Vedder, o vocalista-Messias/Site do Pearl Jam |
Mata-mata com o Pearl Jam. Jogo de ida
no Morumbi. Uma maravilhosa vitória por 7 a 1. Na semana que vem, é a vez do
jogo de volta no Maracanã! Enquanto ele não vem, tudo o que podemos dizer estão
nos tópicos a seguir:
1- Como uma banda preocupada com o
que acontece pelo mundo e os rumos do planeta, o Pearl Jam entrou no palco
tocado pelo ataque terrorista em Paris. Logo no início, Eddie Vedder, o nosso
Messias, disse naquele português macarrônico que já conhecemos: "Muito
obrigado por estarem aqui. Sentimos que precisamos estar com pessoas hoje e
estamos felizes por estar com vocês. Nosso amor vai para todos em Paris. Temos
ainda muito a superar juntos".
2- Mais a frente, o cantor pediu para
as pessoas se abraçarem, preocupou-se frequentemente com a segurança e
reconheceu uma certa apreensão com o show de ontem.
3- Para fechar o bloco #prayforParis,
havia um desenho da Torre Eiffel na bateria de Matt Cameron, enquanto Mike
McCready exibiu um desenho estilizado da Torre Eiffel que vem sendo
compartilhado nas redes sociais.
4- Talvez por conta dos
acontecimentos parisienses o show começou meio soturno com "Long
Road" e "Off the girl", o que não aconteceu nem no Chile, nem em
Porto Alegre.
5- A coisa começou a animar em
"Love Boat captain" e teve uma primeira explosão em "Do the
evolution", cuja letra é bem apropriada para esta humanidade em tempos
sombrios.
6- O Pearl Jam não tem fãs. Tem fiéis
da Igreja de Eddie Vedder. Alguns deles são bastante enfáticos como um cara que
estava perto de mim e gritava dois bordões ao fim de cada música: "Vocês
são do caralhoooo", "Vocês são maravilhosoooos".
7- Já as mulheres, bem, eu vou
resumir o sentimento delas na frase que uma amiga que estava comigo disse (e
cujo nome não revelarei para ela não ter problemas em casa): "O Eddie
Vedder é a definição de homem perfeito". Aceitemos que dói menos camaradas
homens.
8- Foram 3h de show com um intervalo
de dez minutos no meio para limpar o palco porque...
9-....choveu, CHOVEU MUITO. Deu para
ver raios e não eram efeitos especiais por conta do novo disco: "Lightning
Bolt".
10- Foram 33 músicas. Sete delas do
"Ten". Teve ainda cinco do "Lightning Bolt", três do
"Vitalogy" e três do "Vs". As demais vieram de outros
álbuns.
11- Três covers: "Imagine"
(John Lennon), "All along the watchtower" (Bob Dylan) tocada numa
pegada quase grunge, e, claro, "Rockin' in the free World", do Neil
Young quebrando tudo e mais um pouco.
12- As camisas de flanela, marca do
grunge, estão praticamente aposentadas. Poucos na galera ainda usam, mas Eddie
Vedder estava lá com o seu modelito xadrez.
13- O cantor também bebeu pouco vinho
desta vez. Mas entornou um pouco da garrafa no palco. Deve estar deixando para
ficar totalmente bêbado no Rio.
14- Mike McCready toca guitarra com a
facilidade de quem faz algo banal. O cara é um monstro. O também guitarrista
Stone Gossard e o baixista Jeff Ament não ficam muito atrás.
15- Alguns probleminhas no som que
foram até "Better man", a 18ª música, deram uma prejudicada no show.
Mas foi tão foda que poucos repararam na prática.
16-
"Corduroy", "Given to fly", "Jeremy", "I am
mine", "State of Love and Trust" e "Alive". Puro amor. Pode
repetir todas essas no Rio.
17- Pesquisadores britânicos apuraram
que durante "Black" os fãs repetiram 437 vezes a expressão
"tchururutchu tchururu". Mas não foi quebrado o recorde mundial de
2005, quando a Apoteose viu pelo menos 12 minutos de "tchururutchu
tchururu". Naquele dia, o Eddie Vedder até sentou no palco.
18- Eddie Vedder canta com a alma,
amigos. Ele se entrega no palco, baixa um santo e tudo flui. Que cara foda.
Cotação da corneta: nota 9.
Cotação da corneta: nota 9.
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