quinta-feira, 24 de abril de 2008

Noite de Helloween

Este ano tem sido fértil para os fãs de metal. Até parece que todas as bandas resolveram fazer show no Brasil. Sobram atrações, falta dinheiro. Já passou por aqui gente do porte de Deep Purple, Iron Maiden, que infelizmente não tocou no Rio, Dream Theather, Ozzy Osbourne e ainda vem mais por aí com Queensryche em maio, Megadeth em junho e Scorpions em agosto.

Abril também não ficou sem a sua banda de metal e trouxe o Helloween e o Gamma Ray para animar a nossa festa de uma vez só. Foi uma celebração do metal alemão feita para um Citibank Hall vazio (mas com muitos torcedores do Fluminense, que jogava no mesmo dia, horas antes, contra a LDU pela Libertadores), porém com fãs de primeira hora do Helloween, muitos que já tinham assistido a outra apresentação da banda por aqui há dois anos.

Não houve muita diferença entre este show e o da turnê do disco “Keeper o the seven keys – the legacy” (2005). A abertura com “Halloween” foi a mesma e estavam lá as músicas clássicas como “Power”, que foi cantada apenas em alguns versos num medley com “Perfect Gentleman”, “I Can” e “Eagle Fly Free”. Além de “If I could fly”, outra grande canção da banda. Mais uma vez, no entanto, eu fiquei sem ouvir “Forever and one (Neverland)”, minha música favorita do Helloween. Já começo a perder as esperanças.

Por outro lado, a banda tocou duas músicas do novo álbum, “Gambling with the devil” (2007): “So far as I fall” e “Final Fortune”. Ambas são muito legais, em especial “So far as I fall”, que foi cantada em coro pela platéia. Um sinal que ou a internet reduziu a nada as fronteiras ou só os fanáticos pelo Helloween mesmo se despencaram de casa numa quinta-feira à noite para ver a banda tocar na Barra da Tijuca.

Antes do Helloween, o Gamma Ray fez um show que foi uma apresentação de abertura turbinada em 1h15m. Liderada pelo ex-vocalista do Helloween, Kai Hansen, o Gamma Ray fez um show apenas ok sem muitos destaques, mas que divertiu a platéia. A banda é mais fraca do que o Helloween e tem um baixista tão presepeiro que rouba a cena (negativamente falando) até do vocalista. Dirk Schlachter faz mais pose do que toca baixo. O verdadeiro nome importante da banda é realmente Henjo Richter, o guitarrista, que pouco aparece - até as luzes do palco ele evita – mas toca muito bem.

O Gamma Ray ganha alguns pontos mesmo, porém, quando retorna ao palco para tocar junto com o Helloween na parte final do show que durou 2h30m aproximadamente. Com três guitarras (Henjo e os guitarristas do Helloween Michael Weikath e Sascha Gerstner) e dois cantores (Hansen e seu substituto Andi Deris), o show explode de vez. Pena que eles tocaram apenas duas músicas. Entre elas, pelo menos, “I want out”, que fez os fãs saírem da casa satisfeitos e com a sensação de que o dinheiro gasto valeu a pena. Mesmo para os infelizes que pagaram o ingresso inteiro. Que venham mais bandas por aí, pois o ano ainda nem chegou na metade.

Três momentos legais do espetáculo. O Helloween cantando “I want out” com o Gamma Ray, “Eagle Fly Free” e parte do medley “Perfect Gentleman/Power” em que rolou uma integração com a platéia durante a apresentação da banda feita pelo cantor Andi Deris.






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