Diário de guerra da Olimpíada do Hell de Janeiro
21º dia
O calendário da Olimpíada gira em torno de dois eventos: natação e
atletismo. Todos os demais esportes orbitam a espinha dorsal formada por essa
dupla de protagonistas. Isso significa que quando a natação acaba nós dizemos:
Yes! A Olimpíada está na metade! Só precisamos sobreviver mais uma semana!
Mas o sentimento positivo pela proximidade do fim da Olimpíada caminhará
junto com a saudade que a natação deixará. Principalmente um entre todos os
nadadores: Michael Phelps.
Maior atleta da história, maior medalhista olímpico, único ser humano do
planeta a ter conquistado 23 medalhas de ouro, Phelps é inigualável. Fará muita
falta. Mas ele agora garantiu que realmente está se aposentando. Já teria até
dado entrada na Previdência. Quem viu, viu. Quem não viu, agora só pelo
YouTube.
Foi um privilégio ter acompanhado as últimas cinco medalhas de ouro do
nadador americano de perto. A recuperação do título nos 200m borboleta, a
emocionante vitória nos 200m medley que o fizeram ser o primeiro tetracampeão
olímpico de uma prova. A última prova, o revezamento 4x100m medley, com direito
a recorde olímpico. Foram os meus três momentos especiais.
Phelps mudou a história da natação. A ponto de as provas envolvendo o
nado borboleta ganharem uma importância que não tinham. Antigamente, você
esperava sempre pelos 100m e pelo 50m livre. Eram as mais aguardadas, as mais
no nobres da natação. De Atenas-2004 para cá, as provas mais aguardadas
passaram a ser as que Phelps nadava.
Diante de um monstro tão grandioso, até jornalistas não conseguem conter
o seu lado fã e fazem um último registro de maior de todos (foto abaixo).
Afinal, agora só o filho Boomer e a mulher Nicole o verão nadando nas piscinas
por onde eles passarem.
Faltam oito dias para o fim. #cornetaonfire
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