domingo, 22 de agosto de 2021

"Loki" apresenta novo supervilão da Marvel

Dois Lokis é um problema duplo
“WandaVision” foi o aquecimento. “Falcão e o Soldado Invernal” uma história paralela para criar um novo líder e herói. É em “Loki” que a Marvel deu o pontapé inicial na sua nova saga que virá após o desfecho da Saga do Infinito em “Vingadores: Ultinato” (2019).

Única das três séries lançadas até aqui confirmadas com uma segunda temporada, “Loki” teve altos e baixos no seus seis primeiros episódios. Como série, ficou aquém do esperado. Mas no fim revelou-se fundamental para o desenvolvimento da nova fase do Universo Cinematográfico da Marvel graças ao seu episódio final.

(ATENÇÃO QUE A PARTIR DE AGORA TEREMOS SPOILERS)

Foi no episódio final que o Deus da Trapaça se viu diante daquele que será o próximo supervilão da Marvel: Kang, o conquistador (Jonathan Majors).

Até de forma surpreendente, Kang aparece no episódio final da temporada como o grande arquiteto mantenedor da linha do tempo que então se acreditava ser comandado pelos Guardiões do Tempo e sua TVA.

Desmascarada a farsa e revelada que todos os funcionários da TVA são variantes, os dois Loki (Tom Hiddlestone e Sophie Di Martino) se veem num dilema esfíngico proposto por Kang após uma longa explicação dos seus atos: Aceitar a ausência de livre-arbítrio e comandar a TVA ou matá-lo ali imediatamente e fazer com quem as linhas temporais percam o controle com os atos de todas as suas variantes.

Fica a sensação de que Kang sabia o que estava fazendo e saberia qual seria o seu desfecho. Como se quisesse recomeçar toda a sua obra por puro sadismo de viver tudo aquilo de novo.

Assim, o último episódio de “Loki” mostra o pontapé inicial de algo que deve reverberar em todos os filmes e séries da Marvel daqui para frente. Com especial foco em “Doutor Estranho e o Multiverso da Loucura”, previsto para ser lançado em 2022. Ao implodir a única linha do tempo, gerando ramificações infinitas, os heróis devem enfrentar diversas consequências nos próximos anos a partir dos atos de Kang.

Embora toda esta parte seja empolgante, também é preciso falar sobre como “Loki” enquanto série deixou a desejar, após um primeiro episódio muito bom e um segundo bem legal, a série foi se perdendo em episódios fracos. O pior deles foi o que envolveu Loki e Sylvie num mundo próximo do apocalipse. Ali não havia absolutamente nada a se aproveitar e foi uma grande perda de tempo.

Claro que Tom Hoddlestone é carismático e Loki é um ótimo personagem. Sua relação com Mobius (Owen Wilson) rendeu alguns bons momentos no início. E Sylvie, a Lady Loki, foi um acréscimo positivo ao universo. Mas foi pouco para uma série que passou a impressão de ser mais uma escada para futuros acontecimentos da Marvel do que uma história que poderia ter sido mais bem construída em si.

Aliás, as três séries lançadas até aqui neste ano pela Marvel têm muito está cara. No fim, “WandaVision” foi a mais interessante das três. E foi a que pareceu ter uma história mais coesa com começo, meio, fim e uma ideia de para onde vai.

Mas no cômputo geral, a Marvel está devendo em suas séries. As três lançadas até aqui não são ruins, mas não estão no patamar de “Demolidor”, “Justiceiro” ou “Legion”.

Cotação: nota 7.



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