Diário de guerra da Olimpíada do Hell de Janeiro
13° dia
Existe uma máxima neste país em
que eu resido que diz que o melhor do Brasil é o brasileiro. O primeiro dia de
competições mostrou uma parcela do que promete ser o ponto alto de uma
Olimpíada bem problemática do ponto de vista de organização e mobilidade.
Que o diga o egípcio Abdelrahman Salah Orabi, que ganhou
da torcida brasileira o "carinhoso" apelido de Ramsés na luta de boxe
contra o croata Hrvoje Sep. Teve até quem ecoasse os filmes "A Múmia"
e "O retorno da Múmia" e gritasse "Imhotep" para ver se o lutador
egípcio renascia.
Não deu para o Ramsés. Ele está fora da Olimpíada. Mas
ganhou uma medalha dos cariocas.
O boxe promete ser um esporte divertido para as pessoas
acompanharem. Ainda mais agora que não tem aquele capacete. Está mais humano,
mais roots. Tudo bem que falar de fora é fácil. Afinal, não sou eu que estou
levando pancada na cabeça mesmo.
Hoje, aliás, foi o primeiro dia realmente legal e
empolgante da Olimpíada. Os dias anteriores foram muito boring, pois só tinham
jornalistas e engravatados - ou seja, ninguém interessante - circulando em
arenas que mais pareciam cemitérios. Faltavam os dois elementos fundamentais e
que realmente dão vida ao esporte: o atleta e o torcedor. Com eles sim, os
Jogos têm sentido.
E assim se encerrou apenas o primeiro dia em que eu
praticamente apaguei as luzes de uma arena. Muitos outros virão. #aquiétrabalho, #Muricystyle
Nenhum comentário:
Postar um comentário