Diário de guerra da Olimpíada do Hell de Janeiro
20° dia:
Três perguntas fundamentais dessa
Olimpíada:
1. Por que o serviço de transporte é tão ruim e atrasa
com frequência (fora os momentos que o ônibus não aparece), deixando a imprensa
na mão?
2. O maior mistério dessa Olimpíada é: por que nunca há cebola entre os itens
da salada no refeitório de 98 temers o quilo? Os demais vegetais que me
desculpem, mas cebola é fundamental
3. De que planeta veio Katie Ledecky? Dizem que é Krypton e que ela é irmã de
Michael Phelps.
Sem exageros, uma Olimpíada tem pelo menos umas vinte
histórias legais por dia. O lance é você ter a sorte de estar em uma delas.
Katie Ledecky é uma dessas histórias muito legais. Essa
menina tem apenas 19 anos e fez muita coisa espetacular nessa Olimpíada. A
última delas foi o ouro com recorde mundial nos 800m livre.
Katie pulverizou recordes, conquistou quatro ouros e
repetiu um feito que não acontecia desde 1968. Foi campeã dos 200m, 400m e
800m. Não é à toa que a sueca Sarah Sjöström a definiu como "a rainha do
nado livre".
Para mim, a imagem que ficará de Katie será essa que eu
fiz questão de fazer na final dos 800m e que resume a sua superioridade hoje
sobre as rivais. Durante a prova, teve um momento que enquanto ela (raia 4)
estava quase na metade da piscina em mais uma volta, as outras não tinham
completado a volta anterior. Ou seja, se estivéssemos na Fórmula-1, Katie seria
um carro da Mercedes. Todas as demais seriam carros da Sauber. Ou da Manor.
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