sábado, 28 de dezembro de 2024

Música: Os melhores álbuns de 2024

Com 2024 chegando ao fim é hora de fazer a lista de melhores álbuns do ano. Foi
um período em que muitos bons discos foram lançados. Portanto, não foi nada fácil chegar aos meus 20 favoritos.

Depois de uma pré-lista de 46 álbuns, assim ficou o meu top-20 de 2024.

1- The Cure — “Songs of a lost world” — Após um hiato de 16 anos, a banda inglesa lançou um dos melhores álbuns da sua carreira. O disco marcado pela melancolia e o luto de Robert Smith pela perda dos pais e do irmão nos últimos anos é sublime. (Crítica do álbum na Rock on Board)

2- Bruce Dickinson — “The Mandrake Project” — Em meio aos shows do Iron Maiden pelo mundo, o cantor britânico ainda encontrou tempo para lançar um excelente álbum conceitual solo. Um projeto ambicioso, multidimensional e que só cresce a cada vez que eu ouço. (Crítica do álbum na Rock on Board)

3- Black Pantera — “Perpétuo” — O quarto álbum da banda mineira foi um dos últimos discos que ouvi no ano e foi logo catapultada para o meu pódio de 2024. O Black Pantera foi a minha descoberta particular do ano e foi impossível passar indiferente para a sua mistura de hard rock e metal com as letras que falam sobre política, racismo, discriminação dentro de uma realidade profundamente brasileira. Disco absolutamente espetacular.

4- Lenny Kravitz — “Blue Eletric Light” — Um discaço do cantor estadunidense com todos os elementos que marcaram a sua carreira de 35 anos. Um álbum que tem rock, soul, R&B, boas letras e Kravitz exercendo seu lado multi-instrumentista. Estou ansioso para ver as canções do álbum ao vivo em 2025. (Crítica do álbum na Rock On Board)

5- Jack White — “No Name” — Assim meio de surpresa e praticamente sem aviso prévio, o cantor de Detroit lançou em julho um ótimo álbum que tem todos os elementos de garage rock e blues rock que White gosta de colocar em seus trabalhos. Isso resultou num dos seus melhores trabalhos solo.

6- Pearl Jam — “Dark Matter” — Décimo segundo álbum da banda de Seattle, “Dark Matter” é outro daqueles discos que foram crescendo a cada vez que eu ouvia. Depois do irregular “Gigaton” (2020), em que banda flertou e apostou em outra sonoridade, em “Dark Matter” o Pearl Jam voltou a apostar na força das guitarras. Uma decisão acertada que gerou um álbum muito bom.

7- Beyoncé — “Cowboy Carter” — Segundo álbum conceitual da planejada trilogia desenvolvido pela cantora estadunidense, “Cowboy Carter” mergulha nas raízes da contribuição dos negros para a história da música americana. Para isso, Beyoncé toma de assalto um gênero hoje muito mais visto como branco dentro dos Estados Unidos: o country. Conceitualmente, o álbum se apresenta como um programa de rádio por onde passam nomes famosos do country como Dolly Parton, Linda Martell e Willie Nelson como DJs enquanto a cantora executa as suas canções. O disco ainda tem uma bonita versão de “Blackbird”, dos Beatles. “Bodyguard” e “Daughter” estão entre as melhores canções do álbum.

8- The Mysterines — “Afraid of Tomorrow” — Até este lançamento, eu não conhecia esta banda britânica de Liverpool liderada pela vocalista e principal compositora Lia Metcalfe. Este é o segundo álbum do grupo que pareceu bem promissor.

9- Nick Cave & The Bad Seeds — “Wild God” — O 18º álbum dos australianos é um discaço. Não tenho muito mais a dizer a não ser pedir para acompanhar a riqueza das melodias e do instrumental ao longo do álbum.

10- Offspring — “Supercharged” — Não sou exatamente um fã de Offspring, mas este álbum ficou bem legal. Punk rock curto, grosso e direto.

11- Jake Bugg — “A modern day distraction” — Este álbum já prometia quando o cantor inglês apresentou algumas canções no Rock in Rio Lisboa (Crítica do show no Rock on Board). O resultado cumpriu o prometido. Boas canções numa mistura de indie e blues rock.

12- The Black Crowes — “Happiness Bastards” — Foram 14 anos sem lançar um disco novo, mas parece que a reunião dos irmãos Robinson e a turnê de celebração do álbum de estreia “Shake your money maker” (1990) nos últimos anos reacendeu a fagulha do grupo de Atlanta. O resultado está em “Happiness Bastards”, um belo disco de clássico rock.

13- Judas Priest — “Invincible Shield” — “Invincible Shield” lembra alguns dos melhores trabalhos do Judas Priest e canções como “Panick Attack” e “Devil is Disguise” não devem nada aos clássicos da banda. Mesmo as 73 anos, Rob Halford mostra que a voz ainda está em forma e consegue entregar um bom álbum. É preciso ver como o disco funciona ao vivo.

14- Robert John & The Wreck — “Red Moon Rising” — Banda californiana que eu não conhecia até ouvir este álbum. Tem uma pegada de blues rock e o álbum valeu cada momento.

15- Father John Misty — “Mahashmashana” — Reconheço que foi uma escolha meio dândi, mas realmente gostei deste álbum e acho que ele merece estar no top-20. O nome do álbum está em sânscrito e significa “grande campo de cremação”.

16- Snow Patrol — “The Forest is the Path” — Oitavo álbum da banda escocesa. Bem legal. Destaco “All”, “Everything is near and nothing is lost” e”Hold me in the fire”.

17- Pixies — “The Night that zombies came” — A banda de Boston nunca foi a minha cena, mas de alguma forma a qualidade deste álbum conquistou um lugar nos melhores de 2024.

18- Black Country Communion — “V” — Quinto álbum desta banda de hard rock de Los Angeles que é formada por alguns nomes conhecidos entre os fãs de rock, como Glen Hughes, o guitarrista Joe Bonamassa e o baterista Jason Bonham, filho do lendário baterista do Led Zeppelin John Bonham.

19- Frank Carter & The Ratlesnakes — “Dark Rainbow” — Quinto álbum desta banda inglesa. Disco de rock tradicional, sem grandes invenções, mas bem legal de ouvir a ponto de ter entrado para o top-20.

20- God is an Astronaut — “Embers” — O disco é o 12º desta banda irlandesa. Todo instrumental. Gosto do clima que a banda cria e da riqueza das músicas.

Amanhã voltamos com as melhores séries de 2024.

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