sábado, 12 de julho de 2008

Uma vida sem limitações

Editor da revista "Elle", Jean-Dominique Bauby (Mathieu Amalric) tinha a vida que muitos desejariam. Mulheres aos seus pés, carro conversível, filhos lindos, um pai que o ama e que ele corresponde com o mesmo amor e o poder que só os jornalistas renomados têm. Num trágico dia de 1995, ele resolve pegar um de seus filhos na casa de sua ex-esposa (a linda Emmanuelle Seigner) para levá-lo para passear no carro novo e acaba sofrendo um AVC.

De uma hora para outra, a vida excitante de outrora era interrompida e Jean-Do, como era mais conhecido, se vê quase que completamente paralisado. Dependente de todos e com limitações eternas, Jean-Do não nega que tenha pensado em morrer, mas resolve deixar os pensamentos ruins de lado e renascer dentro do possível.

Com a ajuda de uma técnica de linguagem desenvolvida pela ortofonista Henriette (Marie-Josée Croze), Jean-Do usa apenas o olho esquerdo para se comunicar com o mundo exterior. Uma piscada é sim. Duas representa não. A isso se resume a sua vida a partir de agora.

Dentro de si, porém, há um mundo de enorme a ser explorado. Locais nunca visitados, comidas saborosas a serem experimentadas. O corpo está limitado, mas é da mente que Jean-Do tira forças para sobreviver e atravessar as dificuldades para ter um final de vida que considere digno e não ser alvo da pena alheia.

É essa história de superação que o diretor Julian Schnabel leva para a tela em “O escafandro e a borboleta”, meu filme francês da vez até o momento (eu sempre tenho um todo ano).

Levar para as telas essa história real foi um desafio e tanto para Schnabel, que ganhou o corpo, a alma e a dedicação de Amalric. Juntos, no entanto, ambos conseguiram contar a história com dignidade e sem cair nos naturais recursos de dramatização para fazer o espectador se debulhar em lágrimas.

Nem nas situações mais agudas se têm pena de Jean-Do. Há momentos em que se lamenta da sua arrogância. Há momentos até em que se ri dele e com ele. Mas nunca há pena. Por outro lado, não há a sensação de que ele mereceu isso.

Schnabel escolhe e transpassa o caminho da neutralidade. Um triste acidente ocorreu. Daí se seguiu uma rica história de vida culminada com um livro todo ditado por Jean-Do contando suas experiências. O livro, que tem o mesmo nome do filme, fala sobre a vida do jornalista, suas limitações e explica como ele as superou. Ele poderia viver num escafandro (roupa hermeticamente fechada e provida de aparelho respiratório, que permite à pessoa trabalhar debaixo d’água), mas sua imaginação, sua riqueza por dentro, era a da viagem da borboleta que não encontra limitações no seu vôo.

É preciso muita força de vontade, muita garra para fazer o que ele fez. Muitos não têm isso. Jean-Do teve (ele morreu em 1997, aos 44 anos, duas semanas depois de ter publicado seu livro) e, tendo que infelizmente cair na raia do clichê, devo dizer que ele é uma lição de vida. E “O escafandro e a borboleta” é uma cinebiografia digna de seu rico personagem.

Um comentário:

Janice Aliena disse...

Olá Que trabalho milagroso de grande Amiso, eu sou Jose Nuno, minha esposa me deixou porque tenho câncer no corpo, então enviei um email para o Dr.Amiso e explico tudo para ele, ele cura a doença e devolve minha esposa de volta para mim , eu também disse ao meu amigo Olavo que sua esposa está se divorciando em três dias, ele também entrou em contato com o Dr.Amiso, reteve e viu sua esposa ligar para o advogado 2 dias antes do terceiro dia de assinar o documento de divórcio e disse que ela não estava Ao se divorciar do marido novamente, ele deve parar e procurar todos os documentos sobre a questão do divórcio, acredite: agora eles estão vivendo felizes como nunca antes. caso você esteja passando por um problema conjugal, entre em contato com Dr.Amiso pelo herbalisthome01@gmail.com