garantiriam a Veronica o pagamento de US$ 2 milhões que o marido devia a Jamal e ainda uma boa grana para elas recomeçarem as suas vidas.

Traçando o perfil dos personagens e combinando com o cenário decadente, escuro e o clima pesado armado por McQueen, “Viúvas” tinha tudo para ser um grande filme. E de fato tem seus bons momentos. Mas a história tem alguns buracos que complicam a sua compreensão. Não fica clara a questão do dinheiro roubado no início e para que ele serviria aos propósitos que são revelados no decorrer do filme. Também não está bem esclarecido o que levou Harry a tomar algumas atitudes no decorrer da história. 

Além disso, a cena do cachorro que sente o cheiro é tão, mas tão clichê, que nem parece um filme do cinema que McQueen tem por hábito realizar. São mais a sua cara e o estilo dele as boas cenas iniciais que contrastavam o assalto, o último assalto realizado pelo grupo de Harry com as vidas caseiras, problemáticas, terríveis ou não, que eles tinham com suas esposas. 

O saldo final, porém, é o de um filme que não supera “12 anos de escravidão” e “Shame”, mas ainda assim é uma história interessante para quem curte o cinema do diretor.


Cotação da Corneta: nota 7.

sexta-feira, 9 de novembro de 2018

A volta de Lisbeth Salander

Que fria em que você se meteu, Lisbeth
Três atrizes já interpretaram Lisbeth Salander em cinco filmes da saga Millenium. Quem mais apareceu é Noomi Rapace, que esteve nos três primeiros filmes. Depois vieram Rooney Mara e agora Claire Foy. Cada uma trouxe um viés para a hacker mercenária que sai pela Suécia fazendo trabalho pouco republicanos e salvando mulheres do jugo de violência e horror masculino. 

Claire Foy trouxe uma combinação do seu carregado sotaque britânico com um lado sombrio que combinou demais com o clima soturno e o frio sueco exibidos em “A garota na teia de aranha”, nova trama de Lisbeth Salander vertida para o cinema.

Esta história, porém, não é do autor sueco Stieg Larsson, criador da série e que morreu em 2004 de uma parada cardíaca após apenas três livros lançados. A história da teia de aranha é de David Lagercrantz, autor e jornalista sueco que foi contratado pela editora Norstedts para continuar a saga deixada por Larsson, que tinha planos de lançar dez livros.

A diferença, porém, na narrativa fica muito clara já na abordagem em comparação com o filme anterior, “Os homens que não amavam as mulheres” (2011). Se aquele era uma história de suspense e mistério que ia aos poucos desenvolvendo a curiosidade do espectador até o desfecho da história, neste há uma clássica história de acerto de contas com o passado e drama familiar, associada a uma roupagem que envolve política, corrupção, mercenários e uma organização criminosa. Tudo com uma postura como se Lisbeth Salander fosse uma versão dark de um James Bond ou Jason Bourne. E isso não necessariamente precisa ser visto sobre um aspecto 100% positivo ou 100% negativo.

Claire Foy é um caso à parte. Bo filme, ela despe-se definitivamente de toda a imponência e liturgia imposta pela s duas temporadas vivendo a rainha Elizabeth em “The Crown” para interpretar essa Lisbeth sem barreiras físicas, do corpo e da alma. É curioso ver essa transformação de quem ficou sendo a cara da rainha até 2017 e agora emenda dois trabalhos no cinema tão diferentes e interessantes. O papel de Janet Armstrong em “O primeiro homem” (2018) e agora de Lisbeth. 

“A garota na teia de aranha” é um bom filme. Nada marcante, um tanto previsível mas um filme bom de se acompanhar. Ainda que esta avaliação esteja prejudicada pela falta de base para analisar comparativamente à obra literária. É impossível para mim analisar se é fiel à obra. Mas apenas como cinema é interessante desse acompanhar. 

Talvez o grande problema deste filme seja a presença um tanto apagada do jornalista Mikael Blomqvist (Sverrir Gudnason). O Blomqvist de Gudnason não tem a mesma força que o de Daniel Craig no filme anterior. E nem o mesmo protagonismo. Em “A garota na teia de aranha”, Blomqvist segue em crise, mas é apenas mais uma peça movida no xadrez pessoal de Lisbeth. Que ela usa quando necessário. Ainda que fique claro que os dois compartilham um passado de questões mal resolvidas. 

Parte dos méritos do filme cabem ao diretor uruguaio Fede Alvarez. Ele soube captar muito bem o clima da saga. Um estilo dark nórdico, muitos tons escuros, faces gélidas - e a vilã Camila, vivida por Sylvia Hoeks, é um expoente disso - e a economia dos movimentos contrastando com cenas de luta claustrofóbicas. Os olhares também dizem muito do que se quer passar. 

São qualidades que mantiveram o fôlego da série. Talvez “A garota na teia de aranha” não seja melhor que “Os homens que não amavam as mulheres”, mas gostaria de ver Claire Foy interpretando mais uma vez a personagem. Lisbeth merece essa grande atriz. 

Cotação da Corneta: nota 6,5.


sábado, 3 de novembro de 2018

Bohemian Rhapsody é decepcionante do início ao fim

Malek no papel de Freddie Mercury
“Bohemian Rhapsody” tinha tudo para ser uma grande cinebiografia. A história do cantor Freddie Mercury é rica e diferente de muitos que viveram no show business e no tempo do surgimento das mega bandas de estádio no século XX. Por si só é exótico um cara que nasceu no Zanzibar, na África, passou a infância na Índia e depois foi forçado a imigrar para a Inglaterra por causa de uma revolução no seu país, começou a estudar design e de repente se junta com um quase dentista, um quase físico e um quase engenheiro mecânico para montar uma banda que seria uma usina de hits nos anos 70 e 80. 

Mas “Bohemian Rhapsody” é um filme preguiçoso que não entrega sequer o básico, que seria uma cinebiografia careta, linear e pautada por momentos históricos da banda e do seu vocalista. É um trabalho superficial, errático, que não acrescenta nada de novo ou relevante à biografia do Queen ou do próprio Freddie, uma das grandes vozes da história do rock.

O filme, por exemplo, tangencia questões importantes que mereciam ser mais aprofundadas. Listo algumas: por que a relação de Freddie com a família é tão fria e cheia lacunas? Como foi a sua infância em Zanzibar e na Índia, onde, aliás, ele começou a aprender piano? Que tipo de influência ele pode ter sofrido dessa vida nestes dois lugares? No que a família, a imigração o influenciaram ou não para ser o que ele se tornou? Por que negar o nome e as origens? São questões que poderiam ter sido feitas e não foram respondidas. No filme, sua família é quase uma ponta na história. 

A própria relação de Freddie com sua homossexualidade, bem como seus conflitos internos, carência e solidão não são devidamente tratados/aproveitados para tentar compreender quem era Freddie. Em resumo, é um filme que entrega muito pouco.

É claro que a produção sofreu diversos problemas. Inicialmente, Freddie seria interpretado por Sacha Baron Cohen, mas divergências com o guitarrista Brian May e o baterista Roger Taylor, acabaram dinamitando a sua participação. O lugar acabou sendo ocupado por Rami Malek, conhecido por sua participação na série de TV “Mr Robot”, mas que entrega um Freddie apenas aceitável e nada marcante.

Depois disso, o próprio Bryan Singer foi demitido da produção faltando duas semanas para o fim das filmagens. Direção esta que caiu no colo de Dexter Fletcher. Mas o filme acabou tendo mesma cara dos últimos trabalhos de Singer, com pouca profundidade na abordagem dos personagens e trabalhos aquém do esperado. “X-Men: Apocalipse” (2016) é um exemplo.

De fato, “Bohemian Rhapsody” apenas se escora nas boas canções do Queen, especialmente as que representaram turning points na carreira da banda - “Bohemian Rhapsody”, “Love of my life”, “We Will Rock you”, “I want to break free”, “We are the Champions”, “Another one bites the dust”- para trazerem um conforto no coração do espectador. Teria sido mais proveitoso e barato, porém, ouvir um greatest hits do Queen no Spotify.

O roteiro de Anthony McCarten e Peter Morgan, este responsável por filmes muito bons como “O último rei da Escócia” (2005), “A Rainha” (2006), “Frost/Nixon” (2008) e “Rush” (2013) também peca ao não fornecer informações básicas, colocar o Rock in Rio num tempo e espaço aleatórios entre 1975 e 1985 e criar diálogos ruins. Nem parece que tinha ali uma banda criando grandes hits. E mesmo estes momentos de criação dos músicos soam fake e sem alma.

Se Malek está longe de ser marcante, mas também não compromete uma engrenagem que é falha do início ao fim, os atores que fazem os demais integrantes da banda – sempre vistos pela narrativa com extrema generosidade – são fracos. Gwilym Lee (Brian May), Ben Hardy (Roger Taylor), Joseph Mazzello (John Deacon) está ali para não comprometer e serem as peças sóbrias da egotrip de Freddie Mercury. Já o empresário Paul Prenter (Allen Leech) é pintado como o vilão do filme, o responsável pelos atritos entre Freddie e o resto da banda e até pela separação temporária dela.

Assim, “Bohemian Rhapsody” atravessa suas 2h15min devendo muito. Seus momentos mais marcantes acabam por ser a cena de Malek na chuva, quando Freddie resolve sair do fundo do poço para retomar a carreira com o Queen e a apresentação histórica no Live Aid de 1985, um ponto fundamental para a banda e Freddie, e colocado num contexto em que o cantor tinha acabado de saber que estava com Aids, doença que acabaria contribuindo para a sua morte seis anos depois. Mas infelizmente toda a linha do tempo do Queen no filme não bate sequer 70% do que aconteceu realmente. Assim como o espectador sai do cinema sem saber sequer o nome de um disco da banda.

Singer, aliás, optou por colocar um pocket show fake do Queen dentro do filme para retratar a performance no Live Aid. Não sei se foi a melhor opção. Pareceu-me sim uma opção preguiçosa. Pois não era um filme e nem um verdadeiro show do Queen, trazendo ruídos para todos os lados. 

Assim “Bohemian Rhapsody” termina com a falsa sensação de sair por cima, quando na verdade deixou mais buracos e um pouco de entretenimento num filme absolutamente dispensável. 

Cotação da Corneta: nota 3,5.