Os jovens que enfrentaram o regime antes do muro |
“A revolução silenciosa” é uma
história real. E aconteceu cinco anos antes da construção do Muro de Berlim.
Conta a jornada de uma turma de uma escola na antiga Alemanha Oriental que
resolveu desafiar o rígido sistema socialista da União Soviética fazendo dois
minutos de silêncio pelas vítimas de uma revolta contra os soviéticos que
começava na Hungria.
O problema que o gesto simbólico e
inocente diante de um regime acostumado a controlar cada passo dos seus
cidadãos custou caro. Foi visto como uma contrarrevolução, um ato de violência
contra a RDA e levou ao inquérito com diversas torturas psicológicas dos
jovens.
Liderados por Kurt (Tom
Gramenz) e Theo (Leonardo Scheicher), dois amigos que iniciaram o movimento, os
jovens só queriam liberdade e que os russos deixassem a Alemanha. Mais do que
nunca, porém, eram jovens que estavam experienciando o debate político, Os
próprios soldados russos queriam voltar para casa. Mas manter o poder e os
territórios em plena guerra fria era fundamental para os soviéticos.
No meio da disputa e da inacreditável
pressão feita pelo ministério da educação da Alemanha Oriental, os jovens
resistem, discutem, insistem, e, no fundo, repetem a história dos pais.
Especialmente Theo e Erik. O primeiro era filho de um metalúrgico que
participou de uma revolta ocorrida em 1953 e perdeu a chance de continuar seus
estudos. O segundo era filho de um dito colaboracionista, considerado homem
fraco por ter traído a RDA.
No meio deles, quem destoa ê Kurt, o
oposto do pai, que exerce um cargo alto no governo alemão. Kurt revela-se, quer
mais do que a vida certinha e tolhida criada pela família.
Eram jovens que ainda estavam criando
suas próprias referências políticas e morais e que tiveram que lutar contra um
regime perverso e alienante. No fim, precisaram abrir mão de muita coisa para
seguirem sonhando com liberdade nos pensamentos.
Cotação da Corneta: nota
7,5.
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