terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Best Of 2008 – Música

O ano de 2008 foi muito bom para shows. Um dos melhores, segundo a minha contabilidade particular. Vi 17 concertos, alguns inesquecíveis, outros dispensáveis, mas, como eu sempre digo, para quem gosta de música nada substitui uma banda no palco. É ali, de frente para o público, com os amplificadores ligados e sujeito a erros e acertos, pronto para improvisações ou com tempo marcado, que uma banda mostra quem verdadeiramente é.

E agora eu tenho a difícil tarefa de selecionar as cinco melhores apresentações de 2008. Assim como no ano passado, quando não inclui o Police, dessa vez tiro outro show do Maracanã que fechou o ano da minha lista também. Sim, a Madonna fez um bom show no Rio, mas um dos critérios aqui do blog diz que o espetáculo deve ser 100% cantado. E a Madonna foi, digamos, uns 75% cantado.

Mais difícil do que tirar a Madonna, foi tirar da lista o Scorpions, a Tarja Turunen, o Helloween e o Bob Dylan, mas como só podia escolher os cinco melhores, ficam aqui como menção honrosa.

Dadas as explicações, vamos a lista que vem em ordem decrescente. Mas aqui no caso é do muito bom para o excelente. No final, ainda aponto o pior show do ano, afinal, 2008 não foi só de flores. Teve também alguns espinhos.

5º lugar – Whitesnake. Os ingleses vieram ao Brasil em maio para a turnê do disco “Good to be bad” e fizeram, como de costume, um showzaço no Citibank Hall. Foi a segunda vez que os vi tocar ao vivo e desta vez foi ainda melhor. David Coverdale estava cantando muito bem, soltou todos os clássicos e ainda fechou com “Burn”, explodindo de vez a platéia. Inesquecível.

4º lugar – Mudhoney. O último remanescente do rock de Seattle veio aqui em outubro lançar novo disco, “The Luck Ones”. O Circo Voador não estava lotado, mas extremamente empolgado com a banda que deu a alma em quase duas horas de apresentação. Antes, ainda foram muito simpáticos com os fãs tirando fotos e dando autógrafos. O grunge vive com o Mudhoney e nós nos alimentamos dele através de Mark Arm e sua banda.

3º lugar – Queen + Paul Rodgers. Quem disse que o Queen não sobreviveria sem Freddie Mercury. Tudo bem, Mercury é insubstituível, mas este Queen é uma nova banda com um vocalista de estilo, talento e estrela próprios. O novo álbum, “The Cosmos Rocks”, comprova isso. É uma nova banda, que reverencia os velhos tempos, mas não deixa de olhar para frente e mostrou todas as suas facetas na apresentação de novembro. Ninguém esquece de Freddie Mercury, mas todos que estiveram no HSBC Arena se lembrarão de Paul Rodgers.

2º lugar – R.E.M. Novembro também foi o mês dos americanos do R.E.M. no Rio de Janeiro. Pela segunda vez no Brasil, agora para lançar “Accelerate”, Michael Stipe, Peter Buck e Mike Mills provaram que são realmente uma das melhores bandas do momento. O novo álbum é muito bom, como pudemos ver nas canções mostradas no show, um espetáculo, aliás, que não deveu nada ao do Rock in Rio de 2001.

O melhor do ano – Ozzy Osbourne. Quando começaram a vender os ingressos para o show de Ozzy em abril eu tinha um único objetivo em mente: esta vai só para o currículo. Achava que Ozzy não era mais o mesmo, estava seqüelado e não tinha mais voz para cantar metal. Mas era o Senhor das Trevas, um dos sonhos da minha lista pessoal de shows, portanto, não podia perder a oportunidade. Só que não podia perder dinheiro. Daí eu ter comprado o ingresso para a arquibancada mais distante e barata da HSBC Arena.

Só me arrependo de uma coisa deste dia, portanto. Por que eu não comprei ingresso de pista para o mega-lotado show de Ozzy? O roqueiro inglês superou todas as minhas expectativas (e por isso levou no photochart o título de melhor show do ano) e fez uma das melhores apresentações que eu já vi. Tocou clássicos do Black Sabbath, canções que sempre quisemos ouvir ao vivo, além de inúmeras canções históricas como “No More Tears” e “Crazy Train”. Tudo isso mandando muito bem nos vocais. Com voz de garoto e soltando os velhos gritos de “Let’s go fucking crazy”. Ele também lançava um disco novo, “Black Rain”, mas nós queríamos mesmo o velho Ozzy, e ele estava muito parecido com o grande Senhor das Trevas. Definitivamente o melhor show do ano. Inesquecível.

Pior show: A bomba do ano foi o Korn. Os americanos abriram o show para o Ozzy, mas, nossa, como são chatos. É até difícil entender como alguém consegue se divertir com aquilo. Tudo bem que eu não sou muito chegado a nu metal, mas o Korn foi absolutamente dispensável. Antes tivesse tido apenas o Black Label Society abrindo para o Ozzy. Korn é uma banda que, espero, nunca mais assistir.


Amanhã, encerrando a retrospectiva/melhores do ano abordarei o cinema em 2008.

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