segunda-feira, 29 de dezembro de 2025

As melhores séries de 2025

"The Pitt", "Adolescência" e "Pluribus", o top-3
Antepenúltimo dia do ano. Chegou a hora de divulgar a lista com as melhores séries de 2025. Foi um ano de muita coisa boa. Lamento pelas que ficaram de fora, mas a regra é clara. Só vale 20.

Então segue abaixo o crème de la crème da televisão/streaming de 2025.

1- The Pitt (The Pitt — EUA — HBO) — Essa série foi uma porrada arrebatadora. Foi a mais surpreendente que eu vi em 2025. Principalmente porque eu não gosto e não ligo para séries médicas. Contudo, foi uma decisão muito sabia em dar uma chance para ela. “The Pitt” tem tudo o que uma boa série precisa ter. O roteiro é ótimo, os atores são muito bons, a série é bem dirigida, as histórias são muito boas, a tensão da urgência do hospital é permanente. Nunca soube que eu precisava de uma série médica que funciona ao estilo da antiga série “24 horas”. Sensacional.

2- Adolescência (Adolescence — ING — Netflix) — Além de ser uma série excelente sobre temas extremamente importantes e atuais, a série ainda se impôs o desafio de filmar todos os episódios em plano-sequência. Isso é praticamente uma música de rock progressivo do audiovisual. “Adolescência” foi outra surpresa extremamente agradável do ano.

3- Pluribus (Pluribus — EUA — Apple TV) — Vince Gilligan é um mago da TV. E tem a incrível capacidade de fazer séries de um jeito absolutamente refinado. Gilligan não trata o espectador como idiota e seus trabalhos tem o tempo de desenvolvimento que ele acha que deve ter, sem apelar para plot twists ou cliffhangers. “Pluribus” chegou bem no final do ano para discutir temas como positividade tóxica, entre outros, e nos colocou semanalmente para pensar sobre o que faríamos nas mais diferentes situações que seus episódios exibiam. Assim como “Breaking Bad” e “Better Call Saul”, “Pluribus” tem a marca do refinamento e o timing estabelecido por seu criador. Não vejo a hora de ver a segunda temporada.

4- O Estúdio (The Studio — EUA — Apple TV) — Uma série fenomenal sobre a indústria cinematográfica de Hollywood. Não sei como o Seth Rogen conseguiu convencer tanta gente a participar dela protagonizando muitas cenas que são críticas à própria indústria. Foram muitos episódios icônicos que fizeram com que a série figurasse no top-5 de 2025.

5- O lendário Martin Scorsese (Mr. Scorsese — EUA — Apple TV) — Série documental maravilhosa dirigida por Rebecca Miller. Uma verdadeira aula de cinema em cinco capítulos. Ela reafirma a genialidade do diretor, expõe seus demônios internos e externos e mostra o quanto Scorsese é um indivíduo muito único na indústria. De quebra, ainda reafirma a genialidade de nomes como o ator Robert De Niro e a montadora Thelma Schoonmaker, frequentes colaboradores de Scorsese, e a importância de Leonardo Di Caprio para o diretor a partir da virada para o século XXI.

6- Andor (Andor — EUA — Disney Plus) — “I have friends everywhere”. Essa frase ficou ecoando por dias na minha cabeça como um símbolo da resistência política neste que é um dos melhores trabalhos já feitos dentro do universo de Star Wars. Que série incrível.

7- Ruptura (Severance — EUA — Apple TV) — A segunda temporada de “Ruptura” continuou entregando episódios muito bons enquanto aprofundava a discussão sobre os internos e os externos. E o final foi excelente.

8- Alien: Earth (Alien: Earth — EUA, TAI — Fx/Hulu) — Além de Vince Gilligan, que eu falei aqui em cima, outro cara que sabe fazer TV de qualidade é Noah Hawley. Responsável por “Fargo” (2014–2024) e “Legion” (2018–2019), Hawley criou uma série do universo de Alien que é um misto de ficção científica, suspense e terror com design e elementos visuais que lembram muito o de “Blade Runner” (1982). Está é a primeira história do universo que se passa na Terra, onde vemos grandes corporações disputarem espécimes com incrível capacidade de adaptação e que se espalham facilmente como vírus destruidores.

9- Terra da Máfia (Mobland — ING, EUA — Paramount/MTV) — Série maravilhosa sobre a máfia de Londres com Tom Hardy e Helen Mirren inspiradíssimos e uma das melhores atuações da carreira de Pierce Brosnan.

10- Task (Task — EUA — HBO) — Brad Ingelsby praticamente repetiu a fórmula de “Mare of Easttown” (cidade insignificante dos EUA, policial longe da melhor forma física e mental e um crime para resolver) e criou mais uma série maravilhosa. É preciso estar sempre de olho no que Ingelsby está fazendo. Ele parece dominar um certo tipo de narrativa bem interessante. 

11- A Diplomata (The Diplomat — ING, EUA — Netflix) — A série está na sua terceira temporada e não perdeu o fôlego. Criada por Deborah Cahn, a série tem um humor refinado ao mesmo tempo em que fala de geopolítica e faz o trabalho de um embaixador parecer mais emocionante do que eu imagino que deva ser.

12- Slow Horses (Slow Horses — ING, EUA — Apple TV) — A quinta temporada foi uma das melhores da série protagonizada por Gary Oldman. É outra série que está longe de perder o fôlego.

13- O Urso (The Bear — EUA — FX) — Esta é uma série que vem aparecendo entre as melhores todo ano desde a sua estreia. Gostei muito da quarta temporada e a sua posição atual neste ranking não reflete uma queda de qualidade. Pelo contrário, sua força está em ter aparecido por quatro vezes na lista das melhores de um ano.

14- Paradise (Paradise — EUA — Hulu) — Esta foi uma das boas surpresas do ano. Um segurança do presidente estadunidense tenta resolver um crime dentro de um mega bunker da humanidade num mundo pós-apocalíptico. E mais eu não posso dizer.

15- Morrendo por sexo (Dying for Sex — EUA — FX/Hulu) — Imagina ter um tema super pesado para tratar como a morte iminente por câncer e juntar isso com a história de uma mulher que começa a explorar plenamente a sua sexualidade em busca de um orgasmo. Não parecia ser possível juntar as duas coisas, mas nada que um texto muito bom adaptado do podcast “Dying for sex” por Elizabeth Merriwether e Kim Rosenstock e uma interpretação maravilhosa de Michelle Williams não transformassem numa ótima, divertida, engraçada e agridoce série de TV.

16- Terra Indomável (American Primeval — EUA — Netflix) — Foi uma das primeiras séries que eu vi no ano e foi uma surpresa positiva. Fala de uma forma brutal sobre a exploração do Oeste americano. Longe do romantismo que vemos em filmes antigos, ela mostra a espiral de violência envolvendo nativos, governo, mórmons imigrantes. Tudo com muita sujeira e caos.

17- Diários de um robô assassino (Murderbot — EUA — Apple TV) — Uma grants surpresa. Não dava nada por está série, mas ela se revelou bem legal. Trata de um robô que faz segurança para humanos que hackeia o próprio sistema, se rebela e só quer ver séries de TV enquanto descobre os prazeres do mundo. Alexander Skarsgaard mostrou ter um bom timing cômico.

18- Fundação (Foundation — EUA — Apple TV) — Foi o ano da Apple TV definitivamente. “Fundação” é a sétima produção da Apple a entrar no top-20, mostrando que o streaming tem feito muita coisa de qualidade. A terceira temporada desta série foi uma das minhas favoritas e ainda teve um episódio final de tirar o fôlego. Para mim, “Fundação” só vem crescendo, ainda que pouco se fale sobre está série baseada na obra de Isaac Asimov. E definitivamente em 2026 eu preciso começar a ler Asimov. 

19- Hacks (Hacks — EUA — HBO) — A quarta temporada pode até não ter o mesmo fôlego que as anteriores, mas “Hacks” continua sendo uma série muito legal de acompanhar.

20- It: Bem-vindos a Derry (Welcome to Derry — EUA — HBO) — Esta série mostrou que há fôlego para a expansão do universo de “It”. A primeira temporada foi interessante o suficiente para figurar nesta lista e despertar a minha curiosidade para os trabalhos futuros.

Menções honrosas: “Black Rabbit” (Netflix), As quatro estações (Netflix), “Demolidor: Renascido” (Disney Plus), A idade dourada (HBO) e “O monstro em mim” (Netflix).

Amanhã voltamos com a lista dos melhores filmes do ano. 

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