Fred com a taça do tetra/Photocamera |
O Fluminense se arrastou nas últimas
três rodadas como um indivíduo que passou as últimas três semanas na night
bebendo caipisaquê. Com a natural queda motivação, atenção e tudo o mais que
impulsiona um time a conquistar um título, era natural que o tricolor se
despedisse do Campeonato Brasileiro com duas derrotas e um empate e sem o tão
falado recorde de pontos do São Paulo.
Mas é inegável que embora tenha
estacionado nos 77 pontos contra 78 do tricolor paulista campeão em 2006, o Flu
sobrou no campeonato e se despediu com méritos com a quarta estrela nacional no
peito.
Desde que assumiu a liderança na 22ª rodada,
a equipe de Abel Braga não a perdeu jamais apesar da corrida desenfreada do
Atlético-MG para encerrar um jejum de 41 anos e da chegada perigosa e constante
do Grêmio crescendo na reta final. Mas faltou tanto ao Atlético quanto ao
Grêmio o que o Flu tinha de sobra: elenco. Não foram poucas as vezes que o
Tricolor venceu sem Deco ou Fred, as duas maiores estrelas da companhia.
Por isso, o título ficou em boas mãos e
o Fluminense tem time para brigar pelo pentacampeonato e pelo tão sonhado
título da Copa Libertadores em 2013. Precisa apenas de alguns reforços.
Principalmente na defesa. Embora ela tenha sido a melhor do torneio com 33 gols
sofridos, mesmo número do Grêmio.
Dito isto, vamos ao que interessa. A
seleção do Brasileirão de 2011. Óbvio que ela é dominada por Fluminense e
Atlético-MG.
Diego Cavalieri, o melhor goleiro/Photocamera |
Goleiro: Diego Cavalieri (Fluminense) – Para
muitos foi o melhor jogador do campeonato. Diego Cavalieri pegou até pensamento
na campanha tricolor. Foram defesas milagrosas e decisivas para que o Flu
levasse o seu quarto título nacional. Diego chegou no Flu no ano passado, mas
demorou a conquistar a confiança da torcida e a vaga de titular. Quando esteve
plenamente adaptado, agarrou a posição e não a largou mais. Foi tão importante que acabou convocado para a seleção brasileira. Foi disparado o melhor goleiro do
campeonato.
Lateral-direito – Marcos Rocha
(Atlético-MG) – A posição de lateral é um problema no futebol brasileiro, mas
Marcos Rocha fez um belo campeonato pelo Atlético e merece figurar na seleção
do Brasileiro.
Dupla de zaga – Gum (Fluminense) e
Leonardo Silva (Atlético-MG) – A melhor defesa do campeonato tinha que ter pelo
menos um representante. E Gum fez um belo campeonato. Falhou como todos, mas no
final teve muito mais pontos positivos do que negativos. Ao seu lado outro
zagueiro que fez um torneio irretocável. Leonardo Silva foi o melhor jogador de
defesa do Atlético e merece estar na seleção.
Lateral-esquerdo: Cortez (São Paulo) –
Carlinhos foi o escolhido da CBF, Anderson Pico esteve liderando a disputa pela
Bola de Prata da Placar. Isso comprova que a lateral-esquerda não é uma
unanimidade. A minha escolha acabou sendo o Cortez, que fez um bom campeonato
pelo São Paulo.
Dupla de volantes: Paulinho
(Corinthians) e Jean (Fluminense) – O volante do Corinthians foi um dos
melhores jogadores do Brasil em 2012. Conquistou a vaga de titular na seleção
brasileira e comandou o time paulista na Libertadores. Mas aqui o papo é
Campeonato Brasileiro, certo? Sim, e Paulinho foi um dos destaques mesmo em um
Corinthians que pouco fez no torneio, usado apenas como preparação para a
disputa do Mundial deste mês. Já Jean foi responsável por arrumar o meio-campo
do Fluminense. Defende muito bem, tem bom passe e sabe ir à frente. Foi um
ajudante de luxo para Deco e Thiago Neves e fundamental na conquista do título
tricolor.
Ronaldinho, destaque do Galo/Divulgação/Atlético |
Dupla de meias: Bernard (Atlético-MG) e
Ronaldinho (Atlético-MG) – Os dois jogadores do Atlético foram os principais
responsáveis pela bela campanha do Galo no campeonato. Bernard foi a grande
revelação do Brasileiro e Ronaldinho voltou a jogar muito bem depois que se
transferiu do Flamengo para o clube mineiro. Foi a liderança técnica que
conduziu o Atlético ao vice-campeonato.
Atacantes: Fred (Fluminense) e
Wellington Nem (Fluminense) – A dupla de ataque tricolor merece desbancar
Neymar, ainda que o atacante do Santos seja o melhor jogador do Brasil. Fred
foi o artilheiro da competição com 20 gols e o craque do Campeonato Brasileiro
com gols decisivos que ajudaram a garantir o tetra. Ao seu lado, Wellington
Nem, que ganhou da torcida o apelido de “Messi de Xerém”, fez uma parceria
incrível com o centroavante e foi decisivo na campanha tricolor.
Wellington Nem, decisivo no Flu/Photocamera |
Técnico: Cuca (Atlético-MG) – Abel foi
comandante do time campeão e Vanderlei Luxemburgo recuperou o prestígio com a
ótima campanha do Grêmio, mas vou fazer uma opção pelo técnico que fez um time
jogar um futebol mais envolvente e vistoso. Cuca é o nome. Responsável por
fazer o Atlético voltar a brigar pelo título, o treinador armou um time que em
alguns momentos do torneio dava gosto de ver jogar. Só falta mesmo ao técnico
um título de expressão. Mas talvez ele esteja perto disso.
Concluindo – Então a seleção do
campeonato ficou assim: Diego Cavalieri (Fluminense), Marcos Rocha
(Atlético-MG), Gum (Fluminense), Leonardo Silva (Atlético-MG) e Cortez (São
Paulo); Paulinho (Corinthians), Jean (Fluminense), Bernard (Atlético-MG) e
Ronaldinho (Atlético-MG); Fred (Fluminense) e Wellington Nem (Fluminense).
Técnico: Cuca (Atlético-MG). Em relação ao time do ano passado, permaneceram
quatro jogadores: Cortez, Paulinho, Ronaldinho e Fred.
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