Você pode levantar uma taça, mas isso não faz necessariamente de você um grande campeão. No momento em que faltam exemplos entre os jogadores de futebol brasileiros, o tênis tem dois ídolos que são dois grandes e verdadeiros campeões. Rafael Nadal, atual número 1 do mundo, e Roger Federer, o número 2, têm feito duelos épicos que, infelizmente para o suíço, não raro tem terminado com vantagem para o espanhol.
Após a decisão do Australian Open neste domingo que durou mais de 4 horas de um tênis espetacular, o suíço que foi por cinco anos número 1 do mundo até perder o posto para Nadal no ano passado, desabafou antes de cair em prantos para surpresa do público e da sua esposa que estava presente na quadra Rod Laver.
- Deus está me matando.
Foi de cortar a alma e constranger até o grande campeão Nadal, que ao subir ao palco para receber o seu troféu, abraçou Federer e trocou algumas palavras com ele. Não sei o que eles falaram, mas o suíço conseguiu juntar forças para as palavras protocolares. Parabenizar o rival, agradecer ao público e as promessas de voltar no ano seguinte.
Muito antes do choro já era visível o desapontamento de Federer, que jogou quatro sets espetaculares, mas ofereceu o seu pior tênis no momento mais decisivo da partida, que acabou em 3 a 2 para o espanhol, com parciais de 7/5, 3/6, 7/6 (7/3), 3/6 e 6/2. Ele e Nadal são dois tenistas excepcionais. Dois gênios. Dois dos maiores da história. Mas neste momento, o espanhol é mentalmente superior. Foi isso que o fez destronar Federer no ano passado em Wimbledon, numa batalha de mais de cinco horas e é isso que impede o suíço de vencer Roland Garros, o Grand Slam que ele não tem e que já perdeu em três oportunidades (2006, 2007 e 2008) para o espanhol.
Das sete finais de Grand Slam que os dois já disputaram entre si, Nadal lidera com larga vantagem, tendo conquistado cinco. Federer, quando era muito superior no circuito e dividia os títulos com Nadal na base do quadra rápida é minha, saibro é seu, ganhou de Nadal em Wimbledon em 2006 e 2007.
Porém, quando o espanhol rompeu essa barreira, não parou mais. Só falta-lhe quebrar a hegemonia de Federer no US Open, onde de 2004 a 2008 ele reinou absoluto.
O choro de Federer e o desabafo, portanto, é de alguém que ama o esporte que pratica, que vem dando o máximo de si, insistindo e mesmo assim não consegue vencer o rival. São os prantos de uma enorme frustração. Como se fosse impossível deixar o incômodo número 2 e superar Nadal como o espanhol o superou.
E o suíço até evoluiu, corrigindo erros que fizeram a festa de Nadal na decisão de Roland Garros do ano passado, quando no terceiro e decisivo set perdeu por 6/0. Mas ainda falta um pouco mais para Federer. Não sei, porém, se ele conseguirá isso.
Após a festa da premiação, Nadal, que estava visivelmente incomodado com a surpreendente reação do normalmente frio Federer, revelou que estava constrangido em celebrar o título diante da reação do, não sei se posso dizer, amigo, mas com certeza, rival. Ele sabia que Federer buscava igualar o recorde de 14 Grand Slams de Pete Sampras e estragara a festa e tentou até confortá-lo dizendo que, em breve, atingirá esta marca. Tal qual o próprio Federer, Nadal mostrou que é também um gentleman. Não é a toa que hoje eles são dois ídolos do esporte e seus confrontos são os mais aguardados do tênis. É quase como se fosse um Barcelona x Real Madrid.
Concordo com Nadal. Embora seja mais difícil hoje do que há duas temporadas, acho uma questão de tempo Federer até ultrapassar Sampras. Mas, como é mais jovem que o suíço, também acho que Nadal vai acabar se igualando ou até ultrapassando Federer com o passar dos anos. Conta a favor do espanhol, a vantagem de ele ser mais jovem. Nadal tem 22 anos e Federer, 27.
Após a decisão do Australian Open neste domingo que durou mais de 4 horas de um tênis espetacular, o suíço que foi por cinco anos número 1 do mundo até perder o posto para Nadal no ano passado, desabafou antes de cair em prantos para surpresa do público e da sua esposa que estava presente na quadra Rod Laver.
- Deus está me matando.
Foi de cortar a alma e constranger até o grande campeão Nadal, que ao subir ao palco para receber o seu troféu, abraçou Federer e trocou algumas palavras com ele. Não sei o que eles falaram, mas o suíço conseguiu juntar forças para as palavras protocolares. Parabenizar o rival, agradecer ao público e as promessas de voltar no ano seguinte.
Muito antes do choro já era visível o desapontamento de Federer, que jogou quatro sets espetaculares, mas ofereceu o seu pior tênis no momento mais decisivo da partida, que acabou em 3 a 2 para o espanhol, com parciais de 7/5, 3/6, 7/6 (7/3), 3/6 e 6/2. Ele e Nadal são dois tenistas excepcionais. Dois gênios. Dois dos maiores da história. Mas neste momento, o espanhol é mentalmente superior. Foi isso que o fez destronar Federer no ano passado em Wimbledon, numa batalha de mais de cinco horas e é isso que impede o suíço de vencer Roland Garros, o Grand Slam que ele não tem e que já perdeu em três oportunidades (2006, 2007 e 2008) para o espanhol.
Das sete finais de Grand Slam que os dois já disputaram entre si, Nadal lidera com larga vantagem, tendo conquistado cinco. Federer, quando era muito superior no circuito e dividia os títulos com Nadal na base do quadra rápida é minha, saibro é seu, ganhou de Nadal em Wimbledon em 2006 e 2007.
Porém, quando o espanhol rompeu essa barreira, não parou mais. Só falta-lhe quebrar a hegemonia de Federer no US Open, onde de 2004 a 2008 ele reinou absoluto.
O choro de Federer e o desabafo, portanto, é de alguém que ama o esporte que pratica, que vem dando o máximo de si, insistindo e mesmo assim não consegue vencer o rival. São os prantos de uma enorme frustração. Como se fosse impossível deixar o incômodo número 2 e superar Nadal como o espanhol o superou.
E o suíço até evoluiu, corrigindo erros que fizeram a festa de Nadal na decisão de Roland Garros do ano passado, quando no terceiro e decisivo set perdeu por 6/0. Mas ainda falta um pouco mais para Federer. Não sei, porém, se ele conseguirá isso.
Após a festa da premiação, Nadal, que estava visivelmente incomodado com a surpreendente reação do normalmente frio Federer, revelou que estava constrangido em celebrar o título diante da reação do, não sei se posso dizer, amigo, mas com certeza, rival. Ele sabia que Federer buscava igualar o recorde de 14 Grand Slams de Pete Sampras e estragara a festa e tentou até confortá-lo dizendo que, em breve, atingirá esta marca. Tal qual o próprio Federer, Nadal mostrou que é também um gentleman. Não é a toa que hoje eles são dois ídolos do esporte e seus confrontos são os mais aguardados do tênis. É quase como se fosse um Barcelona x Real Madrid.
Concordo com Nadal. Embora seja mais difícil hoje do que há duas temporadas, acho uma questão de tempo Federer até ultrapassar Sampras. Mas, como é mais jovem que o suíço, também acho que Nadal vai acabar se igualando ou até ultrapassando Federer com o passar dos anos. Conta a favor do espanhol, a vantagem de ele ser mais jovem. Nadal tem 22 anos e Federer, 27.
Neste ano, Federer terá mais três oportunidades de atingir o recorde. Na prática duas, pois ninguém acredita que Nadal perderá o pentacampeonato de Roland Garros em maio. Mas em junho, haverá Wimbledon e em agosto o US Open. Vou continuar torcendo. Gosto de ver esportistas fazendo história. Mas neste caso, qualquer que seja o resultado, a história está sendo escrita.
Nenhum comentário:
Postar um comentário