segunda-feira, 30 de setembro de 2019

Rock in Rio 2019 - terceiro dia

A jam session do Dave Matthews Band
Eu queria dedicar esta Corneta a Jon Bon Jovi, homem que tantos hits deu e tantos corações embalou nas últimas quatro décadas, mas cuja voz não resistiu e faleceu em algum ponto nos últimos anos. Rest in peace, voz de Jon. Você sempre será lembrada a cada aniversário dos primeiros álbuns do Bon Jovi.
Dito isto, vamos às impressões do terceiro dia do Rock in Rio.
Ivete Sangalo - Há limite para tudo nesta vida. O meu limite é Ivete Sangalo. Nem de graça. Next.
Iza & Alcione - O mais legal de festival é você conhecer artistas que nunca ouviu falar ou mesmo ver shows de artistas pelos quais talvez você nunca pagaria por um ingresso e acaba gostando da apresentação e virando fã. Ou o inverso. Você gostava, vê um show e passa a odiar (Ouviu, Red Hot Chili Peppers? Essa foi para vocês). Cheguei ao show da Iza sem qualquer expectativa é achei agradável. E ainda teve a Alcione, nosso meme nacional, chegando dizendo que tem que seduzir. Só faltou mesmo o Axl Rose. Ainda sonho com esse dueto entre os dois amigos.
Goo Goo Dolls - O dia em que eu criar o festival “One Hit Bands”, o Goo Goo Dolls será headliner de uma noite que também terá 4 Non Blondes e Chris Isaak. Antes que me perguntem, o Twisted Sister fechará a noite do metal deste festival. Porque a única coisa que as pessoas esperam desse sub-Bon Jovi é ouvir “Iris”, a música daquele filme com a Meg Ryan. É por causa dela que o povo ficou lá com cara de paisagem vendo o vocalista Johnny Rzeznik se esforçar no palco.
Embora não pareça, o Goo Goo Dolls tem mais de 30 anos de carreira. Só “Iris” já tem 21 anos. Neste mês, a banda lançou até um disco novo. Ninguém ouviu. Aliás, ninguém ouviu nada para além de “Iris”. Tanto que ao fim do show Rzeznik até disse: “Então, vocês conhecem essa? Vamos cantar juntos”. Coitado. Mas foi um show muito ruim. Sorry.
Jessie J - Lembro que em Lisboa Jessie J fez um show muito legal e eu tinha a maior expectativa para vê-la de novo. Foi um pouco frustrante. Não tanto por culpa dela, mas porque o som estava muito baixo. Pô, maior vacilo, Palco Sunset.
Dave Matthews Band - Um cara como eu que nunca passa roupa, usa tênis Adidas e vive no mundo do heavy metal não devia gostar desta banda. Afinal, o Dave Matthews Band é quase um ícone da galera coxinha que usa casaco amarrado na ombro e sapatênis. Mas como não amar a jam session (por si só uma expressão elitista) de Dave Matthews e o VIRTUOSISMO desta banda? Vou bater o pé (sem sapatênis) para afirmar que foi um dos melhores shows da primeira semana. Não que a concorrência fosse grande coisa.
Os músicos do Dave Matthews são excelentes. Pagaria por um show só deles? Não. Compraria um CD? Não. Mas poxa, para ouvir ali num bolo dentro do festival ou num consultório médico esperando para ser atendido está ótimo.
Bon Jovi - Como diria a letra de “Livin’ on a prayer”, “Once upon a time, not so long ago”, Jon Bon Jovi conseguia cantar suas músicas. Hoje ele precisa da ajuda de todos da banda para tentar não fazer feio.
Foi um pouco constrangedor e até triste acompanhar o show da banda. A gente viu o Bon Jovi no auge, e, de repente, vemos uma banda em franca decadência a olhos vistos. O David Coverdale está cantando melhor que o Jon, que chegou a níveis preocupantes na escala Sebastian Bach de perda de alcance vocal. Talvez só abaixo do Axl Rose. Enfim, o Medina vai ter que procurar outra opção para 2021 porque não dá mais para o Bon Jovi. Fiquem apenas com as músicas no Spotify.
E depois de 19 shows, terminamos a primeira semana. Vou dormir até quinta-feira e já volto. #CornetanoRockinRio

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