Fassbender mostra a Ejiofor quem manda |
A corneta hoje
vai brincar de buzzfeed e traçar aqui 12 razões para explicar por que "12
anos de escravidão" é simplesmente excelente.
1 - É o melhor filme que eu já vi sobre o tema. Superior a clássicos como "Django Livre" (qualquer Tarantino nasce clássico) e "Amistad" (qualquer Spielberg que não tenha criancinhas, bichinhos e aliens fofos é um clássico). Tudo bem, talvez eu mude de ideia no dia que assistir à “Tempo de Glória” (1989), mas por enquanto é o melhor.
2 - É o melhor
filme com número no título desde "Onze homens e um segredo"
(2001).
3 - É o melhor
filme com 12 no título desde "Doze homens e uma sentença"
(1957).
4- Gente, o
filme tem Michael Fassbender. Vocês já viram um filme com Michael Fassbender
que seja abaixo de excelente?
(Fechem os olhos para "Prometheus" – 2012).
5- Fassbender, Benedict Cumberbatch,
Brad Pitt... Você vai poder dizer para a sua namorada que
escolheu um filme cheio de galãs só para para agradá-la porque a ama. Vai
ganhar muitos pontos na relação (antes que as feministas atirem pedras em mim,
calma! É só uma brincadeira)
6- É simplesmente
incrível a atuação de Chiwetel Ejiofor, o melhor ator com nome diferenciado a
concorrer ao careca dourado desde Djimon Hounsou por "Diamante de
sangue" (2006). Por falar em nomes diferentes, o filme tem Quvenzhané
Wallis, isso mesmo, aquela menininha de dez anos que concorreu ao Oscar de
melhor atriz do ano passado por “Indomável sonhadora”, e Lupita Nyong’o, outra
atriz que brilha no papel de uma escrava explorada cruelmente por um dos
fazendeiros.
7- A trilha
sonora tem uma canção instrumental belíssima que vai ficar o dia inteiro na sua
cabeça.
8- É um filme
de Steve McQueen, o cara que fez o espetacular “Shame”, melhor filme de 2012, e
é o melhor diretor que existe com nome de ator famoso do passado.
9 - Não
conheço aula de história melhor do que essa para entender a escravidão. De
qualquer tipo e em qualquer lugar. E olha que eu tive bons professores de História.
10- É um filme
para provocar várias reflexões. Não vou citar todas, nem fazer críticas diretas. E
cada um pode ser tocado pelo filme de um jeito diferente. Não vou criar
polêmicas, mas reparem em uma cena como não é nada legal (e bastante ultrapassado) alguém apanhar e ser amarrado
a um poste. De resto, é como diz o personagem de Brad Pitt: “Laws
change. Social systems crumble. Universal truths
are constant. It is a fact, it is a plain fact that what is true and right is
true and right for all”. Todo o diálogo é bonito, eu garanto.
11- Não tem
mimimi e nada romantizado em "12 anos de escravidão". É um filme cru,
direto, que expõe em
carne viva como a humanidade não presta.
12- É um filme
tão tenso, intenso (teve gente chorando na sala) e importante que pela primeira
vez em muito tempo não vi ninguém pegando no celular dentro do cinema. E notei
algum constrangimento na pipoca, consumida com comedimento e pouco barulho pela
plateia. Meus ouvidos agradeceram muito.
Tudo isso é para dizer para você que veja o filme, leia o livro, visite os locais de filmagem (Louisiana, fica a dica), compre souveniers, porque "12 anos de escravidão" tem potencial para ser o grande filme de 2014. A nota da corneta é 9.
Ficha técnica: 12 anos de escravidão (12 years a
slave – 2013 - Inglaterra) – Chiwetel Ejiofor (Solomon Northup), Kelsey Scott
(Anne Northup), Quvenzhané Wallis (Margaret Northup), Cameron Zeigler (Alonzo
Northup), Paul Giamatti (Freeman), Benedict Cumberbatch (Ford), Paul Dano
(Tibeats), Michael Fassbender (Edwin Epps), Sarah Paulson (Mistress Epps),
Lupita Nyong’o (Patsey), Brad Pitt (Bass). Escrito por John Ridley a partir do
livro de Solomon Northup. Dirigido por Steve McQueen.
Indicações ao Oscar: Melhor filme, diretor (Steve McQueen), ator (Chiwetel Ejiofor), atriz coadjuvante (Lupita Nyong'o), ator coadjuvante (Michael Fassbender), roteiro adaptado, figurino, montagem e direção de arte.
Nenhum comentário:
Postar um comentário