sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

A riqueza é dourada

Ser louro deve significar status ou mais dinheiro no bolso. É a única explicação que encontro para ver tantas louras na Barra da Tijuca. A Barra é a maior concentração de louras por metro quadrado. É aparentemente um bairro onde a “louritude” é condição sine qua non para ser aceito. Deve ser o paraíso do Fausto Fawcett.

Seria exagero dizer que a Barra é o ideal nazista sendo aplicado, apesar de volta e meia algum pitboy morador daquelas bandas se meter em confusões e/ou maracutaias. Não dá para dizer que exista uma raça pura na Barra porque quando estive lá essa semana ainda encontrei algumas poucas morenas. Negras? É artigo de luxo na Barra.

No bairro que até mendigo é louro (sim, eu vi) seria possível se sentir na Suécia não fosse pelo calor e pela falta de educação de um ou outro. Coisa típica de brasileiro, mas ainda assim as ruas da Barra são mais limpas do que boa parte da cidade.

Não importa se outros cabelos confirmam ou não a louritude. Vale o que se vê e ser loura é a última moda no bairro. Mas não são só os cabelos que fazem do local um mundo fora da realidade. Não existe mulher feia na Barra. Pode ter umas mais ou menos, outras mais ajeitadinhas. Pode ter até uma que não se nutra alguma simpatia, mas baranga não tem. O mercado de academias deve ser efervescente na Barra.

Um mercado pulsante para atender a todas as louras As que saem da loja de biquínis com seus celulares rosas, as que comem comidas saudáveis no restaurante da rua, as que caminham de um lado para o outro. E até as que jogam água em você para limpar o vidro do carro. Definitivamente, a riqueza é dourada. Do corpo a cabeça.

Claro que isso tudo é fruto de dois dias de observação de um bairro que nunca freqüento. Mas entrando na Barra com seus prédios jeitosinhos, seus jardins arrumadinhos e um manancial de louras eu me senti no mundo da Barbie. Ainda bem que voltei para Niterói.

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