domingo, 7 de agosto de 2016

Diário de guerra do Rio-2016 - 13º dia

Ringue do boxe/Marcelo Alves
Diário de guerra da Olimpíada do Hell de Janeiro

13° dia

Existe uma máxima neste país em que eu resido que diz que o melhor do Brasil é o brasileiro. O primeiro dia de competições mostrou uma parcela do que promete ser o ponto alto de uma Olimpíada bem problemática do ponto de vista de organização e mobilidade.

Que o diga o egípcio Abdelrahman Salah Orabi, que ganhou da torcida brasileira o "carinhoso" apelido de Ramsés na luta de boxe contra o croata Hrvoje Sep. Teve até quem ecoasse os filmes "A Múmia" e "O retorno da Múmia" e gritasse "Imhotep" para ver se o lutador egípcio renascia.

Não deu para o Ramsés. Ele está fora da Olimpíada. Mas ganhou uma medalha dos cariocas.

O boxe promete ser um esporte divertido para as pessoas acompanharem. Ainda mais agora que não tem aquele capacete. Está mais humano, mais roots. Tudo bem que falar de fora é fácil. Afinal, não sou eu que estou levando pancada na cabeça mesmo.

Hoje, aliás, foi o primeiro dia realmente legal e empolgante da Olimpíada. Os dias anteriores foram muito boring, pois só tinham jornalistas e engravatados - ou seja, ninguém interessante - circulando em arenas que mais pareciam cemitérios. Faltavam os dois elementos fundamentais e que realmente dão vida ao esporte: o atleta e o torcedor. Com eles sim, os Jogos têm sentido.

E assim se encerrou apenas o primeiro dia em que eu praticamente apaguei as luzes de uma arena. Muitos outros virão. #aquiétrabalho, #Muricystyle

Faltam 16 dias para o fim. #cornetaonfire

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