sexta-feira, 29 de dezembro de 2023

As melhores séries e minisséries de 2023

O ano está quase acabando e chegou a hora da divulgação dos vencedores da quarta edição do prêmio Golden Cornetemmy Globe de melhores e piores séries de 2023. Foi mais um ano de excelentes produções, o que faz com que o meu trabalho não remunerado de escolher o top-15 fosse ainda mais difícil. Porém, não enrolarei mais os meus 17 leitores. Aqui estão as 15 melhores séries e minisséries de 2023:

1- “Succession” (Succession — EUA — HBO) — A temporada final da saga da família Roy definitivamente colocou “Succession” na minha lista particular de melhores séries de todos os tempos. Sentirei falta destes personagens maravilhosamente deploráveis, egoístas, sem ética, moral ou qualquer senso de humanidade. A quarta temporada valeu em cada segundo.

2- “The Last of Us” (The Last of Us — CAN, EUA — HBO) — Mais uma série com o padrão HBO de qualidade e que quebrou um tabu. Finalmente temos uma adaptação de um game verdadeiramente incrível. A primeira temporada foi uma das grandes séries do ano.

3- “Poker Face” (Poker Face — EUA — Peacock) — Imagina uma série em que a sua protagonista detecta todo tipo de mentira e viaja pelos Estados Unidos resolvendo assassinatos enquanto ela mesma precisa fugir de um bandido que a quer ver morta. “Poker Face” foi a minha descoberta particular no oceano de séries espalhadas pelo planeta. A personagem da Natasha Lyonne talvez seja a minha favorita do ano.

4- “Cangaço Novo” (Cangaço Novo — BRA — Prime Video) — Esta série brasileira foi outra grata surpresa de 2023. Conta a história de uns assaltantes de banco, cangaceiros modernos em meio a disputas políticas de uma cidade do interior do Ceará. Excelente série com o selo #CríticaSocialFoda em que espero que tenha uma nova temporada porque precisamos de mais histórias da maravilhosa Dinorah Vaqueiro.

5- “O Urso” (The Bear — EUA — FX) — A segunda temporada desta série conseguiu superar a ótima primeira temporada. Aqui continuamos seguindo a saga de Carmen (Jeremy Allen White) para abrir um novo restaurante enquanto todos os personagens lidam com o luto pela morte do irmão de Carmen, Michael (John Bernthal). O sexto episódio é uma obra-prima.

6- “A Diplomata” (The Diplomat — ING, EUA — Netflix) — Taí uma série que eu comecei a ver por acaso através de uma indicação de um podcast que escutava e foi se revelando ótima ao longo dos episódios. Tão boa a ponto de conquistar um lugar no top-15 de 2023.

7- “A queda da casa de Usher” (The Fall of the House of Usher — EUA — Netflix) — Essa mistura de “Succession” com “Dope Sick” à moda Mike Flanagan deu muito certo. De todas as séries de Flanagan, acho que só coloco a Casa de Usher ligeiramente, e bem ligeiramente, abaixo de “A maldição da Residência Hill”.

8- “Maravilhosa Senhora Maisel” (The Marvelous Mrs. Maisel — EUA — Prime Vídeo) — Este também foi o ano de se despedir de Midge Maisel e toda a sua família. A quinta temporada foi uma bela despedida e ainda teve um episódio final muito bonito. Anseio pelos próximos projetos de Rachel Brosnahan, nossa futura Lois Lane.

9- “Mães da Máfia” (The Good Mothers — ITA, ING — Hulu) — Muito boa série sobre a história de mulheres que vivem sob o jugo e o medo da máfia italiana e precisam lidar com a eterna dualidade entre fugir e entrar para o programa de proteção à testemunha e ficar perto dos filhos e da família.

10- “Espião/Mestre” (Spy/Master — ROM — HBO) — Esta foi mais uma grata surpresa de 2023. Série de espionagem que se passa na Romênia durante a ditadura de Nicolae Ceaucescu. Tensa toda vida como uma boa série de espionagem deve ser.

11- “Falando a Real” (Shrinking — EUA — Apple TV) — Esta série roubou de “Ted Lasso” a cota good vibe do top-15. Se a série estrelada por Jason Sudeikis não teve lá uma grande temporada final, “Falando a Real” mostrou muita qualidade em sua primeira temporada, com um elenco muito bom e uma temática interessante sobre um terapeuta que está lidando com o luto pela morte da esposa e ao mesmo tempo está experimentando tratamentos alternativos para seus pacientes. A cereja no bolo é Harrison Ford, que quando quer, manda muito bem.

12- “Ahsoka” (Ahsoka — EUA — Disney Plus) — O que dizer sobre “Ahsoka” a não ser que é das melhores coisas feitas no universo de Star Wars nos últimos anos? Obviamente não tem o mesmo nível de excelência de “Andor”, mas esta primeira e, por enquanto, única temporada da série foi bem satisfatória. E fica aqui a nossa homenagem ao grande ator Ray Stevenson, que faleceu antes da série ir ao ar. Adorei o seu Baylan Skoll.

13- “Na mira do júri” (Jury Duty — EUA — Freevee) — Gosto de séries, mas não gosto e não vejo reality shows. Portanto, eu demorei muito a resolver a equação na minha cabeça se eu deveria ver “Na mira do júri”, que é uma série que parece um reality show. A criatividade dela e, até certo ponto, originalidade de sua premissa acabaram por prevalecer na hora de conferir esta série sobre um falso julgamento em que todos são atores com exceção de um indivíduo, que acha que tudo é real. O trabalho de improvisação dos atores foi realmente incrível e talvez seja o melhor trabalho da carreira de James Marsden.

14- “Servant” (Servant — EUA — Apple TV) — No ano passado, a terceira temporada de “Servant” já aparecia no meu top-15 e agora é a vez da quarta temporada aparecer aqui, comprovando que a série continua com muita qualidade.

15- “Loki” (Loki — EUA — Disney Plus) — Entre roteiros ruins, crise de relacionamento com empresas de efeitos visuais e atores com problemas na justiça, a Marvel respira por aparelhos, assim como o cinema de super-heróis parece dar sinais naturais de desgaste, mas “Loki” pode ser considerado um ponto positivo fora da curva descendente do estúdio. A segunda temporada foi muito boa e deu um bonito desfecho ao personagem vivido por Tom Hiddlestone, dando a Loki um dos melhores arcos de personagem no Universo Marvel, junto com o Capitão América e o Homem de Ferro.

Menções honrosas de 2023: “Treta” (Netflix), “Gen V” (Prime Video), “Lucky Hank” (AMC), “Slow Horses” (Apple TV) e “Rabo de Peixe” (Netflix).

E agora vamos ao prêmio “La casa de papel” de piores séries de 2023:

1- “The Idol” (The Idol — EUA — HBO) — Sam Levinson nos fez um favor com “The Idol”. Comprovou que até a HBO é capaz de apostar em porcarias incrivelmente ruins. O que dizer desta série? Eu tenho pena da Lily-Rose Depp, que defende o seu personagem como pode, mas todo o resto é uma das coisas mais pavorosas já feitas. Tanto que a série teve um episódio cortado e acabou antes do tempo. Infelizmente, isto não passou de uma viagem da dupla Levinson/The Weekend revelando todos os seus fetiches. Algo que não queríamos saber. E o final é de uma vergonha alheia atroz.

2- “Olhar Indiscreto” (Olhar Indiscreto — BRA — Netflix) — Não gosto de falar mal de produção brasileira porque é muito fácil bater em quem não tem uma cachoeira de dinheiro de um estúdio de Hollywood para trabalhar, mas esta série fica difícil de defender. Um soft porn de qualidade duvidosa com uma história ruim e interpretações um tanto quanto sofríveis. E acabei de perceber que o topo da lista deste ano ficou com duas séries regadas a sexo, mas eu prometo a vocês que eu não sou conservador.

3- “Gotham Knights” (Gotham Knights — EUA — CW) — A série tinha uma premissa interessante. Se situava numa Gotham em que o Batman morreu assassinado e um grupo de jovens se levanta para defender a cidade enquanto tenta provar a sua inocência no crime que matou Bruce Wayne. Mas tudo ficou só na premissa interessante, visto que “Gotham Knights” é um pesadelo de ruindade. Tanto que foi cancelada com apenas uma temporada.

4- “A lenda do tesouro perdido: No limiar da história” (EUA — Disney Plus) — Derivada do filme de mesmo nome estrelado pelo Nicolas Cage e que nem era assim uma obra-prima, esta série consegue tornar algo tão legal como o gênero de caçada de tesouro ser algo insuportável. Coitada da Catherine Zeta-Jones que se meteu nesta roubada. E pelo visto eu não fui o único que achei a série uma roubada, visto que ela foi cancelada com apenas uma temporada.

5- “Fubar” (Fubar — EUA — Netflix) — Sorry Schwarzenegger, mas foi muito difícil aturar e conseguir terminar “Fubar”. A história é bem fraquinha, algumas cenas são constrangedoras. Não deu para salvar do top-5 do horror, embora a última vaga tenha sido muito disputada com outras sete séries decepcionantes.

Por hoje é só. Amanhã voltamos com os melhores filmes de 2023.

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