quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Best Of 2015 - Música

Eddie Vedder no Maracanã/Site do PJ
Fim de ano e é chegada a hora de fazer a tradicional lista dos melhores e dos piores nas diversas categorias de música e cinema aqui em Memórias da Alcova. Hoje elegerei os cinco melhores shows do ano e a bomba atômica de 2015.

Foi um ano de recordes. Graças a dois festivais acompanhados in loco e a uma sequência matadora de espetáculos, presenciei um total de 45 shows. Por isso, foi ainda mais difícil encontrar o top-5. Isso fez com que grandes apresentações ficassem de fora da lista. Casos do Rival Sons, que brilhou no Monsters of Rock junto com o Ozzy Osbourne, e de destaques do Rock in Rio como Queen + Adam Lambert, Metallica, Mastodon e Queens of the Stone Age.

Mas a regra é clara. Só cabem cinco shows e estes foram os melhores de 2015.

5º lugar – Caetano Veloso e Gilberto Gil – Junte dois banquinhos, dois violões, um cenário simples e duas lendas da música brasileira. Esta é a receita do sucesso da turnê “Dois amigos,um século de música” que a dupla de septuagenários levou para o Circo Voador no dia 5 de dezembro. Os cariocas vibraram com o show na Lapa e um repertório que cobriu toda a carreira dos mestres do Tropicalismo. Fica como o grande show nacional de 2015. Um ano que teve ainda como menção honrosa o Raimundos, que abriu para o Foo Fighters em janeiro.

O Royal Blood, boa surpresa do RIR
4º lugar – Royal Blood – A banda de Brighton, na Inglaterra, se apresentou no segundo dia do Rock in Rio, em setembro, e foi uma das gratas surpresas do festival em um dia em que o Metallica era a atração principal. A dupla formada pelo baixista e vocalista Mike Kerr e pelo baterista Ben Tatcher tem apenas um disco lançado, não trabalha com guitarras e mesmo assim fez um show FEROZ. Kerr e seu baixo envenenado ganharam o respeito da galera e ganharam deste blogueiro o troféu “Não conhecia e amei”. Menções honrosas nesta categoria para o Mastodon, o Halestorm e o Rival Sons, que também brilharam no Rock in Rio (os dois primeiros) e no Monsters of Rock, respectivamente.

3º lugar – Robert Plant – A eterna voz do Led Zeppelin veio ao Brasil em abril para a turnê do seu novo álbum, “Lullabyand... The ceaseless roar”, lançado no ano passado. Plant mostrou estar mais à vontade na nova fase da carreira, mas sem negar o legado de sua banda original. Alternou novas canções, com músicas do Led e, aliado a uma excelente banda, fez um show inesquecível no Citibank Hall (que depois voltaria a se chamar Metropolitan. Deus, como esse lugar muda de nome).

O System of a Down fez um show hipnótico
2º lugar – System of a Down – A banda dos americanos/armênios já tinha feito um excelente show em 2011, quando foram incluídos no Best Of daquele ano também na segunda posição. Quatro anos depois, eles voltaram ao Rock in Rio para fazerem simplesmente o MELHOR show do festival. Não teve para ninguém, foi o show mais insano, mais intenso, mais hipnotizante. E, por isso, novamente Serj Tankian e sua banda figuram em um top-5 de Memórias da Alcova.

O melhor do ano – Pearl Jam – Já podemos dizer que configura uma rivalidade. Mais uma vez quem desbancou o System of a Down foi a banda de Seattle que lotou o Maracanã em novembro para mais uma vez fazer um show incrível no Rio de Janeiro. Quem viu em 2005 e viu em 2011 não se arrependeu de voltar em 2015 para ver um Pearl Jam brilhar no estádio no show da turnê do novo disco “Lightning Bolt”, lançado em 2013. De “Oceans”, música que abriu os trabalhos, até “Yellow Ledbetter” foi uma apresentação impecável, fazendo com que a banda americana ganhasse merecidamente o troféu de melhor show de 2015.

O pior show do ano – Nem tudo são flores na vida deste blogueiro. Do mesmo jeito que eu vi grandes concertos, também fui obrigado a aturar algumas bombas. No Rock in Rio tivemos várias. Só em um único dia, teve One Republic e The Script, bandas que não deixaram saudades. Em outro, o Mötley Crüe espalhou tanta farofa no palco que mais parecia um despacho do que um show. Mas é do Monsters of Rock que vem a grande furada de 2015. O Black Veil Brides parecia um Mötley Crüe piorado, foi vaiado e seu vocalista ainda foi irônico com a plateia, visto que vinha sendo alvo de ataques. O show foi ruim, houve animosidade de ambas as partes, enfim, não funcionou. Assim, o troféu abacaxi de 2015 vai para o Black Veil Brides.

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