segunda-feira, 19 de julho de 2010

Um time de primeira

Quando vi “Cruzada” (2005), lembro de ter comentado com um amigo que o filme acabou na primeira meia hora quando um grupo então liderado pelo personagem vivido pelo ator Liam Neeson era simplesmente dizimado. Fiquei com a sensação de que a morte deles estragou o filme protagonizado por Orlando Bloom. E “Cruzada” era realmente bem meia-boca.

Cinco anos depois, entro no cinema para novamente ver Liam Neeson, dessa vez no papel do Coronel John Hannibal Smith, comandando mais uma equipe que promete boas batalhas em duas horas de “Esquadrão Classe A”. E que decisão acertada tem sido a do ator de 58 anos em protagonizar filmes de ação e aventura. Eles são sempre excelentes como “Batman Begins” (2005) ou pelo rendem uma boa diversão, caso de “Busca Implacável” (2008).

Tenho poucas lembranças da série de TV dos anos 80 do século passado que originou o filme dirigido por Joe Carnahan, o mesmo do excelente “Narc” (2002). Lembro que era criança quando isso passava uma vez por semana num horário da TV Globo muito mais bem aproveitado do que hoje, quando passa uma “novelinha jovem”.

Por ser algo bem distante para mim, acompanhar a saga de Hannibal, dos figuraças Templeton “Cara de Pau” Peck (Bradley Cooper), Bosco B. A. Baracus (Quinton “Rampage” Jackson) e do completamente insano Murdock (Sharlto Copley), mercenários que fazem o trabalho sujo dos Estados Unidos quando são chamados, é quase inédito para mim. E esse quarteto toca o terror em cenários que vão desde o deserto no Iraque a Alemanha sempre com ideias mirabolantes e supostamente impossíveis de realizar. Lembro que a série tinha algo semelhante também.

Cada membro desse quarteto tem o seu estilo. Hannibal é o líder cerebral sempre com um plano na cabeça e “subplanos” dentro dos planos para o caso de algo dar errado ou tomar rumos diferentes. Cara de Pau, como o próprio apelido diz é o canalha sedutor do grupo. Sempre disposto a arriscar uma missão por uma bela mulher e o que mais dá a cara a tapa nas missões. Baracus é o brutamontes, pura força bruta, cujo ponto fraco é o medo de voar, o que o coloca sempre em conflito com Murdock, o piloto enlouquecido que faz manobras de revirar o estômago dos mais experientes aeronautas.

Esses quatro já valem uma conferida em “Esquadrão Classe A”, que conta anda com Patrick Wilson como um agente da CIA que conduz a história manipulando-a como, bem, um agente da CIA, ora.

“Esquadrão Classe A” é um blockbuster, mas não é um filme para topeiras ao estilo Rambo (tá, eu gosto de Rambo, mas o filme é ruim). É divertido, tem tiradas bem humoradas e os atores estão bem em cena.

A história, porém, poderia ser melhor explicada. Tem alguns momentos que você se perde nas reviravoltas entre uma explosão aqui e um tiroteio ali. Fica a sensação de que o roteiro de Carnahan e Brian Bloom poderia ser mais bem trabalhado. Mas nada que prejudique seus 120 minutos de pura diversão ou nostalgia para os que pretendem se reencontrar com a série.

2 comentários:

Lion disse...

ainda não vi esse... hora de acionar o 'Pérola Negra'

marcelo alves disse...

É divertido. Vale a pena. Mas o que seria o Pérola Negra?
abs,
marcelo