Deadpool gosta de uma graça |
Tudo o que eu mais desejo neste
momento é que o DVD de "Deadpool" seja lançado com vídeos extras
mostrando como os roteiristas Rhett Reese e Paul Wernick, os "verdadeiros
heróis" nas palavras deles, escreveram o roteiro do filme. Pois eles não
estavam nem um pouco puros para fazer o que fizeram.
"Deadpool" é o filme
baseado em quadrinhos mais escrachado da história. Nem "Guardiões da
Galáxia" ou o primeiro filme dos "Vingadores" apostou tanto no
humor quanto neste trabalho sobre este anti-herói que não tem papas na língua e
se precisar matar, esquartejar ou arrancar cabeças fará isso de boa e sem
remorso.
Sim, o filme é engraçado é tem várias
referências e citações que podem ser a outros filmes ou a personalidades reais.
Isso inclui até o Ryan Reynolds, astro de uma fracassada versão do Lanterna
Verde que é lembrada em dois momentos do filme. Fique também até o fim para ver
Deadpool (Ryan Reynolds) numa impagável cena que lembra "Curtindo a vida
adoidado" (1986). Por falar em Reynolds, aliás, ele
incorporou muito bem o espírito do Deadpool.
Por outro lado, são tantas piadas que
sua maior qualidade também é seu defeito. Por vezes, "Deadpool"
parece um conjunto de piadas com um fiapo de história no meio. Quando poderia
haver mais equilíbrio entre o humor e a história. São piadas em escala
industrial de fazer inveja aos Trapalhões.
Mas é impossível não se divertir com
o filme que desde já é candidato a ser o mais pop de 2016. Principalmente se
você viu os outros filmes de quadrinhos (principalmente os dos X-Men e do
Wolverine). Pois o personagem principal faz uma série de referências, sacaneia geral e pega o Colossus para Cristo.
O gigante russo, aliás, está
maravilhosamente mala como sempre foi com seu discurso de heroísmo, honra que
Deadpool trata como blá-blá-blá e punhetação.
"Deadpool" é um filme de
origem. Conta como Wade Wilson, um ex-militar que agora é uma espécie de
mercenário se transformou naquilo após um experimento com genes mutantes.
Vaidoso que só ele, o herói resolve se vingar de Francis, o vilãozão que não
sente dor por tê-lo deixado com uma aparência, digamos, que não lembra muito o
Hugh Jackman.
É claro que para isso, ele vai ter
que matar muitos bad guys e ouvir os discursos do Colossus. Pobre Deadpool.
Além disso, ele precisará
reconquistar a Morena Baccarin. Ou melhor, a prostituta Vanessa, que ele abandonou
quando recebeu o diagnóstico de câncer terminal e saiu de casa para um
tratamento experimental sinistro com uma gente estranha e esquisita. Pelo menos
ele ficou imortal e ainda se regenera como uma lagartixa.
"Deadpool" é uma
diversão despretensiosa. Compre a pipoca, o refrigerante e sente diante da teia
do cinema para dar risadas. É claro que o personagem merece um segundo filme.
Principalmente porque ele disse que o Cable vai aparecer. Enquanto a parte 2
não vem, a corneta vai dar um sorridente 6,5 para "Deadpool".
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