É muita parceria. Na alegria e na tristeza |
Sob o argumento indelével da amizade, fui levado para uma
sala escura com a desculpa de ver um filme. O que lá encontrei foi um pesadelo.
Uma lavagem cerebral de fazer o protagonista de "Laranja Mecânica"
fritar o cérebro. Amigos, eu tive que ver num mesmo local e em quase dias
horas, o mesmo filme NOVE VEZES. Nine fucking times!
Basicamente
esse é o argumento de "Antes que eu vá", uma praga que está espalhada
nos cinemas feito malware no computador.
"Antes
que eu vá" é uma espécie de "A cabana" teen e um cruzamento de
"13 reasons why" com livros de Lair Ribeiro. Ela conta a história de
um dia na vida de quatro migas do high school americano no famoso "Dia do
cupido".
Pelo
que o filme explica, o "Dia do cupido" é o dia em que meninas ganham
rosas de meninos com declarações de amor e ficam competindo entre si sobre quem
tem mais rosas. Muito legal, né? Como se a escola já não fosse escrota o suficiente,
ainda rola uma competição que joga os losers ainda mais para baixo.
Nesse
dia especial, as migas estão ansiosas. Tudo porque uma delas vai perder a
virgindade com o namorado mané e alcoólatra que dá vexame em festinha, mas que
elas acham LIIIIINDOOO, incrível e popular.
Só
que ao fim do dia rola um acidente de carro e as quatro migas seguram na mão de
Deus e se despedem desse plano rumo ao desconhecido.
Só
que ao invés de dar bom dia para São Pedro, Sam acorda no dia seguinte
exatamente do mesmo jeito que acordara no dia anterior. Sendo que o dia
seguinte já é o dia anterior. Tá confuso? A física explica. Quando escova o
dente, Sam já sente aquele gostinho de deja vu e pensa: já passei por isso
antes.
E
agora? Agora começa o nosso tormento porque vamos rever todo o filme de novo
com pequenas diferenças. E, pior, o filme nunca melhora!
Sam
está com uma missão divina. Tem que corrigir as cagadas que ela e as migas
fizeram na vida escolar para receber o salvo conduto do paraíso. Do contrário,
a vida dela e daqueles que o cercam ficarão para sempre presas naquele
"Feitiço do tempo" mequetrefe".
São
muitas missões para Sam. Tem que amadurecer, distribuir amor, ser tolerante,
amiga, companheira, espalhar a solidariedade e ajudar as pessoas. É
praticamente um manual da santidade que ela tem que decorar e aplicar.
Enquanto
isso, nós sofremos vendo tudo isso. Por que? Por que precisamos passar por
isso? Talvez seja um alerta do destino para sermos mais tolerantes com a
sociedade e o nosso meio ambiente. Prometo tornar-me uma pessoa melhor. Mas “Antes
que eu vá” levará uma nota 2,5.
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