quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Um ano que promete

Este ano de 2008 promete. Que falta me faz um cartão corporativo como o que os servidores da República têm. Eu, como muitos brasileiros, merecia um, pois trabalhamos mais do que eles. Mas este texto não é político. O que me faz sentenciar que o ano promete é a atribulada agenda de shows que vai sendo confirmada a cada semana. Falta dinheiro, sobra emoção.

Depois da abertura dos trabalhos feita pelo ótimo show dos Paralamas com os Titãs, 2008 ainda reserva o enésimo retorno do Deep Purple ao Brasil. Tudo bem que Ian Gillan não é mais o mesmo. De longe, aliás, é o que mais sentiu o peso da idade e as seis décadas de rock and roll. Mick Jagger o deixa no chinelo. Por outro lado, ouvir clássicos como “Perfect Strangers” e “Smoke on the water” é sempre emocionante.

Isso é já agora em fevereiro. Mal o Deep Purple deixa o Brasil e no seu encalço vem o Dream Theather, também na sua enésima vinda ao país. Metal melódico de qualidade, digno das bandas tops que já tocaram por estas bandas.

Não pare agora, pois no dia seguinte ao espetáculo do Teatro dos Sonhos no Citibank Hall, vem a realização de outro sonho na Arena Multiuso no longínquo e ermo bairro de Jacarepaguá: mestre Bob Dylan.

Poeta, revolucionário, músico espetacular, letrista de mão cheia... Você pode e poderá ver isso facilmente em dois filmes. “No Direction Home”, de outro mestre, Martin Scorsese, de 2005, e “I´m not there”, que ainda não estreou no país e tem seis atores interpretando diferentes fases do cantor, entre eles o falecido Heath Ledger e Cate Blanchett, indicada ao Oscar de atriz coadjuvante pelo papel.

Contenha o fôlego e espere mais um mês para o retorno do Senhor das Trevas ao Brasil. Ozzy Osbourne, o comedor de morcego, fundador de uma das maiores bandas de metal da história, o Black Sabbath, desembarca também na Arena Multiuso em abril para tocar todos os clássicos possível e imaginários do Sabbath e de sua carreira solo.

O roqueiro mais sequelado da história vem para executar canções como “Iron Man”, “Paranoid” e “War Pigs”, do Sabbath, e “Crazy Train”, “No more tears” e “Perry Mason” de seu trabalho solo. Só clássico de Ozzy que neste ano lançou um álbum novo, “Black Rain”.

E nem quero imaginar o que me espera pelo resto do ano. A lamentar apenas a ausência do Iron Maiden no Rio de Janeiro. A banda tocará apenas em São Paulo, Porto Alegre e Curitiba. Infelizmente. Mas como eu disse, é um ano que promete. Só falta o dinheiro. Ah, se eu tivesse um cartão corporativo...

Ozzy em dois momentos com seu Black Sabbath, tocando "Paranoid" em 1970 e no ano passado tocando "Iron Man" no Ozzfest:





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