Quem precisa de cordas para escalar? |
Toda franquia tem
seus altos e baixos. Uns filmes muito bons, outros ruins, outros mais ou menos.
Mas Tom Cruise tem nos brindado com uma sequência de missões impossíveis cada
vez melhor que a outra.
De fato, não
existe mistério para criar os filmes da série. É uma receita de bolo matadora que
mistura cenas absurdas, reviravoltas no roteiro, traições, uma história
simples explicada logo de cara (quase sempre o mocinho tem que impedir o vilão
em sua tentativa de dominar ou destruir o mundo), algumas surpresas e Tom
Cruise desafiando a morte.
E a cada filme seu
Ethan Hunt parece passar do limite. É assim que queremos. É assim que
gostamos.
O grande mistério
mesmo de “Missão Impossível” é como o ator de 56 anos têm fôlego e disposição
para fazer tanto exercício! Em “Efeito Fallout”, Tom Cruise corre
DESEMBESTADAMENTE por Londres com direito a saltos entre telhados, protagoniza uma impressionante cena de perseguição nas ruas de Paris, pilota um
helicóptero e sofre um acidente que mataria qualquer um na Caxemira. E ainda
briga com o Superman! Tudo isso tendo que escalar uma montanha no final para
salvar um terço do planeta. China, Índia e Paquistão agradecem a
dedicação.
Não é à toa que o
Luther (Ving Rhames) diz: “esse é o meu cara!”. Se tivesse conhecido Ethan
antes do Lula seria para ele que Obama diria: “Você é o cara”.
“Efeito Fallout” é
aquela história de espião clássica Hunt style. Tem um traíra na agência, tem
que achar um terrorista, tem que impedir que bombas de plutônio dizimem a
humanidade. No meio disso tudo, tem o Sindicato, um grupo de terroristas que
anda desmobilizado desde a prisão de Solomon Lane (Sean Harris).
A situação em
Washington também não está muito boa. O IMF é questionado depois que Ethan
deixa escapar as ogivas de plutônio para salvar seus amigos Luther e Benji
(Simon Pegg). Por conta disso, a CIA resolve botar o pau na mesa e dizer que
“agora é do meu jeito”. Assim, eles recrutam o agente bigodudo August Walker
(Henry Cavill) para ser a sombra de Hunt e agir de uma forma mais assertiva na
missão.
A partir daí a
trama se desenvolve naquele clima de todo mundo desconfia de todo mundo. Ainda
mais depois que a Ilsa Faust (Rebecca Ferguson) surge cheia de mistérios
dizendo que não pode contar nada, não pode dizer nada. “Mas confia em mim.”
Ilsa, esse é um mundo de espiões. Não se confia nem na sombra.
“Missão
Impossível: efeito Fallout” é diversão garantida e mantém bem viva a franquia
de Ethan Hunt. Resta saber até quando Tom Cruise vai aguentar se arriscar em
cenas cada vez mais surreais. Ainda mais porque a cada filme parece ser preciso
estabelecer novos limites. Ou manter os anteriores.
Mas enquanto o
sétimo filme não vem (é não tenho dúvidas de que ele virá), aguardarei o que
Tom Cruise pretende aprovar para o retorno de “Top Gun”, projeto com previsão
de lançamento em 2019, 33 anos depois do filme que o ajudou a se tornar uma
estrela.
Cotação da
Corneta: nota 8,5.
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