sábado, 23 de setembro de 2017

Rock in Hell - segundo dia

Tears for Fears, um dos grandes shows/Marcelo Alves
Mais um dia de Rock in Hell. Um dia com um bom saldo de shows. Melhor que o da véspera. Vamos ao que só a Corneta viu. 

Baiana System e Titica - Na ausência do dia do metal (vacilo histórico, seu Medina!), coube ao Baiana System contagiar a galera a ponto de fazer a melhor roda de pogo possível. Foi um showzão. Tudo bem que tinha momentos que pareciam aula de aeróbica com saltos e mãozinha para cima, mãozinha para a direita, mãozinha para a esquerda... Mas toda a musicalidade da "guitarra baiana" foi muito contagiante! Um dos grandes shows do Palco Sunset. Merecia até o Palco Mundo.

Grande encontro - Ontem foi praticamente o Nordeste Day no Palco Sunset. Depois do Baiana System, a paraibana Elba Ramalho e os pernambucanos Alceu Valença e Geraldo Azevedo quebraram tudo com o show do grande encontro fazendo os fãs do Bon Jovi rebolarem no frevo, no xote e no xaxado com gosto e malemolência. Aliás, a Elba, com seus 66 anos, cantou mais que o Steven Tyler, hein.

Jota Quest - Na Moral, eu juro que tentei. Mas não dá. Jota Quest, Los Hermanos, Coldplay, Maroon 5 e Nickelback são bandas que simplesmente não dá. 

Ney Matogrosso e Nação Zumbi - Eu podia posar de intelectual do Facebook e dizer que a união do maracatu da Nação Zumbi com a languidez e o olhar possuído de Ney Matogrosso gerou um show clássico dotado de uma poesia concretista e um refino técnico próprio de uma ourivesaria musical. Mas a Corneta não está aqui para fazer concessões. Simplesmente essa porra não funcionou tão bem como se esperava, não rolou muita química, não deu liga e foi até um pouco constrangedor quando cada um visitava a casinha musical do outro. 

Alter Bridge - Junção do cantor Miles Kennedy (aquele que andou cantando com o Slash antes dele voltar para o Guns) com uma parte do Creed (sim, o CREED), o Alter Bridge tem até um bom vocalista. Falta é ter grandes canções. São basicamente roquezinhos fast food. Te empanturra na hora, mas logo depois você está com fome de novo. 

Tears for Fears - O Tias Fofinhas fez o melhor show do Rock in Rio até aqui. Tudo graças a sua competência e seus hits da JB FM. E só não foi ainda melhor porque faltou "Woman in Chains". A banda ainda veio com uma versão de "Creep", do Radiohead, que pareceu uma canção de ninar na voz de Roland Orzabal. Foi lindo e emocionante. Merecia mais uns 40 minutos de show. 

Bon Jovi - Vocês lembram de Jon Bon Jovi? A voz mudou (para pior), mas os cabelos.... também mudaram, pois ele assumiu os fios brancos. O Bon Jovi tem muitos hits, fãs apaixonados, fãs que até hoje nutrem um tesão enorme por ele, mas não consegue me empolgar em show nenhum. Eu até dei uma segunda chance ao Bon Jovi, algo que vivo negando ao Red Hot Chilli Peppers desde o fatídico show de 2001, mas acho que eu enjoei da banda da mesma forma que enjoei de empadinha.

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