domingo, 2 de novembro de 2025

Os filmes e as séries de outubro

Os filmes e as séries mais interessantes de Outubro:

Springsteen: Salve-me do Desconhecido (Springsteen: Deliver Me from Nowhere — EUA — 2025) — Jeremy Allen White em modo Carmy Berzatto imitando Bruce Springsteen. O filme está longe de ser perfeito, mas gosto que Scott Cooper tenha escolhido fugir do óbvio ao fazer um recorte da vida do cantor para falar do processo de criação de “Nebraska” (1982), abordando a complexa relação de Springsteen com o pai e os primeiros sinais de depressão. Como eu não li o livro no qual ele é baseaado, para mim ressignificou tanto o “Nebraska” quanto o album seguinte, “Born in the U.S.A.” (1984).

O ônibus perdido (The Lost Bus — EUA — 2025) — Brad Ingelsby está em grande fase. Fez uma grande série para a HBO e escreveu o roteiro deste belo filme da Apple TV. Dirigido por Paul Greengrass, ele conta a história real de um motorista de ônibus escolar vivido por Matthew McConaughey que salvou um grupo de crianças durante o terrível incêndio que atingiu a cidade de Paradise, na Califórnia. O filme tem a tensão e a urgência de um misto de “Velocidade Máxima” (1994) com “Voo United” (2006).

Honey, não! (Honey, Don´t! — ING, EUA — 2025) — Um filme delicioso de Ethan Coen. Uma comédia satírica sobre uma detetive que investiga uma série de crimes numa cidade pequena dos Estados Unidos. Adoro a Honey O´Donahue de Margaret Qualley e veria toda uma série dela resolvendo casos.

Coração de Lutador — The Smashing Machine (The Smashing Machine — EUA, JAP, CAN — 2025) — Gosto de como o filme de Benny Safdie é bem cru e noventista. E de como o diretor conseguiu tirar o máximo, eu diria até, o inimaginável do Dwayne Johnson. The Rock quase sumiu neste que é o seu papel mais desafiador (não que ele tenha lá grande material de comparação).

Tron: Ares (Tron: Ares — EUA — 2025) — Eu tenho vergonha de ter gostado deste filme. Ele é maniqueista até a última célula do seu figurante mais insignificante, mas eu me diverti demais com as cenas de ação. E acho que a trilha sonora do Nine Inch Nails eleva um pouco a sua qualidade.

Steve (IRL, ING) — Cillian Murphy cortando um dobrado para manter uma escola para menores infratores aberta. Um drama bem pesado sobre saúde mental, segundas chances e a luta de quem escolhe o caminho da educação como forma de ressocialização.

Task (Task — EUA — HBO) — Uma cidade insignificante dos Estados Unidos, um policial problemático e longe da sua melhor forma física e mental e um crime para resolver. Brad Ingelsby praticamente repetiu a sua formula de “Mare of Easttown” (2021) e conseguiu escrever mais uma série maravilhosa. É por produções assim que eu faço questão de pagar a HBO.

Black Rabbit (Black Rabbit — EUA — Netflix) — Jude Law e Jason Bateman vivendo uma relação complicada de irmãos enquanto precisam lidar com os trambiques de cada um e um chefão do tráfico cobrando uma dívida. Adoro como a série vai fechando o cerco e sufocando seus protagonistas a cada decisão merdosa que eles tomam.

Slow Horses (Slow Horses — Apple TV — ING, EUA) — Cinco temporadas e esta série ainda não perdeu o fôlego. A quinta temporada virou uma das minhas favoritas. Gary Oldman muito craque.

Pacificador (Peacemaker — EUA — HBO) — A segunda temporada não foi tão especial quanto a primeira e o final foi um pouco decepcionante. Eu pensava que o James Gunn não ia cometer o mesmo erro da Marvel de conectar tão umbilicalmente o seu universo DC, mas muita coisa do que aconteceu em “Superman” se reflete em “Pacificador”. Ao mesmo tempo em que fiquei com a sensação que os eventos de “Pacificador” vão reverberar em produções futuras da DC. A abertura da série continua sendo maravilhosa e se você pula ela é porque não tem coração.

Gen V (Gen V — EUA — Prime Video) — Outra segunda temprada que esteve aquém da primeira. Na verdade, ela pareceu mais uma preparação para a quinta e última temporada de “The Boys” do que uma série com uma história própria. Foram oito episódios de treinamento para Marie Moreau (Jaz Sinclair) enfrentar o Homelander. E no meio disso, umas histórias paralelas que foram sendo facilmente resolvidas. Mas foi divertido, apesar do excesso de piadas de quinta série.

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