sábado, 31 de maio de 2025

Os filmes e as séries de maio

O esquema fenício (The Phoenician Scheme — EUA — ALE) — É maravilhoso viver no mundo de Wes Anderson. Em seus filmes, a vida é um grande oceano de absurdos pelo qual navegamos no barco da sua magia estética. Num filme recheado de estrelas, foi a Mia Threapleton quem mais brilhou. É maravilhosa a sua freira Liesl que vai se desencaminhando ao longo do filme é sobre a influência do pai, um magnata sem escrúpulos vivido por Benício del Toro.

Oeste outra vez (Oeste outra vez — BRA — 2024) — Filmaço. Um faroeste brasileiro melancólico calcado na solidão e no sentimento de vazio do homem do interior do Brasil.

O Senhor dos Mortos (The Shrouds — FRA, CAN — 2024) — David Cronenberg já fazia “Black Mirror” antes de existir “Black Mirror”. Neste filme de certa forma autobiográfico, Vincent Cassel vive seu alter-ego em um filme que reflete sobre a influência da tecnologia, o fato desta mesma tecnologia nos transformar em seres com um olhar voyeuristico e quase pervertido e nos usos politicos da evolução tecnológico.

Becoming Led Zeppelin (Becoming Led Zeppelin — ING, EUA — 2025) — O grande trunfo do documentário é colocar os três integrantes vivos da banda contando a sua história. O lado negativo é o fato de a história permanecer no controle do trio Robert Plant, Jimmy Page e John Paul Jones, sem mais vozes para enriquecer a história,

Missão: Impssível — O Acerto Final (Mission: Impossible — The Final Reckoning — ING, EUA — 2025) — A luta de Tom Cruise contra a inteligência artificial foi uma boa despedida do ator de Ethan Hunt e da série “Missão: Impossível”. Pode não ser o melhor filme, mas tem cenas de tirar o fôlego, e Cruise dando o seu melhor para nos entreter. O esforço do roteiro em conectar todos os filmes foi o ponto fraco e desnecessário.

Thunderbolts* (Thunderbolts* — EUA — 2025) — Gosto de como o filme é um pouco uma mistura de “Esquadrão Suicida” com “Guardiões da Galáxia”. Personagens meio desconhecidos, quebrados que precisam se unir por um bem comum e tentar resolver os seus problemas internos. Mas a sessão de terapia no final do filme me perdeu demais. Eu só queria que acabasse. Ainda assim é boa Florence Pugh e dá dignidade e alguma profundidado e um roteiro que por vezes é bem qualquer coisa.

The Pitt (The Pitt — EUA — 2025-, HBO Max) — Eu nunca gostei de séries médicas, mas resolvi dar uma chance a está só porque era da Mãe HBO. E que série absolutamente espetacular. Ela também me fez pensar que eu preciso me esforçar e me cuidar muito para nunca parar numa emergência porque é grande o potencial de dar uma merda neste mundo aleatório e de tentativa e erro das emergências de hospital.

The Last of Us (The Last of Us — EUA — 2023-, HBO) — Tudo bem que a série caiu de uma nota 10 na primeira temporada para uma nota 7,5 na segunda, mas ainda assim estamos aqui pela jornada. Tem alguns episódios maravilhosos, como o 2 e o 6, mas também foi uma temporada com mais carinha de videogame do que de série. E o final foi simplesmente covarde.

Black Mirror (Black Mirror — EUA, ING — 2011-, Netflix) — Eu já aceitei que “Black Mirror” nunca mais viverá na Netflix o apogeu que mostrou no Channel 4. A série mudou, o dono mudou, o Charlie Brooker mudou. Só que ainda assim, é possível pescar pérolas de revirar o cabeção. E nesta temporada, eu gostei muito de dois episódios, “Common People” e “Eulogy” e gostei também de “USS Callister — into infinity”. São episódios que renovam minha fé em “Black Mirror”, meu temor pelo presente e meu horror pelo futuro.

Handmaid’s Tale (Handmaid’s Tale — EUA — 2017–2025 — Hulu) — Se você foi uma das 17 pessoas que não largaram a mão da June até o último segundo da sexta e última temporada, você está pronto para casar. Vivemos está série na saúde e na doença, na tristeza e na alegria, na riqueza e na pobreza e chegamos (satisfeitos?) até o fim. Com o passar das temporadas, tive a sensação que a série foi virando mais uma visão da Elisabeth Moss sobre o mundo criado por Margaret Atwood do que uma obra baseada nos livros da escritora. Moss dirige quatro dos dez episódios da season final. Entre eles, o primeiro e os dois últimos. A série podia ter acabado antes, mas de qualquer forma termina num bom ponto, mostrando que nada será o mesmo depois de um trauma destes que foi a existência de Gillead. Azar dos estadunidenses, que escolheram ser a Gillead da vida real.

Nenhum comentário: