segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Best Of 2012 - Música

Roger Waters e seu muro/Divulgação
Fim de ano. Enquanto você ai contabiliza rabanadas degustadas, Memórias da Alcova pensa na retrospectiva de 2012, o já consagrado “Best Of”. Dividi tudo em dois posts sobre os meus assuntos prediletos aqui no blog.

Neste aqui, abordo os melhores shows do ano e o pior, a grande bomba de 2012. Foram 16 concertos, bem menos do que em 2011, ano de Rock in Rio (e ano que vem tem mais!), mas ainda assim teve muita coisa boa. E algumas tragédias.

Foi um ano de alguns bons shows que ficaram fora da minha lista final como o de Morrissey, em março, na Fundição Progresso. O cantor inglês quase entrou na minha lista, mas foi suplantado por outro colega da terra da rainha. Fica com um honroso sexto lugar. Robert Plant também fez um show muito interessante em outubro enquanto um mês antes Alanis Morissette apresentou o seu novo show do disco “Havoc and bright light”.

Mas os dois também ficaram fora da lista final. E sem mais delongas, vamos a ela. Aí vão os cinco melhores shows de 2012 em ordem decrescente.

5º lugar – Noel Gallagher’s High Flying Birds – Uma das cabeças pensantes do extinto Oasis, o irmão mais velho de Liam veio aqui em maio, seis meses depois de Liam e seu Beady Eye, e mostrou que o seu High Flying Birds tem mais a dar do que a banda do irmão. Um disco melhor, um show melhor e que empolgou a galera com algumas canções do Oasis, algo que Liam não quis fazer. Deixou o Rio com a sensação de dever cumprido.

Os Titãs no Circo Voador/Marcelo Alves
4º lugar – Titãs – No mesmo mês de maio, Os Titãs foram até o Circo Voador para uma sessão nostalgia. O show dos 25 anos do lançamento do disco “Cabeça Dinossauro”, um dos mais clássicos da banda, foi o melhor concerto nacional de 2012. No mesmo dia foi gravado um DVD que será lançado pela banda. Na Lapa, os Titãs tocaram o disco na íntegra, mas não deixaram de fora vários sucessos da banda que vinha das comemorações de 30 anos de estrada. Agora já são 31 de carreira e 26 do “Cabeça Dinossauro”.

3º lugar – Kiss – Esqueça o show de três anos atrás, quando a banda veio ao Brasil na celebração dos seus 35 anos e foi prejudicada pelo temporal que caiu na praça da Apoteose. O Kiss voltou ao Rio pra o lançamento do disco “Monster” e agora num lugar fechado, o HSBC Arena, mostrou todo o seu arsenal que vai além de bons rocks como “Detroit Rock City” e “Rock and Roll all nite”. O show de novembro foi muito melhor do que o de 2009 e contou com toda parafernália cênica conhecida, do sangue cenográfico de Gene Simmons, à guitarra que atira de Tommy Thayer e todas as presepadas que adoramos ver o Paul Stanley fazer. Showzaço de primeira.

Joss em um dos melhores shows do ano/Divulgação
2º lugar – Joss Stone – Sim, a cantora americana merece muito o vice-campeonato de 2012. Ela esteve no Brasil também em novembro e cantou três dias antes do Kiss no Citibank Hall. E o que vimos? Uma linda Joss Stone (ela é sempre linda) em excelente forma e lançando o seu novo disco, o “Soul sessions, volume 2”, com uma ótima banda. O show foi especial não apenas pelas boas músicas do presente e do passado, mas também pela emoção e alma com que Joss se entregou no palco a ponto de se emocionar e não conseguir cantar o trecho final de “Right to be wrong”, que fechou o show. Emocionada, ela chorou e ao invés de cantar “so, just leave me alone”, trocou a letra por “so, don’t you ever leave me alone” para emoção dos fãs, que a aplaudiram. Música também é emoção e Joss Stone conquistou a todos com tanta alma e seus pés descalços no palco.

O melhor do ano – Roger Waters – Muitos se esforçaram, alguns foram excelentes, mas ninguém fez um show melhor neste ano do que Roger Waters. Cinco anos depois da turnê do “Darkside of the moon”, o cantor de 69 anos trouxe ao Engenhão um show ainda mais espetacular. A recriação do disco “The Wall” (1979). A ópera-rock idealizada por Waters poderia ser descrita com os mais diferentes adjetivos possíveis. Todos no superlativo, todos descrevendo o show como incrível, fenomenal, espetacular e o que mais você puder imaginar. Tudo é impressionante. Se a música, o disco “The Wall” é reconhecidamente excelente, o show talvez potencialize isso em níveis estratosféricos com todo o seu apuro visual e requinte auditivo. O muro que é construído durante o concerto e depois destruído impressiona. A música é impecável. Tudo é espetacular. Não tinha como Waters não ter sido eleito o melhor de 2012. É um show para ficar eternamente na memória de quem esteve presente.

O pior show do ano – Kristeen Young, a desconhecida cantora do Missouri que abriu para o Morrissey maltratou os nossos ouvidos até a entrada dele no palco, mas vou escolher como pior de 2012 o Viper. A banda paulista abriu para o Kiss em novembro e após o show virei para um colega e perguntei: “Está com problema no show ou o André Matos está com a voz falhando em algumas ocasiões?”. Ele foi taxativo diante da minha sentença. “Ele não está conseguindo cantar”. O Viper estava com a melhor das intenções, fez um barulho que agitou a galera em alguns momentos, mas de onde eu estava só ouvia problemas. Assim, só me resta colocá-los como o pior show que vi em 2012.

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