quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

As melhores e as piores séries de 2020

Bob Odenkirk como Saul Goodman 
 No ano de 2020, a única coisa que avançou foi o contador de episódios de série. Foram mais de 1.100 ao longo dos meses de pandemia. Sendo assim, e dada a ROBUSTEZ de series vistas por este que vos tecla, o mega conglomerado Corneta Inc. resolveu lançar a primeira edição do Golden Cornetemmy Globe de melhores series e minisséries do ano.

 
Ao contrário, do Corneta Ballon D´Or Awards, tradicional prêmio da indústria cinematográfica com os 30 melhores filmes do ano e cujo resultado será divulgado amanhã, o Golden Cornetemmy Globe premiará as 15 melhores séries e minisséries que tenham começado e encerrado entre o primeiro e o último dia do ano corrente.
 
Mas não enrolemos mais. Vamos ao top-15 de 2020:
 
1-      “Better Call Saul” – A quinta temporada da série é a grande vencedora deste ano e que colocamos aqui apenas para repetir que “Better Call Saul” é melhor que “Breaking Bad”.
2-      “Dark” -  A terceira e última temporada desta série alemã que explodiu cabeças e foi brilhante do início ao fim.
3-      “Lovecraft Country” – A primeira temporada da série criada por Misha Green que, mostra que, parafraseando Sartre, os monstros são os outros. 
4-      “Normal People” – Uma linda jornada de Marianne e Connell que só durou 12 episódios basicamente porque eles não sabiam se comunicar.
5-      “I know this much is true” – Quanto sofrimento, Mark Ruffalo? Quer um abraço? A vida é mais fácil quando se é o Hulk.
6- “A amiga genial” – A segunda temporada só manteve lá no alto a qualidade desta série italiana baseada nos livros de Elena Ferrante.
7-      “The Mandalorian” – Como não amar o Baby Yoda? Como não amar uma segunda temporada tão maravilhosa? Como não amar aquele final? Obrigado, Jon Favreau, Dave Filoni e todos os demais envolvidos.
8-   “We are who we are” – Oito horas lindas de “Me chame pelo seu nome”, agora com adolescentes, concebidas pelo diretor Luca Guadagnino. E ainda tem imagens da Itália, o que eleva a qualidade de qualquer produção.
9- “Gangs of London” – Grande série em que todo mundo vale menos do que uma moeda de três libras. E ainda tem excelentes e bem cruas cenas briga.
10- “Defending Jacob” – O Capitão América se meteu numa cilada aqui, mas será que o menino é mesmo o assassino?
11- “The Last Dance” – Era para ser um doc sobre o Chicago Bulls, mas acabou sendo um desnude de Michael Jordan, mostrando a sua verdadeira face. 
12-  “The Crown” – Praticamente o “Gangs of London” que toma chá e pratica polo. A quarta temporada manteve o bom nível da série e acabou com todo o capital positivo que o príncipe Charles havia conquistado na terceira temporada. Saiu quase tão vilão quanto a Tatcher, até porque é impossível ser mais vilão do que a Tatcher.
13-  “Homecoming” – A segunda temporada estrelada pela Janelle Monáe focou em outro aspecto do universo e conseguiu ser ainda mais interessante do que a primeira.
14-  “Califado” – Série sueca muito interessante que retrata como organizações terroristas aliciam jovens, especialmente imigrantes, da Suécia para lutarem por suas bandeiras e praticarem atos terroristas.
15-  “Mrs. America” – Cate Blanchett é tão boa no que faz que conseguiu me convencer a odiar ela nesta série sobre a ativista conservadora Phyllis Schlafly e que também fala sobre a luta de mulheres por direitos iguais nos Estados Unidos dos anos 70 do século passado. 
 
E agora vamos ao prêmio Cachorro-quente com Purê de piores series e minisséries de 2020:
 
1-      “13 reasons why” – Eu teria mais do que 13 razões para defender que esta série nunca deveria ter passado da primeira temporada. Mas eles insistiram e foram até a QUARTA, superando todos os limites possíveis de ruindade.
2-      “Cursed: a lenda do lago” – Olha, a intenção era boa. Eu tenho todo respeito pelo Frank Miller, mas…. é tão ruim que conseguiu roubar o segundo lugar de uma certa série espanhola.
3-      “La Casa de Papel” – Eu tenho também inúmeros motivos para dizer que esta série nunca devia ter passado da primeira temporada. Tudo nela é péssimo, tudo é ruim, tudo é pavoroso. E criou um trauma. Eu não vejo mais produções espanholas que não tenham o selo do Almodóvar.
4-      “The Rain” – Esta série dinamarquesa sobre um mundo pós-apocalíptico em que a humanidade foi sendo dizimada por um virus (qualquer semelhança é mera coincidência) nunca foi grande coisa, mas a terceira e última temporada superou as expectativas. Ainda bem que acabou. Não aguentava mais o chorôrô de Rasmus e Simone.
5-      “Drácula” – Eram só três episódios. Tinha tudo para dar certo. O primeiro foi bom, o segundo foi ok, até que veio o terceiro. E a gente começa a ver o Drácula usando Tinder para beber sangue. E fazemos a grande pergunta: Quem aprovou este roteiro? Quem aprovou o bordão maroto/cafajeste: “Eu não bebo… (pausa dramática)… vinho”? Por que ele precisava ser repetida o todo tempo? Esta série enterrou o Drácula por mais alguns anos. Vão ter que fazer o reboot com retcon lá para 2025.
 
Então é isso. Amanhã eu volto com os 30 melhores filmes do ano. 

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