Depois de um dia de muito rock and
roll que resultou na sempre saudável sensação de ouvido zumbindo, chegou a hora
da avaliação final da corneta sobre o primeiro dia do Monster of Rock. Para
sorte deles, a corneta não viu De La Tierra, Primal Fear e Coal Chamber, pois
não se começa show antes de 14h.
Já
o Lemmy teve piriri quando soube que a corneta estaria presente para avaliar o
Motörhead e cancelou o show. (Brincadeira! Melhoras, Lemmy!).
Mas
vamos ao que interessa:
1) Rival Sons: Cruzamento de Black
Crowes com Aerosmith, tem um vocalista que por vezes lembra aquele Robert Plant
dos velhos tempos, um guitarrista que parece saído dos melhores grupos de blues
do delta do Mississipi (sempre quis escrever isso, pois passa impressão de
erudição), um baterista fanfarrão é um tecladista com jeito de quem saiu de uma
tribo amish. Fez bonito, conquistou a galera e saiu consagrado da Arena
Anhembi. A corneta aprovou.
2)
Black Veil Brides: Espécie de Mötley Crew teen. O vocalista tem cara de criança
e o corpo todo tatuado. Lembra o Marilyn Manson sem maquiagem e no jeito de
cantar. Os demais integrantes da banda são cafonas e usam penteados de
Chitãozinho e Xororó no auge da carreira. Eles não cantaram
"EVIDÊNCIAS", mas pela reação do público parecia que estavam fazendo
alguma coisa sertaneja. Para a galera, o momento mais feliz foi quando saíram
do palco para não mais voltar. Foi uma tragédia.
3)
Judas Priest: Rob Halford é a Daenerys Taergaryen do heavy metal, invocando
dragões e espíritos do mal a cada agudo lançado que atravessa dimensões
sonoras. Troca de roupa feito uma BEYONCÉ e continua, aos 63 anos, entrando no
palco com uma moto e roupas de couro. Afinal, heavy metal é tradição, não é
humilhação. A galera continua se referindo a ele como "Isso é uma bichona",
mas apesar do conteúdo homofóbico da frase todos o amam. Mandaram bem.
4) Ozzy Osbourne: O Príncipe das Trevas, o homem que tem relação direta
com o Coisa Ruim, é uma pessoa de hábitos. Gosta de lançar um Let's go FUCKING
crazy e I can't FUCKING hear you a cada canção. Mas no fim, ele ama todo mundo
e pede que Deus nos abençoe. Ozzy é sequelado, bate palminha e anda de um lado
para o outro com seu passinho de VELHINHO DE ASILO. Os morcegos não fazem mais
parte de sua dieta, mas ele continua sendo o cara. Queremos vê-lo cantando até
os 666 anos. Cotação: corneta feliz.
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