quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

The Crown é lindo demais

Claire Foy está perfeita como a rainha
Como eu amo essa família. Como eu sentirei falta desse elenco. O que dizer da segunda temporada de “The Crown”? Apenas as linhas malemolentes abaixo:
(AND GOD SAVE THE SPOILERS A PARTIR DE AGORA)
1- Claire Foy, amigos, merece um Oscar. Eu sei que é impossível, mas ela tinha que ganhar um Oscar, pois a sua interpretação da rainha Elizabeth é impecável. Arrisco-me a dizer que nem a própria Elizabeth atuou tão bem como rainha Elizabeth do que a Claire Foy. Os silêncios, os olhares, a postura, a forma de falar, o como falar... tudo foi maravilhoso. Vai embora, não, Claire. Fica até passar o bastão para a Helen Mirren.
2- Vanessa Kirby e Matt Smith também estão de parabéns pelos seus trabalhos como Margaret, a irmã porra-louca da rainha, e Philip, o marido desbocado e sem noção da mesma. Já estamos com saudades.
3- Por falar no Philip, que temporada do marido hein. Achou que ia faturar a jornalista e levou uma volta bonita dela para deixar de ser otário. Perdeu o assessor que, como diria o Tite, FALA MUITO, viu o ridículo clube do bolinha ficar queimado por causa de um caso de divórcio, vacilou ao frequentar casas pouco ortodoxas com pessoas pouco republicanas e ainda teve que botar o rabo entre as pernas e pedir arrego para a rainha. Ok, os dois se amam, blá-blá-blá, mas será que ele aprendeu?
4- A julgar pelas gafes que ele comete até hoje, não.
5- Aliás, ela deve amar demais o Philip, pois, suportou fazer a ceninha da vaca leiteira e o momento Caco Antibes dele zoando o cabelo dela e comparando a um capacete.
6- “Não fazer nada às vezes é a melhor opção”. Essa lição da rainha pode ser aplicada em algumas situações.
7- Por falar na rainha, qual a vantagem de ter o cargo dela e ser sempre última a saber das fofocas?
8- Por outro lado, só ela pode convocar uma audiência oficial apenas para fofocar sobre um jantar.
9- A segunda temporada só reforçou o quanto a Margaret era uma excelente personagem nessa família e o quanto o Charles, coitado, era um zé ninguém desde sempre.
10- Por falar no Charles, foi impossível não rir quando a Elizabeth solta em plena década de 50 a frase: “Ele é o futuro da coroa”. Está esperando até agora. Nunca uma promoção demorou tanto a chegar. E olha que nem tem aumento de salário.
11- Mas ninguém sai mais chamuscado dessa temporada do que o irmão do antigo Rei George. Edward já tinha fama de covarde por abdicar do trono, mas como foi por amor muita gente perdoou. Agora, depois das provas e da sua relação com Hitler e o nazismo, com direito a episódios de traição à coroa... não sei como não tem fila de pessoas cuspindo no túmulo dele.
12- Lorde Altrincham ganhou o prêmio jornalismo ousadia e alegria por criticar a rainha quando ninguém podia falar mal dela e, graças a isso, provocar umas mudanças no castelo de Windsor. Deixaram até os pobres entrarem para visitar o castelo e brincar com os cachorros de Lilibeth.
13- “The Crown” é lindo, maravilhoso, tem um cuidado enorme com a história e a produção, dá para enumerar pelo menos umas 15 cenas absolutamente brilhantes nessa temporada... Então como conseguiram arranjar uma Jackie Kennedy tão sem sal? Uma Jackie Kennedy que não brilharia nem no jantar de Natal das nossas famílias, quiçá falando com o Charles de Gaulle e a Elizabeth. Deviam ter convocado a Natalie Portman que já estava treinada para o papel.
14- Vocês repararam que toda vez que um assessor tinha um assunto delicado para falar com a rainha, chegava sempre com duas ou três bundices antes? É tipo, “mãe, fiz o dever de casa e lavei a louça, mas quebrei a janela do vizinho jogando bola”.
15- Cotação da Corneta: nota 10.
16- É isso. Vou ali me dedicar a “Black Mirror” e qualquer dia eu volto.

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