sábado, 1 de dezembro de 2007

Ser pai

Ter uma das minhas amigas mais próximas grávida me fez pensar em coisas diferentes do que apenas querer derrubar o Lula (embora eu continue desejando isso). Como seria o pai Marcelo? Como seria um filho meu no mundo? Como seria o mundo com um filho meu?

Claro que isso está muito longe de acontecer. O FBI, a CIA e os espólios da KGB ainda não precisam se preocupar. Até porque sequer namorada eu tenho. Mas é de estremecer o planeta a possibilidade de um dia eu vir a ter um herdeiro. Ele daria continuidade à minha parca obra? Tornaria-se um revolucionário ou um mero pagodeiro?

Dúvidas, muitas dúvidas. Se ele me puxasse certamente seria muito chato. Há quem diga que os filhos superam os pais. Ou seja, ele seria extremamente chato, por vezes pedante e muito, mas muito crítico. Tenho pena de atores e diretores de um futuro que tivesse o meu filho como personagem. Enfim, ele seria insuportável, mas por causa dessas, digamos, qualidades, poderia até se tornar um gênio. Se puxasse a mãe, bem, essa resposta prometo dar daqui a alguns anos.

Mas a pergunta que você deve estar questionando é: Esse louco preferiria menino ou menina? Bem, nunca neguei que adoro estar perto de mulheres, cercado por elas. A proporção de três ou quatro para um é a que mais me agrada. Não é à toa que a minha agenda tem mais números de mulheres do que de homens (sem conotações sexuais, por favor, sou um cavalheiro).

Portanto, não seria nada mal ter uma menina geniosa para abrilhantar esta família hipotética. É quando presencio o seguinte diálogo envolvendo três adolescentes no McDonalds do Rio Sul enquanto espero um excelente filme sobre o qual falarei no próximo texto.

“O Kevin é lindo, mas é muito galinha. Ele trocou a mulher dele pela psiquiatra. Vocês podem acreditar?”

“Vocês já viram as fotos do casamento do Nick? E as imagens? Elas estão no Youtube. São lindas, a noiva com aquele vestido”.

“Pois é, e a gente quase não vê fotos do casamento do Brian. Eu só vi duas, iguais, com a noiva com aquele vestido que mais parece a cortina lá de casa”.

“Gente, o AJ é muito esquentado. Eu adoro ele, mas ele é muito bravo. Mas no vídeo ele faz aquela carinha... Eu acho que ele chega a chorar”.

Definitivamente ter uma filha adolescente fazendo fofoca dentro de uma lanchonete que vende fast food sobre a vida pessoal de integrantes de boys bands seria de causar um tremendo desgosto para qualquer pai. Talvez, quando (e se) a hora chegar, seja melhor eu aceitar ser maioria uma vez na vida.

6 comentários:

Unknown disse...

A grávida sou eu!!!! hehehe Amigo, com certeza vc vai ser um pai maravilhoso!!!! Pode ser de menino ou de menina... e que não seja pagodeiro! bjsss

Anônimo disse...

Não sei se eu seria um pai maravilhoso (acho que é bondade sua), mas certamente meu filho saberia de cor páginas e mais páginas da obra de Nietzsche e apreciaria o bom e velho Rock and Roll. Se for pagodeiro, no entanto, tudo bem, sem problemas, expulso de casa. rsrs
beijo

Anônimo disse...

wow essa me surpreendeu!!!!
Marcelo o anti-casamento refletindo sobre uma possível família...well,well,well..Será que o mundo está chegando ao fim???
UHAHUAUHA brincadeira...
Legal!!! b-jus

Anônimo disse...

Sim, o apocalipse se aproxima. Mas até lá dificilmente estarei casado.
O objetivo aqui foi apenas refletir sobre o vazio da juventude atual, que é mais oca do que os da minha geração. A continuar assim os jovens de 2050 não passarão de cloacas andantes

Anônimo disse...

Será Marcelo Alves um pai solteiro? De quem será a barriga de aluguel? Oh, dúvida crudelíssima!

(Em tempo: eu também fico pensando se meus futuros rebentos irão gostar da mais fina flor da bestialidade. Se isso acontecer, jogo meus livros todos no bueiro!)

Anônimo disse...

Não jogue seus livros no bueiro. Eles não têm culpa. Jogue os filhos que deram errado. rsrsrs. Isso foi cruel. Quem lê pode até pensar que eu não presto.