terça-feira, 30 de abril de 2024

Filmes, séries e música: destaques e decepções de abril

Destaques:

Rivais (Challengers — EUA — 2024) — Um dos melhores trabalhos de Luca Guadagnino. Um filmaço cheio de camadas, subtextos, tesão, gente tóxica e com uma Zendaya monstruosa na tela.

Fúria Primitiva (Monkey Man — EUA, CAN, SIN, IND — 2024) — Primeiro trabalho de Dev Patel como diretor, este é um filme clássico sobre vingança. É uma espécie de John Wick indiano com ótimas cenas de luta e muitos absurdos. Patel também está ótimo como o protagonista.

O homem dos sonhos (Dream Scenario — EUA — 2023) — Escrito e dirigido por Kristffer Borgli, este é mais um acerto do que eu chamo de fase de recuperação do Nicolas Cage. Ainda que Cage ainda esteja alternando altos e baixos, bons filmes com produções de gosto duvidoso, esta comédia com pitadas de terror é onde se vê um Cage com traços dos seus melhores momentos na carreira.

No interior do casulo amarelo (Bên trong vo kén vàng — VTN, SING, FRA, ESP — 2023) — Até pela sua forma cadenciada, o filme de Thien An Pham não é dos mais fáceis de digerir, mas é bem interessante. Sobre um homem que retorna a sua cidade natal e é assombrado pelos desejos do passado.

Xógum: A gloriosa saga do Japão (EUA, FX — 2024) — Toda a trama política envolvendo a disputa pelo poder no Japão é o que a série tem de melhor. Nâo gosto muito do trabalho do Cosmo Jarvis, o que atrapalha um pouco a série, mas Anna Sawai, Hiroyuki Sanada e a história me prendem até o fim e desejando uma segunda temporada.

Magnatas do Crime (The Gentleman — ING, EUA — 2024 — Netflix) — Spin-off do filme de mesmo nome de 2019, esta série é cheio das presepadas do Guy Ritchie, mas como foi divertido ver todas elas. No fim, acabou sendo uma boa surpresa.

Pearl Jam — “Dark Matter” — É um disco que a cada vez que eu ouço vem crescendo no meu conceito. Muito melhor do que o fraquíssimo trabalho anterior, “Gigaton” (2020), é um álbum que lembra um pouco a fase compreendida entre os álbuns “Yield” (1998), “Binaural” (2000) e “Riot Act” (2002). Os destaques são as guitarras de Mike McCready e Stone Gossard.

Decepções:

Guerra Civil (Civil War — EUA, ING — 2024) — É uma pena que Alex Garland tenha preferido contar uma história desinteressante e óbvia sobre quatro jornalistas quando o mais interessante estava em toda a trama de política e caos por trás daquela jornada. Pelo menos Wagner Moura e Kirsten Dunst valem o ingresso.

A grande entrevista (Scoop — ING — 2024) — O filme de Philip Martin parece um episódio ruim de “The Crown” com lições piegas sobre a importância do jornalismo na sociedade. Espero que “A very royal scandal”, série que está sendo produzida pela Emily Maitlis sobre a mesma entrevista do príncipe Andrew, seja melhor.

O Regime (The Regime — ING, EUA — HBO — 2024) — Sim, Kate Winslet também erra. E a HBO também. A sátira política aqui começa bem, mas vai cansando até as raias da decepção.

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