quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Drama sofrível

Richard Gere sempre foi um ator limitado. É preciso pensar muito para descobrir em sua vasta filmografia uma atuação digna de qualquer elogio. Talvez em “O Chacal” (1997). Quem sabe. Boa gente que viu “O vigarista do ano” (2006), ainda em cartaz, diz que ele está perfeito no papel-título. Devia ter assistido a esse filme e não ao insosso “Justiça a qualquer preço”.

Dirigido por Andrew Lau, o cara por trás do roteiro do filme original que gerou o genial “Os Infiltrados”, o filme é incompreensível. Numa atuação perto da sofrível, Gere faz o funcionário público Errol Babbage. Sua missão é monitorar os malucos da sua área que no passado foram pegos em crimes sexuais dos mais diversos e agora tentam se livrar de seus problemas trabalhando enquanto escondem o que fizeram do resto da sociedade e freqüentam grupos de recuperação.

Errol os importuna sempre fazendo as mesmas perguntas e acaba atrapalhando também qualquer chance de recuperação. Mas o faz porque tenta recuperar a si mesmo. Errol se acha um fracassado por não ter feito mais, salvado mais pessoas inocentes, etc...

Nesse meio tempo entra em cena Allyson Laurie (Claire Danes, cuja atuação não merece qualquer comentário). Ela vive a profissional que irá substituir Errol assim que ele se aposentar, ou for aposentado como o próprio define.

O filme até aqui, portanto, se propõe a ser um drama com tintas de regeneração e blá, blá, blá. É quando Lau entra em cena e traz toda a técnico do cinema oriental de terror. Leia-se com isso uma câmera que acelera e pára em determinados pontos, consagrada por John Woo, o som estrategicamente aumentado com o andar lento da câmera e gritos. Claro, sem grito o cinema de horror não teria vez. Algo bem na linha de “Jogos Mortais”, mas bastante pasteurizado pelo estilo americano de fazer cinema. Talvez o paralelo melhor nem seja “Jogos Mortais”, filme de roteiro genial, mas suas sofríveis seqüências.

Por trás desse aparato há uma investigação de uma garota desaparecida, Harriet Wellis (Kristina Sisco). Ela, claro, foi raptada e Babbage acha que Harriet foi vítima de uma das ovelhas negras do seu rebanho, “The Flock”, como no título original em inglês. No final estará certo e descobrirá a verdade até de uma forma bastante óbvia. Um pouco de atenção ao filme o fará descobrir o sequestrador com pouco mais de uma hora, assim mesmo porque ele demora a apresentar todos os personagens. Aliás, a investigação é uma das mais mau executadas da história do cinema.


Sem surpresas e com um roteiro preguiçoso, Andrew Lau não convence com o seu primeiro filme americano. “Justiça a qualquer preço” não passa de uma perda de tempo. Ninguém mandou eu dar uma segunda chance a Richard Gere.

3 comentários:

Anônimo disse...

HUAHUAUHAHUA
Fala serio eu amo Richard Gere em Star Wars!!!!!!
Ele e Leah são os melhores!
ps:Taísa(ainda não consegui mudar o nick,eu acho)

Anônimo disse...

Ok ok,EU ADMITO...
Confundi Richard Gere com Harrison Ford.
Não é a primeira vez que isso acontece =/
haha vc tem que concordar comigo que existe uma pequena semelhança...os 2 são da déc de 40 !!hahaha O que importa é que ambos são ótimos atores.
Os melhores filmes de Harrison Ford: Star Wars,Blade Runner.
Richard Gere:Uma Linda Mulher,Chicago!!!

Anônimo disse...

Eu quase cai para trás quando vi você associando um ator insosso como Richard Gere com a clássica série Star Wars e um dos grandes heróis do cinema, o velho Indiana Jones Harrison Ford. Ainda bem que você consertou a tempo. De qualquer forma, Richard Gere é muito ruinzinho. "Uma linda mulher", admito, é um filme legal, mas não por causa do seu "talento dramático". "Chicago" não vi ainda porque não gosto muito de musicais, ainda mais tendo Richard Gere no elenco.