sexta-feira, 4 de julho de 2008

Desabafo

O futebol é o mais cruel de todos os esportes. É o único em que nem sempre o melhor vence, mas isso nem sempre é engraçado. Principalmente quando você vê um time fazendo uma campanha belíssima, superando dificuldades, adversários superiores, jogando com muita garra. O coração na ponta da chuteira e uma disciplina dentro de campo que raras vezes se vê. O Fluminense é um time que não bate e eu, como apreciador do esporte, tenho orgulho disso.

Diante de tantas dificuldades, de tantas dores vividas na última década, eu subverto a lógica das coisas para dizer que ontem eu vi uma das maiores injustiças no futebol nos meus 26 anos de vida.

Não falo dos dois pênaltis não marcados a favor do Flu. Da péssima arbitragem do argentino Hector Baldassi. Da má vontade de Dodô. Eu até poderia citar isso tudo como desculpa para uma derrota.

Uma derrota doída. Mas não é pelo coração em frangalhos, o choro que eu tenho que segurar diante de todo mundo. Pessoas que talvez jamais entendessem esse amor. Não é por isso tudo que eu vi essa injustiça.

Apesar do bom time da LDU e do que eu previra que esta decisão seria o jogo mais difícil de todos, mesmo após passar por São Paulo e Boca Juniors, a sofrida derrota tricolor foi injusta por todas as dores que vivemos, por todas as dificuldades que passamos. Assim mesmo, no plural, pois o torcedor é o que mais sofre quando vê o seu time na pior.

Foi injusta pela alegria das pessoas. Bastava ter coração para se contagiar pela felicidade de um senhor que passava sorrindo pela rua, pelos esperançosos torcedores que arrumavam a bandeira com carinho para levar ao estádio, pela garota na rua com a sua camisa falando ao celular enquanto um carro coberto pela bandeira verde, branco e grená passava na rua.

Bastava ter algum sentimento para se emocionar com a bonita festa que a torcida fez no Maracanã, pela reunião nos bares e no sambódromo. Pessoas felizes.

Uma cidade em que é tão fácil ser assassinado. Basta ir a uma boate ou andar na rua errada e na hora errada, merece momentos de alegria, mesmo que eles só venham neste momento do esporte.

É por isso tudo que eu não consigo entender a cabeça do ser humano. Não entendo como alguém torce pela desgraça alheia. Não entendo como alguém quer cercear a inocente felicidade de outros. Alguns falam que é do esporte. Que é a rivalidade. Não sei quão sadia é essa tal de rivalidade que faz alguém torcer pelo sofrimento do outro. Será que não há limite para ela? Quão sádica uma pessoa pode ser ao gostar de ver outra tendo a alma definhada pela dor? E sem que haja motivo para isso. Não houve confronto. Não houve eliminação direta. É apenas o prazer de ser espírito de porco.

Eu nunca tive pensamento tão mesquinho. Tão pequeno. Posso falar de camarote. Na noite em que eu estava em êxtase pela vitória sobre o Boca, lamentei as eliminações de Botafogo e Vasco da Copa do Brasil. Gostaria muito de ter visto uma final carioca. Lamentei ainda a derrota do Flamengo para o Santo André na decisão da Copa do Brasil de 2004. Eu cobria o clube naquela época e não tinha como torcer contra ao ver tantos torcedores felizes e dando o título como certo. O clima na cidade era da vitória que infelizmente não veio.

Não sei até onde vai minha dor. Exagero ao dizer que nunca mais serei feliz. Sei que um dia eu vou olhar para trás e ter orgulho desse time: Fernando Henrique, Gabriel, Thiago Silva, Luiz Alberto e Júnior César; Ygor, Arouca, Cícero, Conca e Thiago Neves; Washington. Técnico: Renato Gaúcho. E mais Roger, Maurício, Tartá, Allan e outros que jogaram e não me lembro agora. É uma equipe que foi vice-campeã da Libertadores e isso é muita coisa.

Mas hoje eu sofro. Gostaria que essa dor fosse embora junto com o temporal que cai agora como se até os céus se debulhassem em lágrimas por essa derrota. É muito triste ver um sonho interrompido numa disputa de pênaltis. É uma crueldade. A gente não merecia isso.

Um comentário:

Janice Aliena disse...

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