Uma Batalha após a outra (One Battle After Another — EUA) — Paul Thomas Anderson levou 20 anos para fazer este filme, o que faz com que seja fascinante como ele dialoga muito bem com o momento atual dos EUA. É uma sátira sobre a América paranóica, racista, xenófoba e dominada por uma extrema-direita militarizada e com traços de seita que persegue imigrantes e minorias. No mesmo dia em que eu vi este filme, aparecia na imprensa mais um video de agressão e truculência de autoridades estadunidenses contra imigrantes. O filme é um retrato destes tempos sombrios e caóticos. E que atuações de Sean Penn e Leonardo DiCaprio.
O último azul (BRA, MEX, NL, CHI) — Uma distopia com imagens incríveis da Amazônia que reflete sobre o etarismo e critica o capitalismo. Enquanto vivemos num mundo em que a velhice é escondida em camadas de plástico, cirurgias deformadoras e filtros de redes sociais, o filme de Gabriel Mascaro é uma afirmação da vida em que a idade não deve ser tratada como um fardo.
Por inteiro (All of you — EUA, ING) — O amor é escolha ou destino? Ou um pouco de ambos? Um filme que nos faz refletir sobre as idiossincrasias da vida. Adoro o texto, o trabalho dos atores e a fotografia. Só foi difícil acreditar num jornalista que viaja tanto e sempre se hospeda em lugares incríveis.
Downton Abbey: O Grande Final (Downton Abbey: The Grand Finale — ING, EUA) — A despedida de Downton, uma bonita homenagem a Maggie Smith e um belo final para os personagens que começaram numa série de TV e passaram para três filmes no cinema. Foram tantos acontecimentos que poderiam ter sido uma temporada, mas gostei dos desfechos dos personagens.
O Surfista (The Surfer — AUS, IRL) — Só Nicolas Cage para fazer um filme insano como este. Nunca pegar uma onda na Austrália foi tão difícil.
O clube do crime das quintas-feiras (The Thursday Murder Club — EUA) — O mistério é rocambolesco, mas é bom demais ver a Helen Mirren trabalhar. Aliás, parte do elenco do filme também está em “Terra da Máfia”. É quase como se Mirren, Pierce Brosnan e Geoff Bell tivessem combinado de fazer uma pausa na série para gravar algo mais leve.
Alien: Earth (EUA — TAI — FX) — Noa Hawley é muito bom. Talvez seja a pessoa que faz algumas das melhores series que infelizmente não atingem a popularidade que elas merecem. É assim com “Fargo” (2014–2024), com “Legion” (2017–2019), uma das melhores series de super-heróis, e parece ser com esta que talvez seja uma das melhores séries do ano. “Alien: Earth” se passa dois anos antes dos acontecimentos de “Alien: o 8º passageiro” (1979) e é a primeira produção deste universo que se passa na Terra. O que vemos aqui é uma luta de corporações trilionárias por espécimes com incríveis capacidades de adaptação e que se espalham facilmente como vírus destruidores. Um misto de ficção científica, suspense e terror com design e elementos visuais que lembram muito os de “Blade Runner” (1982).
Fundação (Foundation — IRL, EUA — Apple TV) — A cada temporada de “Fundação” aumenta o meu desejo de ler os livros de Isaac Asimov. A terceira temporada foi a melhor até agora tanto na parte da história da saga dos clones, quanto na trama que trata da Fundação. E foi definitivamente a temporada da Demerzel (Laura Birn). O episódio final é incrível.
Diários de um robô-assassino (Murderbot — EUA — Apple TV) — O robô vivido por Alexander Skarsgard representa todos nós. É alguém que só quer fica em paz vendo as suas séries e não perder tempo com coisas menores como trabalhar. A série sobre um robô de segurança que hackeia a próprio programação e é enviado para um planeta inóspito para proteger um grupo de cientistas é mais legal do que eu imaginava.
Chefe de Guerra (Chief of War — EUA — Apple TV) — Sabemos que Jason Momoa não é exatamente um Al Pacino, mas se superarmos esta barreira, esta série é bem interessante. Projeto pessoal de Momoa, ela é baseada nas guerras de unificação do Havaí que aconteceram no final do século XVIII, uma era de grandes transformações e conflitos nas ilhas antes da chegada dos europeus para tornarem tudo ainda pior. A série tem um elenco quase todo de origem polinésia e boa parte dela é falada na língua nativa do Havaí. Spoiler: Em nenhum momento o Momoa diz: “My Man!”
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