Darín ligando para você |
Deve
ter umas cinco pessoas no mundo que eu gostaria de ser. Eddie Vedder é uma
delas. Outro é Ricardo Darín. Que homem não gostaria de ser Ricardo Darín? Sete
em cada dez mulheres morrem de amores por ele (segundo estudo de pesquisadores
britânicos). E o argentino não é apenas um rostinho bonito na telinha do
cinema, mas também um ótimo ator que só faz filmes bons.
Quer
dizer. Mais ou menos. Darín atingiu um status de celebridade tão grande que até
os seus filmes ruins estreiam no Brasil. Sabe aqueles em que ele faz uma
pequena participação, quase um favor para o diretor, mas se vende por aqui como
um filme dele na maior picaretagem? Vocês sabem do que eu estou falando. Eu cai
no conto nada chinês de “Amorosa Soledad”, um filme ruim de doer em que o ator
faz uma participação tão insignificante que se você tirar um cochilo durante o
filme acaba perdendo a participação dele.
Mas
este não é o caso de seus dois filmes em cartaz no momento. "Relatos
Selvagens" é simplesmente espetacular e um dos melhores de 2014 (aguardem
o top 10 da corneta). E "O Sétimo" é também muito bom. Eu gostaria
muito de dizer com qual filme totalmente excelente a trama de “O Sétimo” se
parece, mas não posso para não estragar a história para vocês.
O
curioso é que “O Sétimo” não tem nada de original para quem já viu dezenas de
filmes sobre tema semelhante. É um trabalho do gênero "Quem matou Odete Roitman?".
Só que ao invés do assassino temos que descobrir quem sequestrou duas crianças
em um prédio de Buenos Aires.
Tudo
começa quando Sebastián (Ricardo Darín), pai de Luna (Charo Dolz Doval) e Luca
(Abel Dolz Doval), faz o que deve ser feito para que um filme desses dê certo.
Desobedece uma ordem. No caso a da mãe das crianças, Délia (Belén Rueda), de
não deixá-las correr pelas escadas do prédio. Pronto, Sebastián obviamente
deixa os meninos fazerem o que quiserem e quando chega no térreo as crianças
desapareceram.
Sebastián
fica desesperado e começa a procurar pelo prédio inteiro. Nessa busca somos
apresentados a uma gama de suspeitos. O policial supostamente corrupto, o cara
estranho com jeito de pedófilo, o porteiro manco, o cara que odeia crianças, a
mulher obsessiva pelos filhos alheios, todos, todos suspeitos e não há um
Sherlock Holmes para cuidar do caso. Benedict Cumberbatch resolveria
rapidamente este caso.
Até
a polícia é suspeita, pois Sebastián é um advogado sem escrúpulos e lida
frequentemente com policiais corruptos para obter vantagens. Deve ser difícil
viver numa cidade com tanta corrupção como Buenos Aires.
Para
piorar, o crime acontece no dia em que este pai desesperado tem um caso
milionário e importante para resolver no tribunal. Realmente Sebastián vive um
inferno astral.
Então
passamos o filme inteiro pensando primeiro o que aconteceu com os chicos,
depois sobre quem teria sequestrado eles. E o desfecho, ah o desfecho! Eu
confesso que jamais imaginaria que aconteceria o que aconteceu. É só o que
posso dizer.
“O
Sétimo” é mais um bom filme estrelado por Darín a chegar por aqui. E para
comprovar que o ator de “Nove Rainhas” (2000) só tem acertado, aqui vai a minha
lista-dica só com filmes recentes dele para vocês se divertirem nas festas de
fim de ano.
-
“Relatos Selvagens” (2014)
-
“Tese sobre um homicídio” (2013)
-
“O que os homens falam” (2012)
-
“Elefante Branco” (2012)
-
“Um conto chinês” (2011)
-
“A dançarina e o ladrão” (2009)
-
“O segredo dos seus olhos” (2009)
Sobre “O Sétimo”,
diria que é um filme que mantém Ricardo Darín em alta conta com a corneta, que
sai do cinema satisfeita. Darei um 7,5 para combinar um pouco com o andar onde
a família da história mora.
Nenhum comentário:
Postar um comentário