Roger Waters e seu muro/Divulgação |
Fim
de ano. Enquanto você ai contabiliza rabanadas degustadas, Memórias da Alcova
pensa na retrospectiva de 2012, o já consagrado “Best Of”. Dividi tudo em dois posts sobre os meus assuntos prediletos aqui no
blog.
Neste
aqui, abordo os melhores shows do ano e o pior, a grande bomba de 2012. Foram
16 concertos, bem menos do que em 2011, ano de Rock in Rio (e ano que vem tem
mais!), mas ainda assim teve muita coisa boa. E algumas tragédias.
Foi
um ano de alguns bons shows que ficaram fora da minha lista final como o de
Morrissey, em março, na Fundição Progresso. O cantor inglês quase entrou na
minha lista, mas foi suplantado por outro colega da terra da rainha. Fica com
um honroso sexto lugar. Robert Plant também fez um show muito interessante em
outubro enquanto um mês antes Alanis Morissette apresentou o seu novo show do
disco “Havoc and bright light”.
Mas
os dois também ficaram fora da lista final. E sem mais delongas, vamos a ela.
Aí vão os cinco melhores shows de 2012 em ordem decrescente.
5º
lugar – Noel Gallagher’s High Flying Birds – Uma das cabeças pensantes do
extinto Oasis, o irmão mais velho de Liam veio aqui em maio, seis meses depois
de Liam e seu Beady Eye, e mostrou que o seu High Flying Birds tem mais a dar
do que a banda do irmão. Um disco melhor, um show melhor e que empolgou a
galera com algumas canções do Oasis, algo que Liam não quis fazer. Deixou o Rio
com a sensação de dever cumprido.
Os Titãs no Circo Voador/Marcelo Alves |
4º
lugar – Titãs – No mesmo mês de maio, Os Titãs foram até o Circo Voador para uma
sessão nostalgia. O show dos 25 anos do lançamento do disco “Cabeça
Dinossauro”, um dos mais clássicos da banda, foi o melhor concerto nacional de
2012. No mesmo dia foi gravado um DVD que será lançado pela banda. Na Lapa, os
Titãs tocaram o disco na íntegra, mas não deixaram de fora vários sucessos da
banda que vinha das comemorações de 30 anos de estrada. Agora já são 31 de
carreira e 26 do “Cabeça Dinossauro”.
3º
lugar – Kiss – Esqueça o show de três anos atrás, quando a banda veio ao Brasil
na celebração dos seus 35 anos e foi prejudicada pelo temporal que caiu na
praça da Apoteose. O Kiss voltou ao Rio pra o lançamento do disco “Monster” e
agora num lugar fechado, o HSBC Arena, mostrou todo o seu arsenal que vai além
de bons rocks como “Detroit Rock City” e “Rock and Roll all nite”. O show de
novembro foi muito melhor do que o de 2009 e contou com toda parafernália cênica conhecida, do sangue cenográfico de Gene Simmons, à guitarra que atira
de Tommy Thayer e todas as presepadas que adoramos ver o Paul Stanley fazer.
Showzaço de primeira.
Joss em um dos melhores shows do ano/Divulgação |
2º
lugar – Joss Stone – Sim, a cantora americana merece muito o vice-campeonato de
2012. Ela esteve no Brasil também em novembro e cantou três dias antes do Kiss
no Citibank Hall. E o que vimos? Uma linda Joss Stone (ela é sempre linda) em
excelente forma e lançando o seu novo disco, o “Soul sessions, volume 2”, com
uma ótima banda. O show foi especial não apenas pelas boas músicas do presente
e do passado, mas também pela emoção e alma com que Joss se entregou no palco
a ponto de se emocionar e não conseguir cantar o trecho final de “Right to be
wrong”, que fechou o show. Emocionada, ela chorou e ao invés de cantar “so,
just leave me alone”, trocou a letra por “so, don’t you ever leave me alone” para emoção dos fãs, que a aplaudiram.
Música também é emoção e Joss Stone conquistou a todos com tanta alma e seus
pés descalços no palco.
O
melhor do ano – Roger Waters – Muitos se esforçaram, alguns foram excelentes,
mas ninguém fez um show melhor neste ano do que Roger Waters. Cinco anos depois
da turnê do “Darkside of the moon”, o cantor de 69 anos trouxe ao Engenhão um
show ainda mais espetacular. A recriação do disco “The Wall” (1979). A
ópera-rock idealizada por Waters poderia ser descrita com os mais diferentes
adjetivos possíveis. Todos no superlativo, todos descrevendo o show como
incrível, fenomenal, espetacular e o que mais você puder imaginar. Tudo é impressionante.
Se a música, o disco “The Wall” é reconhecidamente excelente, o show talvez
potencialize isso em níveis estratosféricos com todo o seu apuro visual e
requinte auditivo. O muro que é construído durante o concerto e depois
destruído impressiona. A música é impecável. Tudo é espetacular. Não tinha como
Waters não ter sido eleito o melhor de 2012. É um show para ficar eternamente
na memória de quem esteve presente.
O pior show do ano – Kristeen Young, a
desconhecida cantora do Missouri que abriu para o Morrissey maltratou os nossos
ouvidos até a entrada dele no palco, mas vou escolher como pior de 2012 o
Viper. A banda paulista abriu para o Kiss em novembro e após o show virei para
um colega e perguntei: “Está com problema no show ou o André Matos está com a
voz falhando em algumas ocasiões?”. Ele foi taxativo diante da minha sentença.
“Ele não está conseguindo cantar”. O Viper estava com a melhor das intenções,
fez um barulho que agitou a galera em alguns momentos, mas de onde eu estava só
ouvia problemas. Assim, só me resta colocá-los como o pior show que vi em 2012.
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