quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Guns para lavar a alma

Slash de volta para casa/Marcelo Alves
Falem mal, mas falem do Axl. O gordinho deu a volta por cima como um Renato Gaúcho chegando no Fluminense em 1995 para fazer o gol de barriga e voltar a ser ídolo nacional. E aqui você tem os comentários mais malemolentes desse show ÉPICO:

Para começo de conversa, o show atrasou apenas VINTE minutos. Nada mal. Parabéns, Axl. Melhor do que isso só se fosse pontual.

Axl está acima do peso. Não julgo. Afinal, quem sou eu para falar isso se eu também estou? Mas essa condição fez o cantor trocar o passinho da lombriga, aquele que desliza os joelhos e os calcanhares lateralmente, por uma coisa mais balançando a pancinha para frente e para trás.

Seus colegas estão obviamente mais em forma. Slash deve fazer cinco horas de musculação por dia. É quase um halterofilista. Já o Duff não mudou nada. Pelo menos de longe.

- Chega de falar de físico que isso aqui não é ACADEMIA. O show foi foda. O melhor disparado dos cinco que eu vi.

- Mas por que foi bom? Bom, ninguém duvidava da capacidade de Duff e Slash com seus instrumentos. A dúvida estava obviamente em Axl, que fora constrangedor no Rock in Rio. Pois o cantor se preparou e fez bonito. Cantou muito, mas muito bem. É claro que não foi o Axl dos anos 90, mas foi alguém que cuida do seu legado.

- Os fãs que me perdoem, mas o atual baterista é melhor do que Steven Adler. Se for falar do Matt Sorum então... nem devia citar os dois nomes na mesma frase.

- Abriu com "It's so easy". Excelente canção abre-alas

- Teve "Nightrain", "Don't cry", "Sweet Child O'Mine", "Yesterday" e as ÉPICAS "November Rain" e "Estranged".

- Para não falar na canção-homenagem ao Rio: "Welcome to the jungle"

-  O que faltou? Ora, o esperado dueto entre Axl e sua best friend, Alcione, The Brown. Seria lindo vê-los cantando "Sweet Child O'Mine". E ela ainda estava no Engenhão. Perdemos a chance.

O que não era necessário? Músicas do "Chinese Democracy". Imagina o Axl virando pro Slash antes da turnê e dizendo: "Ok, a gente vai fazer show. Mas você tem que aprender a tocar essas musicas aqui". Aí ele: "Não fode. A gente fez coisa muito melhor junto". Mas não conseguiu dobrar o Axl porque ninguém dobra o Axl.

"Coma", grande canção. Mas pareceu não empolgar muito a galera.

- De todos os clichês que tanto aguardamos, faltou o Slash subir no piano em "November Rain". Mas teve "Poderoso Chefão".

Como é bom quando a banda está na sua verdadeira formação. Soou claramente como o Guns N'Roses e não como uma banda cover.

- - Cotação da Corneta: muito bom show, pura nostalgia. Nota 8.

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